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05/10/2006
-
10h08
PEDRO DIAS LEITE
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Em uma investida para defender o ponto por onde sua campanha sofreu mais ataques no primeiro turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que vai colocar as questões sobre ética e corrupção nos debates com o candidato Geraldo Alckmin (PSDB).
"Queremos discutir profundamente ética, queremos discutir profundamente corrupção. Eu acho que o povo brasileiro merecia uma discussão melhor. Mas, se quiserem o debate por aí, nós vamos discutir isso e colocar na mesa as coisas que precisam ser colocadas. As pessoas não têm argumento para debater sobre política econômica, política social, desenvolvimento", disse.
Para Lula, Alckmin só discute corrupção porque não tem como fazer comparações entre o governo de Fernando Henrique Cardoso e o do petista.
"Porque os estudos comparativos são mortais com relação aos oito anos deles, obviamente que [Alckmin] vai procurar outra coisa qualquer para fazer a disputa política", afirmou Lula, que quer também levar o embate de números entre os dois governos de volta à campanha.
A comparação com FHC foi retomada ontem mesmo, no início da reunião com governadores eleitos. "Deus queira que vocês [governadores eleitos] peguem os Estados com as contas em dia. Que não peguem como eu peguei em 2003, quando tivemos já de cara que cortar R$ 14 bilhões do Orçamento."
O presidente reuniu no Palácio da Alvorada sete governadores eleitos no primeiro turno --Jaques Wagner (BA), Binho Marques (AC), Wellington Dias (PI) e Marcelo Déda (SE), do PT, Waldez Góes (PDT-AP), Marcelo Miranda (PMDB-TO) e Cid Gomes (PSB-CE)-- e um vice, Omar Aziz (PMN-AM), para pedir engajamento em sua campanha. Também estavam presentes aliados de Blairo Maggi (PPS-MT).
Uma amostra de que Lula está priorizando a agenda de candidato em vez da presidencial foi que o presidente chegou ontem ao Planalto depois das 17h e ficou menos de três horas no local. Hoje os encontros políticos no Alvorada continuam.
Votos no Sul
Lula rebateu a argumentação de que sua votação foi mais expressiva no Nordeste em razão dos programas sociais.
"A verdade é que no Sul, se for olhar quantitativamente, nós temos mais política social nos Estados mais numerosos", afirmou. "São Paulo, por exemplo, a quantidade de política social lá... O governo gasta aproximadamente R$ 2 bilhões por ano, só do ministério do Patrus Ananias com política social no Estado mais rico da federação."
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Lula diz estar pronto para discutir ética e corrupção
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FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Em uma investida para defender o ponto por onde sua campanha sofreu mais ataques no primeiro turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que vai colocar as questões sobre ética e corrupção nos debates com o candidato Geraldo Alckmin (PSDB).
"Queremos discutir profundamente ética, queremos discutir profundamente corrupção. Eu acho que o povo brasileiro merecia uma discussão melhor. Mas, se quiserem o debate por aí, nós vamos discutir isso e colocar na mesa as coisas que precisam ser colocadas. As pessoas não têm argumento para debater sobre política econômica, política social, desenvolvimento", disse.
Para Lula, Alckmin só discute corrupção porque não tem como fazer comparações entre o governo de Fernando Henrique Cardoso e o do petista.
"Porque os estudos comparativos são mortais com relação aos oito anos deles, obviamente que [Alckmin] vai procurar outra coisa qualquer para fazer a disputa política", afirmou Lula, que quer também levar o embate de números entre os dois governos de volta à campanha.
A comparação com FHC foi retomada ontem mesmo, no início da reunião com governadores eleitos. "Deus queira que vocês [governadores eleitos] peguem os Estados com as contas em dia. Que não peguem como eu peguei em 2003, quando tivemos já de cara que cortar R$ 14 bilhões do Orçamento."
O presidente reuniu no Palácio da Alvorada sete governadores eleitos no primeiro turno --Jaques Wagner (BA), Binho Marques (AC), Wellington Dias (PI) e Marcelo Déda (SE), do PT, Waldez Góes (PDT-AP), Marcelo Miranda (PMDB-TO) e Cid Gomes (PSB-CE)-- e um vice, Omar Aziz (PMN-AM), para pedir engajamento em sua campanha. Também estavam presentes aliados de Blairo Maggi (PPS-MT).
Uma amostra de que Lula está priorizando a agenda de candidato em vez da presidencial foi que o presidente chegou ontem ao Planalto depois das 17h e ficou menos de três horas no local. Hoje os encontros políticos no Alvorada continuam.
Votos no Sul
Lula rebateu a argumentação de que sua votação foi mais expressiva no Nordeste em razão dos programas sociais.
"A verdade é que no Sul, se for olhar quantitativamente, nós temos mais política social nos Estados mais numerosos", afirmou. "São Paulo, por exemplo, a quantidade de política social lá... O governo gasta aproximadamente R$ 2 bilhões por ano, só do ministério do Patrus Ananias com política social no Estado mais rico da federação."
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