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21/09/2006 - 18h05

Coordenador tucano responde a Lula e diz que dossiê interessava ao PT

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador da campanha do candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira que o dossiê --que teria sido encomendado pelo PT para atingir Alckmin e o candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra-- tinha como objetivo evitar que a eleição presidencial fosse para o segundo turno e a vitória de José Serra no primeiro turno.

Guerra disse que a estratégia da campanha petista é evitar a qualquer custo que a campanha presidencial vá para o segundo turno para que Lula não seja obrigado a participar de debates.

"Lula sabe que não tem condições de disputar o segundo turno. Ou ele vence [no primeiro] com essa conversa que ninguém suporta mais, de que não sabia de nada, ou ele está morto no segundo turno. Lula não tem consistência intelectual e política para sustentar [no segundo turno] uma discussão sobre o Brasil", afirmou.

Pesquisa internas do partido indicam, segundo o senador, que haverá segundo turno entre Lula e Alckmin. Os levantamentos feitos pelo Datafolha e Ibope apontam vitória do petista em 1º de outubro.

O senador classificou o dossiê que ligaria Serra e Alckmin à máfia dos sanguessugas de "fraude eleitoral" e respondeu à pergunta do presidente Lula sobre quem tem interesse no material. "Estão envolvidos gente do comitê do candidato a governador de São Paulo [em referência a Aloizio Mercadante] e gente do comitê do candidato a presidente da República. É uma operação de comitê, uma operação eleitoral deles e o presidente vai perguntar a quem interessa isso? É claro que interessava a eles. A nós é que não iria interessar. Como vamos querer um dossiê contrário ao nosso projeto?", disse.

O coordenador afirmou ainda que a campanha de Alckmin não tem gente "que fica atrás de dossiê" e arrematou: "Não temos especialista em bandidagem". Segundo ele, o presidente Lula, que "já andou o Brasil com pessoas sérias, está isolado num grupo que promove assaltos à democracia brasileira".

Guerra disse que é impossível que os dirigentes da campanha, incluindo o presidente Lula, não tivessem conhecimento de que R$ 1,7 milhão foi arrecadado para a compra do dossiê. "Na nossa campanha, qualquer número como esse saberiam disso o candidato, o presidente do meu partido [senador Tasso Jereissati], o presidente do PFL [senador Jorge Bornhausen] e o vice [na chapa], senador José Jorge. E estou falando de coisa legal, imagine se fosse ilegal", disse.

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