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20/09/2006
-
09h06
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Em estratégia para proteger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso da compra de um dossiê contra tucanos, o Palácio do Planalto buscou transferir a responsabilidade pelo caso ao PT e isentar o ex-assessor Freud Godoy. Coordenador político do governo, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse que o partido "tem de dar explicações sobre seus militantes, assumir mais essa lição e tratar com mais radicalidade as questões".
"Não estou isentando o PT nem culpando. O PT tem dois militantes envolvidos diretamente, duas pessoas com vínculos, um profissional [Gedimar Passos] e um de filiação [Valdebran Padilha], o PT vai ter de dar explicações. Não é possível que as explicações sejam sonegadas e isso cause algum reflexo ao presidente, a duas semanas das eleições."
Tarso defendeu a saída de Jorge Lorenzetti, apontado como um dos mandantes da negociação do dossiê, da coordenação da campanha de Lula.
Já a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) fez questão de lembrar que o presidente se recusou a usar, em campanhas passadas, dossiês contra rivais.
Segundo ela, Lula está "extremamente indignado" e considerou uma "questão de honra de seu governo e de sua biografia" apurar o caso do dossiê.
Dilma e Tarso buscaram ainda isentar o ex-assessor de Lula Freud Godoy, também suspeito de participação no caso e exonerado da Presidência.
A ministra disse ter "convicção" de que Freud não teve participação. Tarso sugeriu que o homem de confiança de Lula há 17 anos, poderá retornar ao Planalto ao fim das investigações.
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"Não estou isentando o PT nem culpando. O PT tem dois militantes envolvidos diretamente, duas pessoas com vínculos, um profissional [Gedimar Passos] e um de filiação [Valdebran Padilha], o PT vai ter de dar explicações. Não é possível que as explicações sejam sonegadas e isso cause algum reflexo ao presidente, a duas semanas das eleições."
Tarso defendeu a saída de Jorge Lorenzetti, apontado como um dos mandantes da negociação do dossiê, da coordenação da campanha de Lula.
Já a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) fez questão de lembrar que o presidente se recusou a usar, em campanhas passadas, dossiês contra rivais.
Segundo ela, Lula está "extremamente indignado" e considerou uma "questão de honra de seu governo e de sua biografia" apurar o caso do dossiê.
Dilma e Tarso buscaram ainda isentar o ex-assessor de Lula Freud Godoy, também suspeito de participação no caso e exonerado da Presidência.
A ministra disse ter "convicção" de que Freud não teve participação. Tarso sugeriu que o homem de confiança de Lula há 17 anos, poderá retornar ao Planalto ao fim das investigações.
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