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26/09/2006
-
10h17
da Folha de S.Paulo
O discurso em que o presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, se comparou a Jesus Cristo, no último domingo, causou um cisma entre teólogos: para Luiz Felipe Pondé, professor de teologia da PUC de São Paulo, Lula fez uma comparação "ofensiva" aos cristãos e "quer se oferecer como santo e puro à população"; para Fernando Altemeyer Jr., o recurso não atinge a teológia, já que o petista não se comparou a "Cristo como Deus".
Pondé afirma que o presidente utiliza artimanhas para agradar seu eleitorado: "Ele resolveu, assumir, uma posição messiânica: assim como Jesus ele era pobre, assim como Jesus é perseguido pelas "forças da elite'".
Também professor da PUC-SP, Altemeyer Jr. afirma que os candidatos deveriam evitar o uso de imagens religiosas."Do ponto de vista teológico, não é ofensivo. A menos que ele dissesse "eu sou Deus", aí seria um ato arrogante", diz.
Não me deixem só
Para ele, o movimento de Lula é "isolar sua imagem" e blindá-la até a eleição."No final do período do impeachment, o Collor dizia para a população: "Não me deixem só". Lula está numa situação muito diferente. Ele está festejando que não o deixaram só", diz o professor.
Pondé completa: "Lula está quase se dando um presente para a população "Olha, eu sou um santo e vocês foram capazes de perceber isso. Na realidade, estou em meio a gente corrupta, mas mantenho minha integridade moral".
A comparação com Jesus é oportunismo político? "Atire a primeira pedra quem não tiver pecado", diz Altemeyer Jr., lembrando que é prática política comum usar argumentos religiosos para ganhar votos. O professor torce para que Lula amplie a relação com a imagem cristã: "Se Lula quer tomar para si a imagem de Jesus, tomara que tome também o compromisso social radical, de lutar contra os poderosos, louvado seja Deus".
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Teólogos afirmam que Lula se acha "santo"
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O discurso em que o presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, se comparou a Jesus Cristo, no último domingo, causou um cisma entre teólogos: para Luiz Felipe Pondé, professor de teologia da PUC de São Paulo, Lula fez uma comparação "ofensiva" aos cristãos e "quer se oferecer como santo e puro à população"; para Fernando Altemeyer Jr., o recurso não atinge a teológia, já que o petista não se comparou a "Cristo como Deus".
Pondé afirma que o presidente utiliza artimanhas para agradar seu eleitorado: "Ele resolveu, assumir, uma posição messiânica: assim como Jesus ele era pobre, assim como Jesus é perseguido pelas "forças da elite'".
Também professor da PUC-SP, Altemeyer Jr. afirma que os candidatos deveriam evitar o uso de imagens religiosas."Do ponto de vista teológico, não é ofensivo. A menos que ele dissesse "eu sou Deus", aí seria um ato arrogante", diz.
Não me deixem só
Para ele, o movimento de Lula é "isolar sua imagem" e blindá-la até a eleição."No final do período do impeachment, o Collor dizia para a população: "Não me deixem só". Lula está numa situação muito diferente. Ele está festejando que não o deixaram só", diz o professor.
Pondé completa: "Lula está quase se dando um presente para a população "Olha, eu sou um santo e vocês foram capazes de perceber isso. Na realidade, estou em meio a gente corrupta, mas mantenho minha integridade moral".
A comparação com Jesus é oportunismo político? "Atire a primeira pedra quem não tiver pecado", diz Altemeyer Jr., lembrando que é prática política comum usar argumentos religiosos para ganhar votos. O professor torce para que Lula amplie a relação com a imagem cristã: "Se Lula quer tomar para si a imagem de Jesus, tomara que tome também o compromisso social radical, de lutar contra os poderosos, louvado seja Deus".
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