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28/09/2006
-
15h55
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) demonstrou preocupação nesta quinta-feira com o cenário político brasileiro diante das denúncias de corrupção e da compra do dossiê contra candidatos do PSDB por membros do PT.
O presidente da CNBB, dom Geraldo Majella Agnelo, disse que a entidade espera tranqüilidade nas eleições, mas teme pelo futuro político nacional. "Não podemos esperar para o futuro situação tão tranqüila que busque o bem comum da sociedade", alertou.
O vice-presidente da entidade, dom Antonio Celso de Queirós, foi mais enfático. Disse que o combate à corrupção é essencial ao país, mas deve aparecer "fora do clima eleitoral". Segundo ele, o episódio do dossiê é apenas uma parte dos escândalos de corrupção que marcam a história recente do país. "Não estamos de olhos fechados, mas a corrupção é muito maior que um ou outro episódio", disse.
Sem falar em nome da CNBB, dom Antonio criticou a sugestão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de voltar a discutir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, depois da tentativa de compra do dossiê por petistas. "Precisamos ver o nível de responsabilidade [do presidente] no episódio. Impeachment não se decreta na véspera da eleição com a possibilidade de ganhar este ou aquele", afirmou.
Os bispos criticaram o tom da campanha eleitoral deste ano, que, segundo eles, privilegiou as acusações aos programas de governo dos candidatos. "O mais lamentável da situação que vivemos é, ao invés de discutir eleições, programas de governo, discutimos episódios", ressaltou dom Antonio.
Já o presidente da CNBB disse que, mesmo com o posicionamento político da entidade contra a corrupção, o órgão não se manifesta sobre candidatos ou partidos.
"A CNBB não tem partido nem candidato a apoiar. Deixamos toda a liberdade e autonomia aos nossos eleitores. Não queremos bitolar os votos da comunidade católica", disse o secretário-geral da CNBB, dom Odilo Pedro Scherer.
Dom Geraldo disse apenas que a CNBB não deseja que o governo Lula seja "malsucedido". Mas reconheceu que o governo do petista ainda não fez "tudo o que precisamos de forma urgente".
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
CNBB diz que combate à corrupção não se discute em clima pré-eleitoral
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da Folha Online, em Brasília
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) demonstrou preocupação nesta quinta-feira com o cenário político brasileiro diante das denúncias de corrupção e da compra do dossiê contra candidatos do PSDB por membros do PT.
O presidente da CNBB, dom Geraldo Majella Agnelo, disse que a entidade espera tranqüilidade nas eleições, mas teme pelo futuro político nacional. "Não podemos esperar para o futuro situação tão tranqüila que busque o bem comum da sociedade", alertou.
O vice-presidente da entidade, dom Antonio Celso de Queirós, foi mais enfático. Disse que o combate à corrupção é essencial ao país, mas deve aparecer "fora do clima eleitoral". Segundo ele, o episódio do dossiê é apenas uma parte dos escândalos de corrupção que marcam a história recente do país. "Não estamos de olhos fechados, mas a corrupção é muito maior que um ou outro episódio", disse.
Sem falar em nome da CNBB, dom Antonio criticou a sugestão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de voltar a discutir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, depois da tentativa de compra do dossiê por petistas. "Precisamos ver o nível de responsabilidade [do presidente] no episódio. Impeachment não se decreta na véspera da eleição com a possibilidade de ganhar este ou aquele", afirmou.
Os bispos criticaram o tom da campanha eleitoral deste ano, que, segundo eles, privilegiou as acusações aos programas de governo dos candidatos. "O mais lamentável da situação que vivemos é, ao invés de discutir eleições, programas de governo, discutimos episódios", ressaltou dom Antonio.
Já o presidente da CNBB disse que, mesmo com o posicionamento político da entidade contra a corrupção, o órgão não se manifesta sobre candidatos ou partidos.
"A CNBB não tem partido nem candidato a apoiar. Deixamos toda a liberdade e autonomia aos nossos eleitores. Não queremos bitolar os votos da comunidade católica", disse o secretário-geral da CNBB, dom Odilo Pedro Scherer.
Dom Geraldo disse apenas que a CNBB não deseja que o governo Lula seja "malsucedido". Mas reconheceu que o governo do petista ainda não fez "tudo o que precisamos de forma urgente".
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