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27/09/2006 - 19h49

Lula afirma que há "jogada política" em pedido de prisão preventiva

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da Folha Online

O candidato do PT e presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais uma vez, teve que ocupar todo o tempo de uma entrevista para uma estação de TV --no caso, a Record-- em esclarecer os últimos episódios em torno do chamado "escândalo do dossiê".

O presidente sugeriu que há "jogada política" no pedido de prisão preventiva de seu ex-assessor Freud Godoy em mais cinco envolvidos no escândalo. E não poupou seu antecessor de críticas, qualificando o tucano Fernando Henrique Cardoso de "uma decepção muito grande". Ao contrário, elogiou o José Sarney (PMDB) como "o único ex-presidente que sabe se comportar como ex-presidente".

"A impressão que eu tenho é que há uma precipitação nos fatos. Eles não vão pode ser presos [por causa da legislação eleitoral]. A impressão que eu tenho é que há jogada política aí", afirmou o presidente.

Lula procurou rebater as críticas da oposição de que a Polícia Federal estaria demorando em identificar a origem do R$ 1,7 milhão que seria utilizado para comprar o dossiê. "Em tempo de campanha eleitoral, as pessoas ficam mais açodadas [precipitadas]", respondeu o presidente.

"Eu não pressiono a Polícia Federal, eu não pressiono o Ministério Público. Eu não quero que um inocente seja considerado culpado e que um culpado seja inocentado", acrescentou.

Questionado sobre sua proximidade com os envolvidos, ele rebateu: "as pessoas que vieram trabalhar comigo, vieram trabalhar por seu passado. Se ao entrar no meu governo, essas pessoas cometerem erros, elas serão julgadas conforme esses erros".

Lula foi inquirido especificamente sobre o presidente do PT, Ricardo Berzoini, que foi afastado da coordenação de sua campanha, após o envolvimento de um ex-assessor com o escândalo do dossiê. "Foi um extraordinário presidente do Sindicato dos Bancários, conduziu a reforma da Previdência [Social]", disse, acrescentando que, se ele cometeu algum erro, seria punido.

A mídia também não foi poupada pelo presidente. Quando foi questionado se a corrupção "aumentou ou diminuiu" em seu governo, rebateu que a investigação sobre as denúncias aumentou. "Nós estamos fazendo uma política de [não deixar] pedra sobre pedra. Nós vamos apurar doa a quem doer", e acrescentou: "antes, apareciam as denúncias e ficavam 2 ou 3 dias nos jornais".

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