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20/09/2006 - 17h09

Veja íntegra da carta do ex-diretor do BB envolvido no caso do dossiê

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da Folha Online

O Banco do Brasil divulgou hoje nota com carta do ex-diretor da instituição Expedito Afonso Veloso, envolvido no caso da suposta tentativa de compra de um dossiê contra o ex-ministro José Serra. Veja íntegra da carta de Veloso:

"Como V.Sa. tem conhecimento, estou em gozo de licença anual remunerada (férias), desde agosto último. Nesse período, atendi, por minha livre e espontânea vontade, a questões estritamente particulares, não tendo levado ao conhecimento de meus superiores no Banco a natureza dessas atividades.

Gostaria de registrar que essas atividades não tiveram e não têm qualquer relação com o Banco do Brasil, instituição que admiro, preservo e a quem tenho dedicado vários anos de minha vida.

Ao isentar o Banco do Brasil de qualquer relação com os fatos divulgados na imprensa, sobre minha atuação, solicito afastamento do cargo de Diretor do Banco do Brasil e informo que prestarei todas as informações necessárias nos fóruns adequados.

O Conselho de Administração aceitou o pedido de afastamento e determinou a apuração dos fatos."

O BB informa que o Conselho de Administração aceitou o pedido de afastamento e determinou a apuração dos fatos.

Quem é quem

Jorge Lorenzetti, Expedito Afonso Veloso e Oswaldo Bargas foram os últimos petistas envolvidos no caso da compra do dossiê.

Jorge Lorenzetti, que até ontem fazia parte da coordenação de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é apontado como um dos mandantes da negociação do dossiê. Ele e Bargas se reuniram em São Paulo com um jornalista da revista "Época" e chegaram a oferecer um material que conteria provas contra políticos tucanos.

Expedito Afonso Veloso, diretor da área de Gestão de Riscos do Banco do Brasil, foi citado ontem por Valdebran Padilha --preso em São Paulo junto de Gedimar Pereira Passos com R$ 1,7 milhão. Valdebran disse que recebeu parte do dinheiro de uma pessoa chamada "Expedito".

Segundo informação divulgada pelo blog do Noblat à noite, seria Expedito Afonso Veloso, diretor do Banco do Brasil, em Brasília. A PF também suspeita que o Expedito citado seja mesmo o diretor do BB. Ele teria participado da operação de montagem e divulgação do dossiê que tenta ligar os tucanos com a máfia dos sanguessugas.

Entenda o caso

Na última sexta-feira, Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso, e Gedimar Pereira Passos foram presos, em São Paulo, sob suspeita de intermediar a compra de documentos que mostrariam o suposto envolvimento de Serra e Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, com a máfia dos sanguessugas. Com eles, a polícia apreendeu cerca de R$ 1,7 milhão.

Gedimar afirmou à PF que foi "contratado pela Executiva Nacional do PT" para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiê contra os tucanos, e que do pacote fazia parte entrevista acusando Serra de envolvimento na máfia.

Para a PF, Gedimar disse ainda que seu contato no PT era alguém chamado "Froud ou Freud". Freud Godoy pediu afastamento do cargo de assessor especial da Secretaria Particular da Presidência após a divulgação do seu nome.

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