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04/10/2006 - 20h39

Jarbas Vasconcelos detona apoio de Garotinho

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FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

O senador eleito de Pernambuco e ex-governador do Estado, Jarbas Vasconcelos (PMDB), criticou hoje a decisão do presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, de aceitar o apoio dos também peemedebistas Rosinha Matheus, governadora do Rio, e do seu marido, Anthony Garotinho.

"Minha restrição é que Garotinho não acrescenta coisa nenhuma", afirmou. "E Alckmin, a partir de agora, vai ter que ficar dando explicações, como eu estou dando aqui", disse Jarbas, em Recife. "Política se faz quando não se tem satisfações a dar", declarou. "Quando você é obrigado a esclarecer as coisas, aí não é uma posição boa."

O novo senador colocou-se na posição do presidenciável e disse que, "se fosse candidato e estivesse no lugar de Alckmin, não queria esse apoio". Para Jarbas, "essa história de que todo apoio é bem-vindo não é verdade".

Tido como um dos principais aliados do tucano no Nordeste, o ex-governador de Pernambuco acusou Garotinho de ter "comportamento inadequado". "Ele tem uma prática incorreta, usa muitos meios de comunicação e a igreja para atingir os seus objetivos", afirmou. "Tanto ele quanto a esposa têm várias denúncias de malversação de dinheiro público", afirmou.

Jarbas também criticou o presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP), articulador do acordo que resultou na adesão do casal à candidatura de Alckmin.

"O Michel Temer sempre procurou ajudar o Garotinho", disse o senador eleito. "Eles não estão junto de agora não", declarou. "Bem antes, já no processo de escolha interna do PMDB nas eleições presidenciais passadas, Garotinho teve muita proteção de Michel Temer."

Sobre a participação de Alckmin na eleição estadual, Jarbas disse que o tucano continuará sem aparecer na propaganda eleitoral de TV do governador e candidato à reeleição, José Mendonça Filho (PFL).

"Eu vou pedir para o pessoal da campanha que não bote o Alckmin dentro do programa da gente, porque temos que aproveitar nossos dez minutos", afirmou o ex-governador, referindo-se ao tempo do pefelista na TV, no segundo turno.

"Alckmin tem dez minutos, Mendonça tem dez minutos. Por que eu vou dar meu tempo para o Alckmin, se vou para a rua com ele, se a propaganda vai ser conjunta?", questionou Jarbas. "Os dez minutos dele, ele vai aproveitar para ele. Os dez minutos nossos, a gente vai aproveitar para o Mendonça."

No primeiro turno, o presidenciável do PSDB não apareceu nem uma vez na propaganda eleitoral de Jarbas e Mendonça. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve sua imagem utilizada até na campanha do pefelista. Em Pernambuco, Lula venceu o tucano por 70,93% dos votos válidos contra 22,86%.

Para Jarbas, a eleição presidencial será definida a partir dos debates na TV. "O debate que não houve no primeiro turno será determinante agora", afirmou. "Houve uma tentativa, e Lula refugou, não quis ir. Pagou um preço por isso. Acho que os debates vão definir os rumos da eleição", declarou.

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