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05/10/2006
-
19h32
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Responsável por denunciar o mensalão, o presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, disse nesta quinta-feira que está certo de que o PT manteve o esquema mesmo depois que o escândalo veio à tona. Uma prova, segundo ele, é o uso de R$ 1,7 milhão para a compra de um dossiê contra políticos tucanos. Jefferson disse estar evidente de que o dinheiro veio do "valerioduto".
Jefferson ponderou que são muitas as semelhanças entre o episódio do dossiêgate e o esquema do mensalão. "O dossiê foi a repetição do mensalão. É dinheiro na mala, encontros em hotéis, dólares, dinheiro vivo, tudo como fazia o Marcos Valério", afirmou, em referência ao empresário mineiro que seria um dos braços do esquema.
O ex-deputado relembrou que no caso do mensalão o dinheiro também era entregue em hotéis de Brasília e trazido em malas pelos integrantes do esquema. "A [Fernanda] Karina Somaggio [secretária de Marcos Valério que também denunciou o esquema] disse que dinheiro vivo era distribuído num quarto de hotel em Brasília, lembra?", questionou. "E os dólares? No caso do mensalão, o publicitário Duda Mendonça admitiu que recebeu dinheiro do PT no exterior", emendou.
O ex-deputado --cassado por denunciar o esquema sem provas e por admitir o uso de caixa dois na sua campanha-- disse não acreditar que o valor que seria utilizado para comprar o dossiê seja resquício do mensalão. "Aquele dinheiro já gastaram tudo. Esse é dinheiro novo, recém importado de Miami", apostou.
Desta vez, Roberto Jefferson não poupa o presidente Lula. Na época em que denunciou o mensalão, ele disse que o presidente não sabia de nada. "Agora chega! Já demos a ele um crédito de confiança. Seria muita inépcia dele dizer o mesmo agora", afirmou.
A Polícia Federal investiga a origem do R$ 1,7 milhão desde o dia 15 de setembro, quando foram presos em São Paulo Gedimar Passos e Valdebran Padilha --ambos ligados ao PT-- e, em Cuiabá, o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin. Eles negociavam a compra de um dossiê que ligaria o candidato eleito ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, e o presidenciável Geraldo Alckmin, ao esquema dos sanguessugas.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Leia cobertura sobre a máfia sanguessuga
Jefferson diz que dinheiro do dossiêgate veio do valerioduto
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da Folha Online, em Brasília
Responsável por denunciar o mensalão, o presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, disse nesta quinta-feira que está certo de que o PT manteve o esquema mesmo depois que o escândalo veio à tona. Uma prova, segundo ele, é o uso de R$ 1,7 milhão para a compra de um dossiê contra políticos tucanos. Jefferson disse estar evidente de que o dinheiro veio do "valerioduto".
Jefferson ponderou que são muitas as semelhanças entre o episódio do dossiêgate e o esquema do mensalão. "O dossiê foi a repetição do mensalão. É dinheiro na mala, encontros em hotéis, dólares, dinheiro vivo, tudo como fazia o Marcos Valério", afirmou, em referência ao empresário mineiro que seria um dos braços do esquema.
O ex-deputado relembrou que no caso do mensalão o dinheiro também era entregue em hotéis de Brasília e trazido em malas pelos integrantes do esquema. "A [Fernanda] Karina Somaggio [secretária de Marcos Valério que também denunciou o esquema] disse que dinheiro vivo era distribuído num quarto de hotel em Brasília, lembra?", questionou. "E os dólares? No caso do mensalão, o publicitário Duda Mendonça admitiu que recebeu dinheiro do PT no exterior", emendou.
O ex-deputado --cassado por denunciar o esquema sem provas e por admitir o uso de caixa dois na sua campanha-- disse não acreditar que o valor que seria utilizado para comprar o dossiê seja resquício do mensalão. "Aquele dinheiro já gastaram tudo. Esse é dinheiro novo, recém importado de Miami", apostou.
Desta vez, Roberto Jefferson não poupa o presidente Lula. Na época em que denunciou o mensalão, ele disse que o presidente não sabia de nada. "Agora chega! Já demos a ele um crédito de confiança. Seria muita inépcia dele dizer o mesmo agora", afirmou.
A Polícia Federal investiga a origem do R$ 1,7 milhão desde o dia 15 de setembro, quando foram presos em São Paulo Gedimar Passos e Valdebran Padilha --ambos ligados ao PT-- e, em Cuiabá, o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin. Eles negociavam a compra de um dossiê que ligaria o candidato eleito ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, e o presidenciável Geraldo Alckmin, ao esquema dos sanguessugas.
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