Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/09/2006 - 10h19

Presidente de CPI vê prova contra tucano

Publicidade

RANIER BRAGON
LETÍCIA SANDER
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), afirmou ontem que a documentação apresentada pela família Vedoin à Justiça Federal envolve de "forma contundente" o ex-ministro tucano Barjas Negri e o empresário Abel Pereira no esquema de venda de ambulâncias superfaturadas.

"Posso afirmar que as provas são suficientes para que as investigações sejam aprofundadas. A documentação envolve o ex-ministro Barjas Negri e Abel Pereira de forma contundente", afirmou Biscaia após analisar documentos da Justiça Federal de Mato Grosso.

A família Vedoin, que coordenou a fraude dos sanguessugas, diz que pagou propinas a Abel para obter liberação de recursos do Ministério da Saúde na gestão Barjas, entre fevereiro e dezembro de 2002. Barjas é prefeito de Piracicaba (SP).

Segundo a acusação dos Vedoin, Abel era uma pessoa ligada a Barjas. O ex-ministro nega envolvimento com os Vedoin e diz que Abel não exercia influência no ministério.

"Existe uma petição do Vedoin ao juiz de Cuiabá em que ele relata detalhadamente o envolvimento de Abel e Barjas no episódio", disse Biscaia.

Barjas sucedeu José Serra, candidato ao governo de São Paulo, no ministério. Biscaia afirmou que, entre os documentos analisados, nenhum indica a participação de Serra no episódio. Apesar disso, o deputado vai defender no dia 4, data da próxima reunião da CPI, a convocação de todos os ministros da Saúde que ocuparam a pasta entre 1998 e 2005 --além dos tucanos Barjas e Serra, o petista Humberto Costa (2003 a 2005) e o peemedebista Saraiva Felipe (2005 a 2006).

A principal acusação dos Vedoin contra Barjas e Abel está em documento entregue à Justiça Federal em Cuiabá.

Entre outras coisas, há extrato da conta de uma das empresas de Luiz Antonio Vedoin no BB que mostra transferência de R$ 20 mil de janeiro de 2003 para pessoa supostamente ligada a Abel. O extrato é, segundo Vedoin, prova de pagamento de propina a Abel pela liberação de verbas da Saúde destinadas à compra de ambulâncias.

Outro lado

Barjas Negri enviou nota à Folha em que disse não ter "qualquer envolvimento" com o esquema. Ele disse que Vedoin não possui credibilidade para fazer as denúncias. Ele negou também que Abel tenha tido relação com a Saúde.

A Folha ligou para a casa de Abel e para suas empresas, mas ninguém atendeu. Em outras oportunidades, ele disse nunca ter tido acesso ao ministério.

Especial
  • Leia cobertura completa das eleições 2006
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página