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20/09/2006
-
14h25
ANDREA CATÃO
da Folha Online
Na propaganda eleitoral desta tarde, os três primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto ao governo do Estado de São Paulo falaram do caso da compra do dossiê preparado pelos Vedoin, proprietários da Planam, empresa acusada de liderar a máfia das ambulâncias.
O documento envolve diretamente dois candidatos do PSDB --José Serra, ao governo do Estado; e Geraldo Alckmin, à Presidência-- na compra, com dinheiro público, de ambulâncias superfaturadas.
Mas existe a suspeita de que as denúncias sejam falsas, pois o documento envolve lideranças do PT. Dois militantes petistas foram presos pela Polícia Federal sob a acusação de que comprariam o dossiê contra os tucanos pelo valor de R$ 1,7 milhão.
Diante das denúncias, os candidatos ao governo de São Paulo procuraram tratar do tema dossiê no horário eleitoral gratuito, embora de maneiras diferentes.
Quem abordou diretamente o assunto foi o candidato do PMDB, Orestes Quércia. A apresentadora do programa afirmou que "a corrupção suga o dinheiro do povo desde a época de Serra", que foi ministro da Saúde na gestão de Fernando Henrique Cardoso.
O peemedebista também atacou a gestão do tucano na saúde, afirmando que "na ilha da fantasia de José Serra não existem filas em postos e hospitais e que os remédios chegam pelo correio".
Quércia também afirmou que "em 12 anos os governos do PSDB e do PT estragaram tudo o que eu deixei quando fui governador", embora o Estado de São Paulo jamais tenha sido administrado pelo PT. Os 12 anos que Quércia se referiu foram de gestão tucana (Mário Covas e Geraldo Alckmin).
Escondido
Nos programas de Serra e do candidato do PT ao governo do Estado, Aloizio Mercadante, o dossiê foi citado, mas não de maneira direta. Ficou, portanto, escondido.
O apresentador do programa do tucano afirmou que "começou a baixaria contra o Serra porque ele lidera as pesquisas", dizendo, em seguida, para que o eleitor "diga não à baixaria".
Já o locutor da propaganda de Mercadante não nomeou o dossiê, mas disse que o senador "tem feito uma campanha limpa e correta" e que "repudia a divulgação de denúncias levianas" com o objetivo de "confundir o eleitor".
Nova proposta
Mercadante apresentou um novo tema em seu programa de governo, que até então não havia sido citado na propaganda da televisão: o mutirão do reforço escolar.
Segundo ele, os estudantes do ensino fundamental passarão por aulas de reforço "para corrigir os atrasos da aprovação automática do PSDB".
A "aprovação automática" citada por ele é o sistema de progressão continuada da rede estadual de ensino, no qual os alunos do ensino fundamental avançam as séries e só ficam retidos caso no encerramento do ciclo de quatro anos não tenham absorvido todo o conteúdo.
Mercadante também usou em sua propaganda depoimentos do senador Eduardo Suplicy e da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy.
Na propaganda de José Serra, foram destacados os serviços prestados nos postos do Poupatempo, "que diminuem a burocracia", com o candidato afirmando que, na primeira etapa de um eventual governo seu, a proposta é de abertura de mais seis postos em cidades da Grande São Paulo, interior e Baixada Santista.
O tucano também falou da instalação de novas Fatecs (Faculdades de Tecnologia), dizendo que no ano que vem mais seis serão inauguradas no Estado.
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Dossiê contra tucanos é usado por candidatos na propaganda eleitoral
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da Folha Online
Na propaganda eleitoral desta tarde, os três primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto ao governo do Estado de São Paulo falaram do caso da compra do dossiê preparado pelos Vedoin, proprietários da Planam, empresa acusada de liderar a máfia das ambulâncias.
O documento envolve diretamente dois candidatos do PSDB --José Serra, ao governo do Estado; e Geraldo Alckmin, à Presidência-- na compra, com dinheiro público, de ambulâncias superfaturadas.
Mas existe a suspeita de que as denúncias sejam falsas, pois o documento envolve lideranças do PT. Dois militantes petistas foram presos pela Polícia Federal sob a acusação de que comprariam o dossiê contra os tucanos pelo valor de R$ 1,7 milhão.
Diante das denúncias, os candidatos ao governo de São Paulo procuraram tratar do tema dossiê no horário eleitoral gratuito, embora de maneiras diferentes.
Quem abordou diretamente o assunto foi o candidato do PMDB, Orestes Quércia. A apresentadora do programa afirmou que "a corrupção suga o dinheiro do povo desde a época de Serra", que foi ministro da Saúde na gestão de Fernando Henrique Cardoso.
O peemedebista também atacou a gestão do tucano na saúde, afirmando que "na ilha da fantasia de José Serra não existem filas em postos e hospitais e que os remédios chegam pelo correio".
Quércia também afirmou que "em 12 anos os governos do PSDB e do PT estragaram tudo o que eu deixei quando fui governador", embora o Estado de São Paulo jamais tenha sido administrado pelo PT. Os 12 anos que Quércia se referiu foram de gestão tucana (Mário Covas e Geraldo Alckmin).
Escondido
Nos programas de Serra e do candidato do PT ao governo do Estado, Aloizio Mercadante, o dossiê foi citado, mas não de maneira direta. Ficou, portanto, escondido.
O apresentador do programa do tucano afirmou que "começou a baixaria contra o Serra porque ele lidera as pesquisas", dizendo, em seguida, para que o eleitor "diga não à baixaria".
Já o locutor da propaganda de Mercadante não nomeou o dossiê, mas disse que o senador "tem feito uma campanha limpa e correta" e que "repudia a divulgação de denúncias levianas" com o objetivo de "confundir o eleitor".
Nova proposta
Mercadante apresentou um novo tema em seu programa de governo, que até então não havia sido citado na propaganda da televisão: o mutirão do reforço escolar.
Segundo ele, os estudantes do ensino fundamental passarão por aulas de reforço "para corrigir os atrasos da aprovação automática do PSDB".
A "aprovação automática" citada por ele é o sistema de progressão continuada da rede estadual de ensino, no qual os alunos do ensino fundamental avançam as séries e só ficam retidos caso no encerramento do ciclo de quatro anos não tenham absorvido todo o conteúdo.
Mercadante também usou em sua propaganda depoimentos do senador Eduardo Suplicy e da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy.
Na propaganda de José Serra, foram destacados os serviços prestados nos postos do Poupatempo, "que diminuem a burocracia", com o candidato afirmando que, na primeira etapa de um eventual governo seu, a proposta é de abertura de mais seis postos em cidades da Grande São Paulo, interior e Baixada Santista.
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