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27/09/2006 - 18h39

Mercadante admite que compra do dossiê prejudicou sua candidatura

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ANDREA CATÃO
da Folha Online

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, admitiu hoje que a crise deflagrada pela compra do dossiê contra tucanos, "sem dúvida", prejudicou sua campanha. Segundo o próprio senador, ele vinha num "ritmo de crescimento" nas pesquisas, o qual foi interrompido por conta dos escândalos envolvendo petistas, dentre eles um dos coordenadores de sua campanha.

Na última pesquisa de intenção de voto feita pelo Datafolha, realizada no dia 22 deste mês, o candidato petista oscilou para baixo, de 23% para 21%, em comparação com o levantamento anterior. A pesquisa apontou vitória do tucano José Serra, que teria 59% dos votos válidos.

"É uma coisa [compra do dossiê] inaceitável o que aconteceu, que trouxe prejuízo à campanha. É evidente que a única razão que possa explicar esse impacto na pesquisa [queda] foi isso", disse o petista.

No entanto, Mercadante acredita que o debate entre os candidatos ao governo do Estado realizado na noite de ontem na Rede Globo o beneficiou. "A militância saiu muito mais motivada e convencida de que a gente vai para o segundo turno", disse o candidato.

Durante o debate, na primeira pergunta direcionada ao senador, ele aproveitou para "esclarecer" o episódio da compra do dossiê, deixando de responder ao tema sobre funcionalismo público.

Esquerda

Quando questionado se ainda mantinha contato com Hamilton Lacerda, coordenador de sua campanha afastado depois de divulgada sua participação na compra do dossiê, ele disse que a atitude de Lacerda é um "resquício da ditadura".

"Não podemos aceitar uma militância que acha que pode definir uma eleição na clandestinidade. Isso ainda é um resquício da ditadura, que ficou numa parte da esquerda. As regras, as leis têm que ser respeitadas. E quem não respeita vai ter de arcar com as conseqüências."

Carreata

A carreata organizada pelo comitê de campanha do candidato na tarde de hoje no bairro Morro Doce, em Perus, zona norte de São Paulo, foi prejudicada pela falta de planejamento do itinerário.

Ao seguir para o interior do bairro, a picape que levava o candidato e outra que carregava o equipamento de som não conseguiram subir uma rua íngreme do Morro Doce, o que fez com que Mercadante deixasse o veículo.

Posteriormente, uma das picapes conseguiu subir a rua, mas a que carregava o som ficou para trás. O petista teve se percorrer várias ruas sem que a população local percebesse que ele estava em visita ao bairro, pois não havia ninguém que o anunciasse.

Só quase no final da carreata é que o carro de som se juntou ao grupo, que terminou o evento de campanha na praça em frente à estação de trem de Perus.

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