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04/10/2006 - 20h46

Lúcio diz que vai "se empenhar" por Alckmin

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KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza

Se, no primeiro turno, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) não tinha nenhum palanque no Ceará, no segundo turno ele poderá ter dois, do mesmo PSDB, no Estado.

Isso porque o governador Lúcio Alcântara (PSDB), que foi derrotado por Cid Gomes (PSB) nas urnas, decidiu que irá apoiá-lo e se "empenhar ao máximo" na campanha do tucano, coisa que não fez no primeiro turno.

Pelo contrário: em sua campanha, Lúcio buscou se aproximar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mostrou imagens dele na sua propaganda de rádio e TV. A explicação dada pelo governador, então, foi que sua intenção era mostrar que podia ter um bom relacionamento com o presidente, mesmo sendo de outro partido.

À exceção de algumas vezes em que Lúcio disse, em entrevistas, apoiar a candidatura tucana à Presidência, o nome de Alckmin não apareceu na propaganda do PSDB cearense no primeiro turno.

Sem o palanque do candidato tucano ao governo, o único espaço que Alckmin tinha era o montado, de forma solitária, pelo senador Tasso Jereissati, que preside o PSDB nacional e saiu pelo interior do Ceará, sozinho, pedindo votos para o presidenciável (mas não para Lúcio).

O governador anunciou o apoio a Alckmin ontem, em entrevista no palácio do governo. Ontem, ele havia ido a São Paulo para se encontrar com Alckmin e levou cinco deputados federais eleitos do partido.

Na entrevista, Lúcio disse que fez "o que pôde" pelo tucano no primeiro turno. Segundo o governador, Alckmin compreendeu que "problemas regionais" o impediram de se aproximar mais da campanha.

Os tais "problemas regionais" foram o rompimento entre Lúcio e o senador Tasso Jereissati, presidente do PSDB nacional, ainda antes do início da campanha eleitoral.

Para manter a aliança com Ciro Gomes (PSB), Tasso propôs a Lúcio que ele não concorresse à reeleição e ofereceu a ele a vaga ao Senado, para o PSDB ficar livre para apoiar Cid Gomes, irmão de Ciro. Lúcio não aceitou.

Após vencer o embate para disputar a reeleição pelo PSDB, mesmo a contragosto de Tasso, Lúcio deve enfrentar outra vez a vontade do cacique tucano: o governador diz que pretende continuar no partido, com força suficiente para novas disputas políticas.

Essa decisão desagrada mais uma vez Tasso, que afirmou, no último domingo, logo após votar, que quer retomar o controle do PSDB cearense e limpar o partido das "impurezas". Ele chegou a dizer que a Executiva Nacional do partido deverá avaliar o comportamento dos dirigentes cearenses, que deixaram de apoiar Alckmin.

Com tal rivalidade, Alckmin pode ter dois palanques no Ceará neste segundo turno, pois Tasso já afirmou que vai fazer de tudo para que o resultado da votação seja bem diferente. Lula teve 71,22% dos votos no Estado, enquanto Alckmin ficou com 22,79%.

Para Lúcio, que teve 33,87% dos votos, contra 62,38% de Cid, o principal fator que ajudou o seu adversário foi o apoio de Lula. "Isso influenciou muito."

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