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21/09/2006
-
10h23
FELIPE NEVES
da Folha Online
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, comparou nesta quinta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concorre à reeleição, a um ladrão de carro. Mesmo negando, nesta reta final de campanha eleitoral, o tucano aumentou de modo sensível o tom das críticas ao petista e aos escândalos de corrupção do governo. A bola da vez é a crise do dossiê.
A comparação desfavorável a Lula foi uma resposta direta ao argumento de que o presidente não teria nada a ganhar com a divulgação do tal dossiê, uma vez que este prejudicaria a campanha e a imagem do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra.
"Ladrão de carro quando é pego fala: 'poxa, mas não precisava disso'. Mas por que roubou? Roubou porque achava que não iria ser pego", disse Alckmin nesta manhã, logo após conceder uma entrevista à rádio CBN.
O tucano, no entanto, negou que esteja adotando uma estratégia mais ofensiva com a proximidade do pleito. "Nós estamos desde o início falando direto ao povo brasileiro", afirmou.
Ele defende que, com relação ao episódio do dossiê, está apenas ressaltando a reincidência de envolvimento do PT e do governo federal em escândalos de corrupção. E que considera impossível o presidente manter a postura de que não estava ciente de nada.
"Não é possível essa história de que o presidente: 'olha, eu não sei de nada, não ouvi nada, não sabia de nada'. Ninguém mais acredita nisso. Há uma corrosão na credibilidade do presidente da República", afirmou o ex-governador de São Paulo.
Apesar das críticas, Alckmin disse que não havia mais momento para um pedido de impeachment --ele achava que isso era possível na época do escândalo do mensalão-- e evitou falar sobre uma possível impugnação da candidatura de Lula. "A punição é depois, a primeira tarefa é descobrir de onde veio o dinheiro", esquivou-se.
Ao término da entrevista, Alckmin foi a uma padaria tomar um café, onde conversou de forma descontraída com os jornalistas e reafirmou sua convicção de que terá segundo turno na disputa presidencial. Em seguida, entrou em uma farmácia e se pesou, constatando que emagreceu 2 kg desde o início da campanha --de 74 kg para 72 kg.
A assessoria de campanha do presidente Lula informou que ele estava, às 10h20, concedendo uma entrevista coletiva em Brasília e, por isso, não poderia ser contatado para dizer se iria ou não comentar a fala do tucano.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Alckmin compara Lula a um ladrão de carro
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da Folha Online
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, comparou nesta quinta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concorre à reeleição, a um ladrão de carro. Mesmo negando, nesta reta final de campanha eleitoral, o tucano aumentou de modo sensível o tom das críticas ao petista e aos escândalos de corrupção do governo. A bola da vez é a crise do dossiê.
A comparação desfavorável a Lula foi uma resposta direta ao argumento de que o presidente não teria nada a ganhar com a divulgação do tal dossiê, uma vez que este prejudicaria a campanha e a imagem do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra.
"Ladrão de carro quando é pego fala: 'poxa, mas não precisava disso'. Mas por que roubou? Roubou porque achava que não iria ser pego", disse Alckmin nesta manhã, logo após conceder uma entrevista à rádio CBN.
O tucano, no entanto, negou que esteja adotando uma estratégia mais ofensiva com a proximidade do pleito. "Nós estamos desde o início falando direto ao povo brasileiro", afirmou.
Ele defende que, com relação ao episódio do dossiê, está apenas ressaltando a reincidência de envolvimento do PT e do governo federal em escândalos de corrupção. E que considera impossível o presidente manter a postura de que não estava ciente de nada.
"Não é possível essa história de que o presidente: 'olha, eu não sei de nada, não ouvi nada, não sabia de nada'. Ninguém mais acredita nisso. Há uma corrosão na credibilidade do presidente da República", afirmou o ex-governador de São Paulo.
Apesar das críticas, Alckmin disse que não havia mais momento para um pedido de impeachment --ele achava que isso era possível na época do escândalo do mensalão-- e evitou falar sobre uma possível impugnação da candidatura de Lula. "A punição é depois, a primeira tarefa é descobrir de onde veio o dinheiro", esquivou-se.
Ao término da entrevista, Alckmin foi a uma padaria tomar um café, onde conversou de forma descontraída com os jornalistas e reafirmou sua convicção de que terá segundo turno na disputa presidencial. Em seguida, entrou em uma farmácia e se pesou, constatando que emagreceu 2 kg desde o início da campanha --de 74 kg para 72 kg.
A assessoria de campanha do presidente Lula informou que ele estava, às 10h20, concedendo uma entrevista coletiva em Brasília e, por isso, não poderia ser contatado para dizer se iria ou não comentar a fala do tucano.
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