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02/10/2006
-
22h55
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Reeleitor governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) disse ontem que o "desempenho frágil" de Geraldo Alckmin no Norte e Nordeste do país impõe ao PSDB a preocupação de ser um partido efetivamente nacional.
Ele também disse que fará "grande esforço, o que for necessário" para ajudar a eleger Alckmin, mas reiterou que será sempre uma "ponte" para restabelecer o entendimento político entre os que agora se digladiam, o PSDB e o PT. Afirmou que, da sua parte, fará campanha "sem precisar ofender ou atacar adversários".
Aécio defende o que chama de "nacionalização do PSDB". Disse que, independentemente da vitória do presidente Lula ou de Alckmin, o partido deve fazer o "mea-culpa" sobre sua ausência no Norte/Nordeste.
"O desempenho frágil do nosso candidato no Nordeste não é, na minha avaliação, em razão do candidato. Talvez devamos aqui fazer esse mea-culpa, essa avaliação interna de que tem faltado ao PSDB uma presença mais nítida em determinadas regiões do país, de determinadas propostas."
Ele quer no partido novas e consolidadas lideranças regionais, como Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Associado a isso, diz faltar aos tucanos "externar de forma mais clara um grande projeto" para essa regiões.
"Eu vejo um futuro de fortalecimento do PSDB. Estamos na eleição nacional, mas, independentemente disso, o PSDB terá que viver esse momento de discussão profunda com a participação de São Paulo, de Minas Gerais, onde nós vencemos as eleições. Mas com um projeto voltado para onde nós não vencemos as eleições", afirmou.
Fortalecido com a reeleição e credenciando-se para disputar a eleição presidencial de 2010, a posição de Aécio, que voltou a falar contra a reeleição, não deixa de ser também uma forma de medir forças contra o governador eleito José Serra (SP), outro presidenciável. A nacionalização levaria a um peso menor da ala paulista na sigla, menos se Alckmin se eleger presidente.
Segundo turno
O governador mineiro enalteceu os 40% dos votos válidos conquistados por Alckmin no Estado, segundo maior colégio eleitoral do país, e disse que está "absolutamente à disposição" do tucano para ajudá-lo a vencer o PT, e impor o "início de um novo ciclo, com planejamento, ética, valores e qualidade na administração pública".
Aécio disse ter conversado com Alckmin hoje e se colocou à disposição para ajudá-lo "também fora de Minas", onde o candidato paulista julgar conveniente que ele esteja presente. O seu único porém é não compactuar com o que chamou de "ambiente de disputa belicoso."
"Sou um construtor de pontes, não sou, por natureza, um dinamitador de pontes. Vou estar sempre à disposição para essa construção futura. (...) O governador de Minas fará o que for necessário, o que estiver ao seu alcance, para que nós tenhamos uma disputa política, de projetos, e não uma disputa pessoal, de egos ou de grupos".
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Aécio diz que PSDB precisa de mea culpa por desempenho frágil no Nordeste
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Reeleitor governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) disse ontem que o "desempenho frágil" de Geraldo Alckmin no Norte e Nordeste do país impõe ao PSDB a preocupação de ser um partido efetivamente nacional.
Ele também disse que fará "grande esforço, o que for necessário" para ajudar a eleger Alckmin, mas reiterou que será sempre uma "ponte" para restabelecer o entendimento político entre os que agora se digladiam, o PSDB e o PT. Afirmou que, da sua parte, fará campanha "sem precisar ofender ou atacar adversários".
Aécio defende o que chama de "nacionalização do PSDB". Disse que, independentemente da vitória do presidente Lula ou de Alckmin, o partido deve fazer o "mea-culpa" sobre sua ausência no Norte/Nordeste.
"O desempenho frágil do nosso candidato no Nordeste não é, na minha avaliação, em razão do candidato. Talvez devamos aqui fazer esse mea-culpa, essa avaliação interna de que tem faltado ao PSDB uma presença mais nítida em determinadas regiões do país, de determinadas propostas."
Ele quer no partido novas e consolidadas lideranças regionais, como Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Associado a isso, diz faltar aos tucanos "externar de forma mais clara um grande projeto" para essa regiões.
"Eu vejo um futuro de fortalecimento do PSDB. Estamos na eleição nacional, mas, independentemente disso, o PSDB terá que viver esse momento de discussão profunda com a participação de São Paulo, de Minas Gerais, onde nós vencemos as eleições. Mas com um projeto voltado para onde nós não vencemos as eleições", afirmou.
Fortalecido com a reeleição e credenciando-se para disputar a eleição presidencial de 2010, a posição de Aécio, que voltou a falar contra a reeleição, não deixa de ser também uma forma de medir forças contra o governador eleito José Serra (SP), outro presidenciável. A nacionalização levaria a um peso menor da ala paulista na sigla, menos se Alckmin se eleger presidente.
Segundo turno
O governador mineiro enalteceu os 40% dos votos válidos conquistados por Alckmin no Estado, segundo maior colégio eleitoral do país, e disse que está "absolutamente à disposição" do tucano para ajudá-lo a vencer o PT, e impor o "início de um novo ciclo, com planejamento, ética, valores e qualidade na administração pública".
Aécio disse ter conversado com Alckmin hoje e se colocou à disposição para ajudá-lo "também fora de Minas", onde o candidato paulista julgar conveniente que ele esteja presente. O seu único porém é não compactuar com o que chamou de "ambiente de disputa belicoso."
"Sou um construtor de pontes, não sou, por natureza, um dinamitador de pontes. Vou estar sempre à disposição para essa construção futura. (...) O governador de Minas fará o que for necessário, o que estiver ao seu alcance, para que nós tenhamos uma disputa política, de projetos, e não uma disputa pessoal, de egos ou de grupos".
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