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25/09/2006 - 13h35

Para Cristovam, Lula se comporta como um "imperador-metalúrgico"

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FELIPE NEVES
da Folha Online

O candidato do PDT à Presidência da República, Cristovam Buarque, afirmou nesta segunda-feira que o comportamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concorre à reeleição pelo PT, é semelhante ao de um "monarca" e tem "resquícios do império".

"Eu acho que o comportamento dele ultimamente tem sido um comportamento de monarca, de presidente com resquícios do império ainda, uma espécie de imperador-metalúrgico", disse o pedetista após participar do Ciclo de Debates com os Candidatos à Presidência da República do Instituto Ethos, em São Paulo.

As críticas de Cristovam eram às declarações de Lula no domingo, em Sorocaba, onde o presidente resolveu deixar a modéstia de lado e, pela primeira vez, afirmou que vai ganhar a eleição presidencial ainda no primeiro turno.

"Eu nunca falei que iria ganhar a eleição no primeiro turno. Por modéstia, eu nunca falei. Nunca falei por respeito. Mas quero dizer para vocês: nós vamos vencer essas eleições domingo", disse Lula durante comício.

Para Cristovam, a postura de Lula é arrogante e demonstra desrespeito ao povo. "Eu acho que a maneira como ele afirma que vai ganhar no primeiro turno ou é arrogância diante do eleitor, que não é bobo, ou é uma bravata", afirmou.

Crise do dossiê

O pedetista afirmou ainda que agora, com o recente escândalo da tentativa de compra de um dossiê anti-PSDB, mais do que nunca a disputa presidencial precisa de segundo turno, para que as investigações possam ser concluídas antes da decisão final dos eleitores.

"Imagine que o Lula seja eleito no primeiro turno e dez dias depois a gente descobre que ele estava envolvido nisso. O que a gente vai fazer?", questionou Cristovam. "A gente precisa de mais tempo, com mais rapidez da Polícia Federal."

O senador, no entanto, criticou a atuação da PF no episódio. Para ele, a instituição está omitindo informações sobre as investigações, com o intuito de interferir no processo eleitoral. "O que está dando a impressão é que, em vez de colocar algemas nos criminosos, a Polícia Federal está colocando uma venda nos olhos dos eleitores", afirmou.

Cristovam insinuou também que essa postura da PF é ordem direta de Lula. "Se o presidente quisesse, hoje a gente já saberia de onde vem o dinheiro [R$ 1,7 milhão, que seria usado para comprar o tal dossiê]", disse.



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