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06/10/2006
-
17h04
da Folha Online
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu, por meio de uma entrevista ao jornal argentino "La Nación", que a ida do presidenciável tucano Geraldo Alckmin foi uma "proeza", já que ninguém no PSDB acredita que seria possível bater o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições do dia 1º.
"Pensava-se que Lula era invencível. Alckmin conseguiu uma proeza, porque o eleitor podia se perguntar: por que eu vou votar neste e colocar [no poder] alguém que eu não conheço, se a economia vai mais ou menos", afirma ele.
FHC reserva algumas das suas críticas mais duras para o seu sucessor no Planalto. Além das habituais reservas quanto a suposta falta de continuidade das reformas, o ex-presidente afirma que Lula não venceu a eleição no primeiro turno por "arrogância" e sugere que o atual presidente da República se comporta como um "caudilho".
"Lula não tem herdeiros, porque tem algo de caudilho. E um caudilho sempre acredita que ele é único, e os que o rodeiam também", disse FHC.
O ex-presidente também procura rebater a tese de que a divisão de votos entre Alckmin e Lula refletiu uma separação entre eleitores pobres e ricos. Para o ex-presidente, foi uma divisão entre "modernos e atrasados".
"Lula ganhou aonde? No Brasil onde o desenvolvimento econômico é mais fraco e o Estado é mais forte. Onde os 'favores políticos' são maiores. O Brasil ficou dividido, mas não entre ricos e pobres. Ficou dividido entre modernos e atrasados", afirma.
Especial
Leia a cobertura especial das eleições 2006
FHC admite que ida de Alckmin para segundo turno foi uma "proeza"
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu, por meio de uma entrevista ao jornal argentino "La Nación", que a ida do presidenciável tucano Geraldo Alckmin foi uma "proeza", já que ninguém no PSDB acredita que seria possível bater o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições do dia 1º.
"Pensava-se que Lula era invencível. Alckmin conseguiu uma proeza, porque o eleitor podia se perguntar: por que eu vou votar neste e colocar [no poder] alguém que eu não conheço, se a economia vai mais ou menos", afirma ele.
FHC reserva algumas das suas críticas mais duras para o seu sucessor no Planalto. Além das habituais reservas quanto a suposta falta de continuidade das reformas, o ex-presidente afirma que Lula não venceu a eleição no primeiro turno por "arrogância" e sugere que o atual presidente da República se comporta como um "caudilho".
"Lula não tem herdeiros, porque tem algo de caudilho. E um caudilho sempre acredita que ele é único, e os que o rodeiam também", disse FHC.
O ex-presidente também procura rebater a tese de que a divisão de votos entre Alckmin e Lula refletiu uma separação entre eleitores pobres e ricos. Para o ex-presidente, foi uma divisão entre "modernos e atrasados".
"Lula ganhou aonde? No Brasil onde o desenvolvimento econômico é mais fraco e o Estado é mais forte. Onde os 'favores políticos' são maiores. O Brasil ficou dividido, mas não entre ricos e pobres. Ficou dividido entre modernos e atrasados", afirma.
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