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04/10/2006 - 13h41

Frateschi critica postura de Lula no episódio do dossiê

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FELIPE NEVES
da Folha Online

O presidente do diretório paulista do PT, Paulo Frateschi, criticou nesta quarta-feira a atitude do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, em relação ao episódio do dossiê. Em sua opinião, os envolvidos não devem ser classificados de "aloprados" ou de "bandidos".

"Essa coisa de chamá-los de bandidos, eu não concordo. Eu não concordo mesmo. Não são bandidos. Eu os conheço, convivi com eles, tá certo? Não são bandidos, não fizeram por mal, fizeram porque chegaram a um nível de pressão que erraram", disse Frateschi, após participar da reunião que oficializou Marta Suplicy como coordenadora da campanha de Lula em São Paulo.

"O PT está magoado, como o presidente Lula também está muito magoado. Agora, são pessoas que são do PT, têm história dentro do PT", acrescentou.

Mesmo criticando a postura de Lula com relação aos petistas, ele classificou de "corretíssima" a atitude de "pedir publicamente que a Polícia Federal investigue".

Tentando entender

Para Frateschi, os militantes do PT envolvidos no episódio "fizeram a bobagem que fizeram" para procurar "auto-defesa".

Ele acredita que as crises no partido, sobretudo a do mensalão, causaram nos petistas um grau tão grande de pressão, de vergonha e de humilhação que os levou a agir de forma desesperada.

"O que eu não quero é fazer um julgamento, nem moral comportamental, errou, errou. Quem errou tem que pagar", disse Frateschi.

Apesar do raciocínio, Frateschi negou que esteja tentando defender os envolvidos. Segundo ele, trata-se apenas de uma tentativa de tentar entender o comportamento. "Isso não significa que eu vou ou perdoá-los ou condená-los, mas entender é obrigação", afirmou.

Expulsão

O tema do dossiê fez parte da reunião do PT. O deputado reeleito José Eduardo Cardozo foi um dos que, à revelia de Frateschi, defenderam a expulsão dos envolvidos. "Eu acredito que, havendo prova, têm que ser expulsos imediatamente os envolvidos", disse.

"Um partido que defende a ética na sociedade não pode transigir com a ética internamente", acrescentou.

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