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27/09/2006
-
21h50
PAULO PEIXOTO
daAgência Folha, em Belo Horizonte
A campanha do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), candidato à reeleição, que não foi ao debate na TV Globo, não considerou a possibilidade de que, se tivesse ido, o tucano mineiro poderia ajudar o presidenciável Geraldo Alckmin de alguma maneira. Segundo o deputado federal Nárcio Rodrigues, presidente do PSDB-MG, a decisão de não ir ao debate considerou a estratégia regional, apenas.
"Não teve nenhuma relação com a questão Alckmin. Foi uma decisão pautada na questão Aécio, mas isso não tira de nós o engajamento pela candidatura do Geraldo", disse Nárcio.
A decisão de não comparecer foi tomada em conjunto com o conselho político da campanha, formado pelos presidentes dos partidos coligados. Em que pese Aécio liderar com bastante folga a disputa em Minas e já se considerar reeleito no primeiro turno --pesquisa Datafolha indica que é de 61 pontos a diferença que ele tem para Nilmário Miranda (PT), o segundo colocado--, a avaliação foi que as regras do debate eram "inadequadas" e não ajudariam governador.
Por regras "inadequadas", entenderam os aliados que o debate foi montado com um formato de segundo turno, já que apenas o tucano e o petista foram chamados por serem os dois melhores colocados na última pesquisa Datafolha (Aécio, 73%; Nilmário, 12%).
Mas houve outro componente. A campanha tucana considerou que Aécio não tinha nada a ganhar com o debate. Quem ganharia seria apenas o petista. Se o governador comparecesse, estaria dando a Nilmário um palanque que ele não tem, conforme avaliação da campanha tucana.
À TV Globo, o comitê da campanha justificou a ausência aos "ataques" feitos pelo candidato do PT ao longo da campanha. À Folha, o termo empregado foi o "destempero" do adversário.
O que seria um debate se transformou em uma entrevista de 30 minutos, divididos em três blocos, com o candidato do PT. Nilmário decidiu não fazer as perguntas ao rival, direito que ele tinha, apesar da ausência de Aécio. Seria um momento para deixar no ar questões mais espinhosas.
"Quis usar todo o meu tempo para esclarecer o meu pensamento, minha proposta. Se ele estivesse aqui, teria feito perguntas a ele, diretamente. Como não veio, não achei apropriado fazer as perguntas para a bancada vazia. Acho que aquilo fala por si só", justificou.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Aécio descarta Alckmin ao decidir não ir a debate
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daAgência Folha, em Belo Horizonte
A campanha do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), candidato à reeleição, que não foi ao debate na TV Globo, não considerou a possibilidade de que, se tivesse ido, o tucano mineiro poderia ajudar o presidenciável Geraldo Alckmin de alguma maneira. Segundo o deputado federal Nárcio Rodrigues, presidente do PSDB-MG, a decisão de não ir ao debate considerou a estratégia regional, apenas.
"Não teve nenhuma relação com a questão Alckmin. Foi uma decisão pautada na questão Aécio, mas isso não tira de nós o engajamento pela candidatura do Geraldo", disse Nárcio.
A decisão de não comparecer foi tomada em conjunto com o conselho político da campanha, formado pelos presidentes dos partidos coligados. Em que pese Aécio liderar com bastante folga a disputa em Minas e já se considerar reeleito no primeiro turno --pesquisa Datafolha indica que é de 61 pontos a diferença que ele tem para Nilmário Miranda (PT), o segundo colocado--, a avaliação foi que as regras do debate eram "inadequadas" e não ajudariam governador.
Por regras "inadequadas", entenderam os aliados que o debate foi montado com um formato de segundo turno, já que apenas o tucano e o petista foram chamados por serem os dois melhores colocados na última pesquisa Datafolha (Aécio, 73%; Nilmário, 12%).
Mas houve outro componente. A campanha tucana considerou que Aécio não tinha nada a ganhar com o debate. Quem ganharia seria apenas o petista. Se o governador comparecesse, estaria dando a Nilmário um palanque que ele não tem, conforme avaliação da campanha tucana.
À TV Globo, o comitê da campanha justificou a ausência aos "ataques" feitos pelo candidato do PT ao longo da campanha. À Folha, o termo empregado foi o "destempero" do adversário.
O que seria um debate se transformou em uma entrevista de 30 minutos, divididos em três blocos, com o candidato do PT. Nilmário decidiu não fazer as perguntas ao rival, direito que ele tinha, apesar da ausência de Aécio. Seria um momento para deixar no ar questões mais espinhosas.
"Quis usar todo o meu tempo para esclarecer o meu pensamento, minha proposta. Se ele estivesse aqui, teria feito perguntas a ele, diretamente. Como não veio, não achei apropriado fazer as perguntas para a bancada vazia. Acho que aquilo fala por si só", justificou.
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