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27/09/2006
-
14h16
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O candidato do PDT à Presidência, Cristovam Buarque, rebateu nesta quarta-feira aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que acusam a oposição de tentar dar um "golpe" para levar a eleição para o segundo turno ao explorar o episódio do "dossiê tucano". Para Cristovam, é o governo quem tenta "manipular" o eleitorado para que Lula seja eleito em primeiro de outubro.
"Considero essa talvez a pior manipulação da opinião pública que o governo Lula está fazendo. Não tem nada a ver com golpe, estamos apenas pedindo que se apure antes das eleições o que o Brasil já sabe [o uso de R$ 1,7 milhão para a compra de um dossiê contra tucanos pelo PT]. Resta saber de onde e de quem veio o dinheiro. É uma manipulação vergonhosa o que está acontecendo", disse.
O candidato do PDT defendeu a participação do presidente Lula no debate da TV Globo, quinta-feira, como uma oportunidade para esclarecer se teve envolvimento no episódio do dossiê. Cristovam garantiu que não terá um comportamento hostil ao presidente. "Não vejo razão para ele temer o debate. Vou me comportar com toda civilidade. O presidente é a grande estrela dessa eleição, se ele não for vai demonstrar desrespeito com o eleitorado e com os adversários", disse.
Segundo turno
Com cerca de 1% das intenções de votos, Cristovam admite que não estará num eventual segundo turno. Ele afirmou que é o partido quem irá decidir quem apoiar caso a disputa passe para uma segunda fase, mas antecipou que terá mais chances quem incorporar seu projeto para educação.
O senador, que deixou o Ministério da Educação demitido por Lula pelo telefone, não descartou a hipótese de apoiar o petista. "Tudo vai depender de um acordo no segundo turno. Temos que ter a garantia de que nossa proposta irá se viabilizar. Hoje temo que uma tentação autoritária possa fazer Lula agir de forma autoritária num eventual segundo mandato, então ele teria que se comprometer antes das eleições", disse.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Cristovam acusa Lula de manipular eleitorado para vencer no 1º turno
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da Folha Online, em Brasília
O candidato do PDT à Presidência, Cristovam Buarque, rebateu nesta quarta-feira aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que acusam a oposição de tentar dar um "golpe" para levar a eleição para o segundo turno ao explorar o episódio do "dossiê tucano". Para Cristovam, é o governo quem tenta "manipular" o eleitorado para que Lula seja eleito em primeiro de outubro.
"Considero essa talvez a pior manipulação da opinião pública que o governo Lula está fazendo. Não tem nada a ver com golpe, estamos apenas pedindo que se apure antes das eleições o que o Brasil já sabe [o uso de R$ 1,7 milhão para a compra de um dossiê contra tucanos pelo PT]. Resta saber de onde e de quem veio o dinheiro. É uma manipulação vergonhosa o que está acontecendo", disse.
O candidato do PDT defendeu a participação do presidente Lula no debate da TV Globo, quinta-feira, como uma oportunidade para esclarecer se teve envolvimento no episódio do dossiê. Cristovam garantiu que não terá um comportamento hostil ao presidente. "Não vejo razão para ele temer o debate. Vou me comportar com toda civilidade. O presidente é a grande estrela dessa eleição, se ele não for vai demonstrar desrespeito com o eleitorado e com os adversários", disse.
Segundo turno
Com cerca de 1% das intenções de votos, Cristovam admite que não estará num eventual segundo turno. Ele afirmou que é o partido quem irá decidir quem apoiar caso a disputa passe para uma segunda fase, mas antecipou que terá mais chances quem incorporar seu projeto para educação.
O senador, que deixou o Ministério da Educação demitido por Lula pelo telefone, não descartou a hipótese de apoiar o petista. "Tudo vai depender de um acordo no segundo turno. Temos que ter a garantia de que nossa proposta irá se viabilizar. Hoje temo que uma tentação autoritária possa fazer Lula agir de forma autoritária num eventual segundo mandato, então ele teria que se comprometer antes das eleições", disse.
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