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05/10/2006 - 09h54

Garotinho rebate críticas de Maia e Frossard

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SERGIO TORRES
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro

Em sua primeira visita ao Rio na campanha do segundo turno, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) será levado à Baixada Fluminense pelo ex-governador Anthony Garotinho (PMDB). Região pobre na periferia do Rio, a Baixada Fluminense é um reduto de Garotinho. Nela, o candidato do PSDB à Presidência fracassou. Teve pouco mais de 400 mil votos, contra quase 1,1 milhão de votos destinados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele disse que os ataques do prefeito Cesar Maia decorrem do fiasco do PFL nas eleições e criticou a suposta falta de ética da candidata do PPS ao governo, Denise Frossard.

FOLHA - O sr. esperava uma reação tão violenta por parte do prefeito Cesar Maia e da candidata Denise Frossard a seu apoio a Alckmin?
ANTHONY GAROTINHO -
É ressentimento de quem perdeu eleição. O PFL foi derrotado no Rio. O PMDB fez dez deputados federais, o PFL fez cinco. Fizemos 17 deputados estaduais, eles seis. Tivemos o candidato mais votado ao governo, elegemos nosso senador. Cesar Maia é figura conhecida por suas estripulias. Ele é acostumado a inventar notícias em blog, a criar factóides, mentiras, ofender pessoas. A juíza, que autoridade ela tem para falar em ética quando o chefe do escritório dela em Niterói trabalhava até as cinco horas da tarde no escritório e depois das cinco pegava um fuzil e ia ser soldado do tráfico no morro? Que ética é essa?

FOLHA - O prefeito e Frossard disseram que em seu governo e no da governadora Rosinha Matheus houve casos sérios de corrupção.
GAROTINHO -
Em termos de ética não reconheço autoridade em nenhum dos dois para falar a meu respeito. Tenho 25 anos de vida pública. Meu patrimônio é exatamente o mesmo de quando comecei. As acusações contra mim, todas as que fizeram, foram respondidas. Não passa de jogo político. Nada contra mim se comprovou.

FOLHA - Na prática, seu apoio a Alckmin resultou em um enorme estrago na campanha de Frossard.
GAROTINHO -
Não sei, a minha intenção não foi essa. Quando estive com Cabral relatei a ele: "Olha, não posso apoiar Lula por três motivos. Primeiro: Lula não tem palavra. Eu o apoiei no Rio na eleição passada, foi meu terceiro apoio a ele e ele destratou o Estado, maltratou o Rio e perseguiu o governo da Rosinha. Segundo: Lula interferiu dentro do PMDB para eu não ser candidato, investiu na ala governista para impedir minha candidatura, patrocinou um esquema violento da chamada banda podre do PMDB para eu não ser candidato. Terceiro: o Brasil não merece continuar vendo esse festival de corrupção". Se fosse fazer o DVD de cada um teria que escolher o filme: "O Chefe da Quadrilha de Ribeirão" ou "O Mágico do Caixa Dois" ou "Silvinho Land Rover" ou "O Super Zé".

FOLHA - Como será sua participação na campanha do Alckmin?
GAROTINHO -
Vamos trabalhar, vamos caminhar juntos, vamos dar a ele um bom resultado. Não sei a capacidade que eu tenho de transferência de votos, dizem que é grande. Afinal, em todas as minhas eleições eu fiz meus sucessores. Agora mesmo para deputado federal peguei um candidato [Pudim], no meio de tantos candidatos, e dei 270 mil votos. Vamos aumentar, e muito, a votação dele no Rio. Espero reverter muitos votos de pessoas que votaram em Lula no primeiro turno.

FOLHA - Alckmin não conhece o Estado. Aonde o sr. o levará?
GAROTINHO -
Baixada. Vamos trabalhar a Baixada. A diferença de Lula para Alckmin na Baixada Fluminense foi de 700 mil votos. Alckmin praticamente não teve votos na Baixada. Vamos fazer placas assim: "Governador 15 Cabral, Presidente Alckmin 45, Garotinho Apóia".

FOLHA - Alguma possibilidade de o Cabral apoiar isso?
GAROTINHO -
Não, Cabral está com Lula. Aqui no Rio, uns estão com Lula e Cabral, outros estão com Alckmin e Cabral, mas todo mundo é Cabral.

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