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04/10/2006 - 17h35

FHC tenta minimizar repercussão de apoio de Garotinho a Alckmin

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FELIPE NEVES
da Folha Online

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) tentou minimizar, nesta quarta-feira, a repercussão negativa do apoio público do casal Garotinho (PMDB) à candidatura do tucano Geraldo Alckmin à Presidência da República.

Ao afirmar que "voto não se recusa", FHC traçou uma analogia pouco abonadora para o adversário de Alckmin, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concorre à reeleição pelo PT.

"Vai perguntar se o presidente Lula vai recusar o voto do [ex-presidente Fernando] Collor", disse, após receber a visita do governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB).

Para o ex-presidente, a eleição será decidida pelo povo e, portanto, "as articulações políticas têm um peso muito pequeno no segundo turno".

"O que está em jogo não é saber quem apoia, é saber o seguinte: quer manter uma situação atual? Quer manter um governo que propiciou tantos escândalos, que não explica nada claramente, que joga tudo numa nuvem de fumaça? Ou quer um Brasil mais decente? Essa é a decisão", afirmou o tucano.

Serra não quis opinar sobre o tema para não "ser mal interpretado".

Comparações

Os tucanos comentaram a estratégia declarada do PT de tentar levar para o palanque do segundo turno comparações entre o governo Lula e as gestões do PSDB, incluindo os dois mandatos de FHC, quando Serra foi ministro de duas pastas --Planejamento e Saúde.

Serra usou a ironia para responder sobre o tema. "Eu sugeria começar pela saúde para não ir muito mais longe", disse. Em sua opinião, o atual governo fez o país regredir na área.

Já FHC disse que está pronto para qualquer comparação com os governos petistas. Segundo ele, essa é uma estratégia usada para "atrapalhar" o eleitor porque "é muito fácil distorcer números" e, portanto, "a comparação falseia".

"Eu não tenho nenhum problema com comparação. Mas é preciso não fazer confusões. São momentos diferentes. Você tem em cada momento da história que resolver certas questões em contextos nacionais e internacionais diferentes. A comparação falseia, é só para atrapalhar. Agora, não há problema. Estamos dispostos a comparar o que quiserem", disse.

Visita

Serra explicou que decidiu visitar FHC para fazer uma homenagem e também dedicar a ele sua vitória na eleição ao governo de São Paulo.

"Me pareceu que depois da visita ao governador [Cláudio Lembo] para combinar as questões da transição, o mais importante para mim, pessoalmente, era visitar o presidente Fernando Henrique, como uma homenagem, um reconhecimento e também para procurar estímulos, trocar idéias a respeito do que fazer aqui em São Paulo", disse.

FHC devolveu os elogios e afirmou que ficou ainda mais convencido, após o diálogo, de que as propostas de governo de Serra são as melhores para o Estado. "São Paulo fez uma escolha excepcional e vai ter um grande governador", disse.

Os dois não quiseram revelar detalhes sobre o conteúdo da conversa. Serra disse apenas que já tem boa parte do secretariado na cabeça, mas que acha "precipitado" anunciar.

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