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26/09/2006
-
21h06
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, considerou "estranho" a Polícia Federal não ter encontrado grampos telefônicos em números de três ministros do tribunal. Segundo o ministro, o TSE tem "total confiança" no laudo da empresa Fence --contratada há nove anos pelo órgão para identificar possíveis grampos telefônicos.
"É algo surpreendente [conclusão da PF]. Talvez o grampo seja um instituto desconhecido no Brasil. Foram levados em conta critérios factíveis. Continuamos no faz de conta: faz de conta que não houve grampo algum, e continuamos na quadra vivida", ironizou.
Ele disse não acreditar que a empresa tivesse qualquer motivação política ao divulgar a existência de grampos, mesmo tendo sido contratada pelo governo federal durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Não posso raciocinar através do extravagante, que a empresa estaria envolvida na disputa do dia primeiro. Não podemos pressupor que todos sejam salafrários. O que me causa estranheza é afirmar que jamais houve grampo", disse Mello.
Há duas semanas, o TSE anunciou que, numa varredura de rotina, a empresa Fence encontrou grampos em duas linhas diretas dos ministros Marco Aurélio Mello e Cezar Peluso instaladas no STF. O terceiro telefone grampeado foi uma linha de fax utilizada pelo ministro Marcelo Ribeiro, no próprio TSE.
Hoje, a PF divulgou que o Instituto Nacional de Criminalística fez uma perícia no prédio do tribunal, no STF (Supremo Tribunal Federal) e na central da Brasil Telecom, tanto interna quanto externamente, mas não identificou grampos.
Segundo a PF, há duas hipóteses para a informação de que havia grampo no tribunal. Uma é o interesse das empresas do setor para que haja uma insegurança e consequentemente o mercado se mantenha aquecido. A segunda é que a PF demorou para ser informada pelo TSE dos grampos e quando fez a varredura, cinco dias depois, não encontrou mais vestígios.
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Presidente do TSE questiona laudo da PF sobre grampo telefônico
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, considerou "estranho" a Polícia Federal não ter encontrado grampos telefônicos em números de três ministros do tribunal. Segundo o ministro, o TSE tem "total confiança" no laudo da empresa Fence --contratada há nove anos pelo órgão para identificar possíveis grampos telefônicos.
"É algo surpreendente [conclusão da PF]. Talvez o grampo seja um instituto desconhecido no Brasil. Foram levados em conta critérios factíveis. Continuamos no faz de conta: faz de conta que não houve grampo algum, e continuamos na quadra vivida", ironizou.
Ele disse não acreditar que a empresa tivesse qualquer motivação política ao divulgar a existência de grampos, mesmo tendo sido contratada pelo governo federal durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Não posso raciocinar através do extravagante, que a empresa estaria envolvida na disputa do dia primeiro. Não podemos pressupor que todos sejam salafrários. O que me causa estranheza é afirmar que jamais houve grampo", disse Mello.
Há duas semanas, o TSE anunciou que, numa varredura de rotina, a empresa Fence encontrou grampos em duas linhas diretas dos ministros Marco Aurélio Mello e Cezar Peluso instaladas no STF. O terceiro telefone grampeado foi uma linha de fax utilizada pelo ministro Marcelo Ribeiro, no próprio TSE.
Hoje, a PF divulgou que o Instituto Nacional de Criminalística fez uma perícia no prédio do tribunal, no STF (Supremo Tribunal Federal) e na central da Brasil Telecom, tanto interna quanto externamente, mas não identificou grampos.
Segundo a PF, há duas hipóteses para a informação de que havia grampo no tribunal. Uma é o interesse das empresas do setor para que haja uma insegurança e consequentemente o mercado se mantenha aquecido. A segunda é que a PF demorou para ser informada pelo TSE dos grampos e quando fez a varredura, cinco dias depois, não encontrou mais vestígios.
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