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22/09/2006
-
13h18
da Folha Online
Para o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, não adianta o presidente Lula tentar se desvincular do PT e culpar o seu partido pela tentativa de compra de um dossiê contra os tucanos.
"O PT é o Lula. Quem é que são as pessoas que estão envolvidas nisto? Diretor do Banco do Brasil, diretor do Banco do Estado de Santa Catarina, que aliás é o churrasqueiro do presidente. São pessoas da sua intimidade. O Freud [Godoy] é assessor direto do presidente da República. Se você olhar aquele filme Entreatos, ele aparece no primeiro minuto do filme", disse o candidato tucano, durante sua viagem a Curvelo, no interior de Minas Gerais.
O presidente Lula, candidato do PT à reeleição, voltou a afirmar hoje, em entrevista à rádio "CBN", que a tentativa de compra de um dossiê com informações contra os tucanos foi uma "insanidade". Ele classificou a iniciativa ainda como uma "loucura" e uma "imbecilidade".
Ontem, em entrevista ao "Bom Dia Brasil", da TV Globo, o petista disse estar em uma situação confortável na campanha eleitoral e que o dossiê não o "ajudaria em nada".
Alckmin considerou o caso do dossiê muito grave e um péssimo exemplo para a vida política do país, para a sociedade.
"A festa da democracia que é a eleição virou problema policial e mal resolvido porque até agora não se disse de onde vem o dinheiro. Até agora não se disse como é que o dólar entrou no país. Até agora não se disse a quem isto ia beneficiar. E até agora não se disse quem é o mentor de tudo isto."
O tucano disse estar decepcionado com o presidente Lula e esperar que a questão seja resolvida rapidamente.
"É muito triste a gente ver o governo do Brasil, o governo federal contaminado desta forma."
Dossiê
A Polícia Federal apreendeu na semana passada DVD e fotos que mostram os tucanos José Serra (candidato ao governo de São Paulo) e Geraldo Alckmin (candidato à Presidência) na entrega de ambulâncias da máfia dos sanguessugas.
A quadrilha desmontada pela Polícia Federal, que fraudava a venda de ambulâncias para prefeituras de diversos Estados do país, era chefiada pela família Trevisan Vedoin, no Mato Grosso.
O material, supostamente comprado pelo PT e conhecido como dossiê, seria entregue pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas e sócio da Planam, a integrantes do PT, que o usariam durante a campanha contra os adversários tucanos.
Confira o DVD, de 23 minutos, veiculado no Olhar Direto. O vídeo compõe o dossiê, orçado em R$ 1,7 milhão.
No DVD, Serra, então ministro da Saúde, aparece com alguns parlamentares, hoje acusados de envolvimento com o esquema dos sanguessugas, numa solenidade realizada em um galpão da Planam, em 2001, em Cuiabá.
Em trechos do vídeo, aparecem Luiz Antônio Vedoin e seu pai, Darci Vedoin. O tucano chegou ao local acompanhado de Dante de Oliveira (PSDB), então governador do Mato Grosso. Dante morreu em julho deste ano.
Alckmin não aparece no DVD. Segundo o blog do Josias, o tucano, conforme informações da Polícia Federal, é visto apenas em uma foto do dossiê.
Petistas e tucanos já declararam que o DVD não vale R$ 1,7 milhão. Petistas vem defendendo que o conteúdo do dossiê seja investigado.
Leia mais
Entenda o caso do dossiê contra os tucanos
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Para Alckmin, não adianta Lula tentar se desvincular do PT
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Para o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, não adianta o presidente Lula tentar se desvincular do PT e culpar o seu partido pela tentativa de compra de um dossiê contra os tucanos.
"O PT é o Lula. Quem é que são as pessoas que estão envolvidas nisto? Diretor do Banco do Brasil, diretor do Banco do Estado de Santa Catarina, que aliás é o churrasqueiro do presidente. São pessoas da sua intimidade. O Freud [Godoy] é assessor direto do presidente da República. Se você olhar aquele filme Entreatos, ele aparece no primeiro minuto do filme", disse o candidato tucano, durante sua viagem a Curvelo, no interior de Minas Gerais.
O presidente Lula, candidato do PT à reeleição, voltou a afirmar hoje, em entrevista à rádio "CBN", que a tentativa de compra de um dossiê com informações contra os tucanos foi uma "insanidade". Ele classificou a iniciativa ainda como uma "loucura" e uma "imbecilidade".
Ontem, em entrevista ao "Bom Dia Brasil", da TV Globo, o petista disse estar em uma situação confortável na campanha eleitoral e que o dossiê não o "ajudaria em nada".
Alckmin considerou o caso do dossiê muito grave e um péssimo exemplo para a vida política do país, para a sociedade.
"A festa da democracia que é a eleição virou problema policial e mal resolvido porque até agora não se disse de onde vem o dinheiro. Até agora não se disse como é que o dólar entrou no país. Até agora não se disse a quem isto ia beneficiar. E até agora não se disse quem é o mentor de tudo isto."
O tucano disse estar decepcionado com o presidente Lula e esperar que a questão seja resolvida rapidamente.
"É muito triste a gente ver o governo do Brasil, o governo federal contaminado desta forma."
Dossiê
A Polícia Federal apreendeu na semana passada DVD e fotos que mostram os tucanos José Serra (candidato ao governo de São Paulo) e Geraldo Alckmin (candidato à Presidência) na entrega de ambulâncias da máfia dos sanguessugas.
A quadrilha desmontada pela Polícia Federal, que fraudava a venda de ambulâncias para prefeituras de diversos Estados do país, era chefiada pela família Trevisan Vedoin, no Mato Grosso.
O material, supostamente comprado pelo PT e conhecido como dossiê, seria entregue pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas e sócio da Planam, a integrantes do PT, que o usariam durante a campanha contra os adversários tucanos.
Confira o DVD, de 23 minutos, veiculado no Olhar Direto. O vídeo compõe o dossiê, orçado em R$ 1,7 milhão.
No DVD, Serra, então ministro da Saúde, aparece com alguns parlamentares, hoje acusados de envolvimento com o esquema dos sanguessugas, numa solenidade realizada em um galpão da Planam, em 2001, em Cuiabá.
Em trechos do vídeo, aparecem Luiz Antônio Vedoin e seu pai, Darci Vedoin. O tucano chegou ao local acompanhado de Dante de Oliveira (PSDB), então governador do Mato Grosso. Dante morreu em julho deste ano.
Alckmin não aparece no DVD. Segundo o blog do Josias, o tucano, conforme informações da Polícia Federal, é visto apenas em uma foto do dossiê.
Petistas e tucanos já declararam que o DVD não vale R$ 1,7 milhão. Petistas vem defendendo que o conteúdo do dossiê seja investigado.
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