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21/09/2006
-
11h11
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Numa entrevista tensa, o novo coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, Marco Aurélio Garcia, reconheceu hoje que integrantes da campanha montaram um dossiê contra políticos do PSDB. Garcia ressaltou, no entanto, que "são fatos que correm marginalmente à coordenação da campanha".
"Nós repudiamos essa operação que algumas pessoas tentaram levar adiante. O PT não fez nenhuma iniciativa, mas hoje é de caráter público que pessoas estão envolvidas nessa operação. O PT não paga por dossiê, não atua nessa direção. As pessoas que fizeram isso foi à revelia do partido e trouxeram prejuízos extraordinários do ponto de vista político", disse. Mais tarde, Marco Aurélio considerou o dossiê uma "anomalia".
O novo coordenador disse desconhecer o consultor sindical Wagner Cinchetto que disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, que a prática de elaborar dossiês contra políticos da oposição vem desde 2002 e que o presidente Lula tinha conhecimento, assim como o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini. Cinchetto, um dos fundadores da Força Sindical, disse que participava do grupo responsável pela elaboração dos dossiês. "Não conheço esse personagem. Essa informação não corresponde ao nosso comportamento", afirmou.
Garcia isentou o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), de qualquer participação no episódio. "O Berzoini saiu porque seria muito difícil compatibilizar a coordenação da campanha com os acontecimentos dos últimos dias. Isso não implica em qualquer suspicácia com relação a Berzoini. Ele continua na presidência do PT e tem não só o meu apreço coletivo, como pessoal e isso se refletirá no dia primeiro de outubro quando vou votar nele para deputado federal", disse.
Campanha
Garcia disse que as denúncias sobre o "dossiê tucano" não irão afetar o quadro eleitoral. A campanha ainda aposta na vitória do presidente Lula no primeiro turno. "[As denúncias] não colam nele [presidente Lula] nem no PT. Não terá impacto na eleição. Todas as medições nos indicam que o eleitor brasileiro é maduro e repudia esse episódio como nós repudiamos", disse.
Segundo ele, a campanha vai se concentrar nas regiões Sul e Centro-Sul. A campanha será encerrada com um grande comício em São Bernardo, no ABC paulista.
Em vários momentos da entrevista, Garcia se irritou com perguntas sobre o "dossiê tucano", principalmente sobre de onde veio o dinheiro para a compra do material. A PF encontrou com um petista que trabalhava no comitê nacional da campanha de Lula R$ 1,7 milhão. Garcia disse que cabe à PF investigar.
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Novo coordenador da campanha de Lula reconhece existência do dossiê
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da Folha Online, em Brasília
Numa entrevista tensa, o novo coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, Marco Aurélio Garcia, reconheceu hoje que integrantes da campanha montaram um dossiê contra políticos do PSDB. Garcia ressaltou, no entanto, que "são fatos que correm marginalmente à coordenação da campanha".
Tuca Vieira/Folha Imagem |
Marco Aurélio Garcia |
O novo coordenador disse desconhecer o consultor sindical Wagner Cinchetto que disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, que a prática de elaborar dossiês contra políticos da oposição vem desde 2002 e que o presidente Lula tinha conhecimento, assim como o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini. Cinchetto, um dos fundadores da Força Sindical, disse que participava do grupo responsável pela elaboração dos dossiês. "Não conheço esse personagem. Essa informação não corresponde ao nosso comportamento", afirmou.
Garcia isentou o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), de qualquer participação no episódio. "O Berzoini saiu porque seria muito difícil compatibilizar a coordenação da campanha com os acontecimentos dos últimos dias. Isso não implica em qualquer suspicácia com relação a Berzoini. Ele continua na presidência do PT e tem não só o meu apreço coletivo, como pessoal e isso se refletirá no dia primeiro de outubro quando vou votar nele para deputado federal", disse.
Campanha
Garcia disse que as denúncias sobre o "dossiê tucano" não irão afetar o quadro eleitoral. A campanha ainda aposta na vitória do presidente Lula no primeiro turno. "[As denúncias] não colam nele [presidente Lula] nem no PT. Não terá impacto na eleição. Todas as medições nos indicam que o eleitor brasileiro é maduro e repudia esse episódio como nós repudiamos", disse.
Segundo ele, a campanha vai se concentrar nas regiões Sul e Centro-Sul. A campanha será encerrada com um grande comício em São Bernardo, no ABC paulista.
Em vários momentos da entrevista, Garcia se irritou com perguntas sobre o "dossiê tucano", principalmente sobre de onde veio o dinheiro para a compra do material. A PF encontrou com um petista que trabalhava no comitê nacional da campanha de Lula R$ 1,7 milhão. Garcia disse que cabe à PF investigar.
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