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22/09/2006
-
23h59
FELIPE NEVES
da Folha Online, em São Vicente
No primeiro grande evento petista após o episódio da suposta compra de um dossiê antitucano por membros do partido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, endureceu o discurso, cobrou punição e disse na noite desta sexta-feira que o PT não pode fazer "vista grossa" com os envolvidos.
Por sua vez, Aloizio Mercadante, candidato ao governo de São Paulo pelo PT, defendeu que o partido vai ter que "cortar na carne", aproveitando a expressão que Lula usou durante outros escândalos, como o do mensalão.
Na semana passada, a Polícia Federal prendeu Valdebran Padilha e Gedimar Passos em um hotel em São Paulo e apreendeu R$ 1,7 milhão que seria usado para a compra de um suposto dossiê antitucano.
No mesmo dia, a PF também prendeu Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam, e apontado como a pessoa que forneceria documentos que ligariam José Serra e Geraldo Alckmin à máfia das ambulâncias.
Com o avanço das investigações, oito pessoas ligadas ao PT e ao governo federal foram afastadas de seus cargos, entre elas o ex-coordenador da campanha eleitoral de Lula Ricardo Berzoini, o braço direito de Mercadante na campanha eleitoral, Hamiltom Lacerda, e o assessor especial da Presidência Freud Godoy.
Imbecilidade e malandragem
Em comício na cidade de São Vicente, na Baixada Santista, Lula classificou de "imbecilidade" e de "malandragem" a tentativa de compra do dossiê em beneficio da campanha eleitoral do PT.
"Os companheiros que se acharam espertos e que fizeram negociação com bandido vão ter que pagar. Pode se esconder e não dizer quem foi, mas vai aparecer. E, quando aparecer nós não poderemos fazer vista grossa", disse o presidente.
Lula voltou a usar a analogia da família e mandou um recado ao PT. Colocando-se na posição de um pai, ele afirmou que "se a gente não der educação na hora certa, quando a gente quiser dar, eles [os filhos] não vão nem mais respeitar a gente. Então, o PT também tem que ser assim", disse Lula em referência aos envolvidos.
Mercadante endossou as palavras do presidente ao dizer que considera que o responsável pelo episódio "cometeu um erro muito grave, um erro inaceitável, que nós jamais vamos deixar de tratar com a seriedade que exige".
Ele aproveitou para alfinetar o PSDB. Segundo Mercadante, no "Brasil de hoje" as sujeiras não vão "para abaixo do tapete". "Eles engavetaram 69 CPIs em São Paulo, nunca investigaram e apuraram o que quer que seja. Vamos apurar e vamos cortar na carne o que tiver que cortar porque não pode ficar sem resposta para a democracia e para o país o que aconteceu", afirmou.
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Lula cobra punição e Mercadante fala em "cortar na carne"
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da Folha Online, em São Vicente
No primeiro grande evento petista após o episódio da suposta compra de um dossiê antitucano por membros do partido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, endureceu o discurso, cobrou punição e disse na noite desta sexta-feira que o PT não pode fazer "vista grossa" com os envolvidos.
Por sua vez, Aloizio Mercadante, candidato ao governo de São Paulo pelo PT, defendeu que o partido vai ter que "cortar na carne", aproveitando a expressão que Lula usou durante outros escândalos, como o do mensalão.
Na semana passada, a Polícia Federal prendeu Valdebran Padilha e Gedimar Passos em um hotel em São Paulo e apreendeu R$ 1,7 milhão que seria usado para a compra de um suposto dossiê antitucano.
No mesmo dia, a PF também prendeu Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam, e apontado como a pessoa que forneceria documentos que ligariam José Serra e Geraldo Alckmin à máfia das ambulâncias.
Com o avanço das investigações, oito pessoas ligadas ao PT e ao governo federal foram afastadas de seus cargos, entre elas o ex-coordenador da campanha eleitoral de Lula Ricardo Berzoini, o braço direito de Mercadante na campanha eleitoral, Hamiltom Lacerda, e o assessor especial da Presidência Freud Godoy.
Imbecilidade e malandragem
Em comício na cidade de São Vicente, na Baixada Santista, Lula classificou de "imbecilidade" e de "malandragem" a tentativa de compra do dossiê em beneficio da campanha eleitoral do PT.
"Os companheiros que se acharam espertos e que fizeram negociação com bandido vão ter que pagar. Pode se esconder e não dizer quem foi, mas vai aparecer. E, quando aparecer nós não poderemos fazer vista grossa", disse o presidente.
Lula voltou a usar a analogia da família e mandou um recado ao PT. Colocando-se na posição de um pai, ele afirmou que "se a gente não der educação na hora certa, quando a gente quiser dar, eles [os filhos] não vão nem mais respeitar a gente. Então, o PT também tem que ser assim", disse Lula em referência aos envolvidos.
Mercadante endossou as palavras do presidente ao dizer que considera que o responsável pelo episódio "cometeu um erro muito grave, um erro inaceitável, que nós jamais vamos deixar de tratar com a seriedade que exige".
Ele aproveitou para alfinetar o PSDB. Segundo Mercadante, no "Brasil de hoje" as sujeiras não vão "para abaixo do tapete". "Eles engavetaram 69 CPIs em São Paulo, nunca investigaram e apuraram o que quer que seja. Vamos apurar e vamos cortar na carne o que tiver que cortar porque não pode ficar sem resposta para a democracia e para o país o que aconteceu", afirmou.
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