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25/09/2006 - 14h16

Para Lula, envolvidos com dossiê são "aloprados"

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, classificou nesta segunda-feira como "um bando de aloprado" os petistas que tentaram comprar um dossiê com denúncias contra políticos tucanos.

Em entrevista a emissoras de rádio, o presidente voltou a afirmar que não pode ser responsabilizado pelo episódio e que vai ganhar a eleição no primeiro turno porque as notícias sobre seu governo foram positivas em sua maioria.

"Porque um bando de aloprados decidiu comprar um dossiê, porque tem uma denúncia, eu quero saber do conjunto da obra [do governo]. Se tem um candidato que não precisava de sarna para se coçar era eu", disse.

O presidente destacou que não tem responsabilidade sobre os petistas envolvidos na compra do dossiê e que cabe ao partido responder sobre seus membros. "Marcaram um gol contra, mas não posso ficar nervoso, tem que esperar a apuração [das denúncias]", afirmou.

Antes, o presidente retomou o discurso usado no episódio do mensalão quando disse que não sabia que seus principais interlocutores estavam envolvidos na compra de apoio parlamentar.

"Tem três formas de o presidente da República saber de alguma coisa. A primeira é ele participar; a segunda é alguém participar e contar para ele; a terceira é por meio de denúncia. Tivemos três CPIs [Correios, Bingos e Sanguessugas] e continuei vivo na política brasileira. Não tenho medo de CPI", disse.

Primeiro turno

O presidente voltou a afirmar que tem "todas as condições de ganhar as eleições no primeiro turno". Para ele, as denúncias não irão alterar esse cenário. "O povo sabe o que é denúncia de véspera de campanha. O saldo de notícias do meu governo é extremamente positivo e tudo isso conta na hora de o povo decidir", afirmou.

Segundo Lula, na hora de votar, "o povo quer saber se a vida dele está melhorando" e não sobre as denúncias.

O presidente revelou ainda que trabalha "desde o início" para vencer no primeiro turno, mas destacou que "é o povo quem decide".

Reformas

Lula afirmou ainda que num eventual segundo mandato vai defender a reforma política, com o fim da reeleição e um mandato de cinco anos para o presidente.

Ele também defendeu a coincidência das eleições, o que acabaria com os pleitos de dois em dois anos. Numa crítica ao governo anterior, o presidente considerou uma "desfaçatez" os que hoje defendem a reforma, mas não se empenharam em aprová-la quando estiveram no governo.

O presidente também sinalizou que, se reeleito, não irá colocar pessoas do partido em postos-chaves, mas funcionários de carreira. Seria uma forma de evitar problemas como ele enfrentou durante o mandato.

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