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06/10/2006 - 14h15

Primeira missão dos novos parlamentares será decidir quem presidirá Congresso

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

Assim que assumirem os mandatos, em 1º de fevereiro, os novos deputados e senadores retornarão aos tempos de campanha, mas, desta vez, a maioria como eleitor. A Constituição determina que no dia da posse, os novos parlamentares definam quem comandará a Câmara e o Senado. A urgência faz com que as negociações excluam os novatos.

Ao contrário do presidente da República, que assume o cargo no dia 1º de janeiro, no Congresso a transição ocorre um mês depois. Por isso, as articulações para definir quem comandará as duas Casas nos próximos dois anos já começaram e envolvem principalmente os deputados e senadores que foram reeleitos.

De fora desse grupo podem ter alguma influência os campeões de votos --caso do ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE), o mais votado do país proporcionalmente-- e políticos que voltam à cena --como Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), ex-presidente da Câmara.

Candidatos

Na Câmara, alguns nomes já estão colocados para disputar o comando da Casa. O atual presidente, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que pode se reeleger porque se inicia uma nova legislatura, é um deles. Fiel ao presidente Lula, Aldo pode ser uma opção do petista se reeleito. O comunista seria uma barreira para qualquer pedido de impeachment. A decisão sobre se terá prosseguimento um pedido de cassação do presidente da República é exclusiva do presidente da Câmara.

Também estão em campanha, por enquanto discreta, os deputados Eunício Oliveira (PMDB-CE) e o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP). Eunício teria chances no caso de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vencer as eleições, já Temer é mais afinado com os tucanos.

Por ter feito a maior bancada, o PMDB teria direito a indicar o presidente da Câmara não fosse a eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) em 2005 ter quebrado a tradição. Portanto, nada impede que outros partidos lancem seus candidatos em 2007.

O nome do ex-ministro Ciro Gomes (PSB) também é especulado. Ciro, no entanto, não é visto com bons olhos por muitos de seus colegas que foram reeleitos. O estilo "sem papas na língua" do ex-ministro preocupa quem tem anos de Casa e o que se comenta nos corredores é que se insistirem no Ciro, um novo Severino pode aparecer.

Ciro também só teria chances no caso da eleição de Lula. "Não vou disputar. Quero ser índio", tem afirmado o novo deputado em resposta aos que pensam que ele irá reivindicar posição de cacique na Câmara.

Senado

No Senado, as apostas recaem sobre o atual presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do senador José Sarney (PMDB-AP). Por enquanto, porém, como no Senado não houve quebra da tradição, a vaga cabe ao PFL, que elegeu a maior bancada.

O partido, porém, ainda pode perder o posto se outras legendas crescerem. Ao contrário da Câmara, no Senado, o que vale para definir a maior bancada é o dia da posse e não o resultado que saiu das urnas. Ou seja, até primeiro de fevereiro o PMDB, por exemplo, pode cooptar nomes para sua bancada e passar à frente do PFL.

Se conseguir crescer, o PMDB pode ser surpreendido se insistir em lançar na disputa Sarney ou Renan, nomes que não agradam aos independentes do Senado.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) já avisou que se os dois tentarem assumir a Presidência do Senado vai iniciar um movimento contrário e tentar eleger outro nome para a vaga.

Especial
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