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06/10/2006 - 20h57

Lula abre campanha em Juazeiro e Petrolina

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FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE)

O presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), abriu hoje sua campanha para o segundo turno com ataques ao PFL e PSDB, em discursos realizados nas cidades vizinhas de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE).

Em Juazeiro (a 500 km de Salvador), Lula afirmou que "o PFL e o PSDB não têm moral para discutir ética com quem quer que seja neste país".

Depois, em Petrolina (a 780 km de Recife), acompanhado do deputado Inocêncio de Oliveira (PL-PE), disse que não evitará discutir ética e corrupção nos debates, mas mandou um recado aos adversários: "Só peço que não falem grosso comigo".

"Não pensem que vou me curvar, porque há muito tempo aprendi a não permitir que coloquem canga no meu pescoço", declarou. "No segundo turno, as diferenças entre os projetos de governo vão ficar mais visíveis para os eleitores", disse.

Também ao lado do governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), e do candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Eduardo Campos, o presidente atacou --sem citar o caso-- a divulgação, às vésperas da eleição, das fotos do dinheiro que seria usado para a compra do dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB).

"Quando eles estão perto de perder, fazem coisas espúrias", declarou. "Vi o que fizeram na sexta e no sábado", disse. "Fiquei magoado, mas não fiquei com raiva", declarou.

Sobre a eleição de Wagner no primeiro turno, o presidente lembrou que essa será a segunda chance da oposição ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) de governar a Bahia. "A primeira foi nos anos 80, quando Valdir Pires derrubou as oligarquias. Depois eles voltaram." O presidente disse que chegou a duvidar da candidatura do ex-ministro. "Só o Wagner acreditava."

Sobre Eduardo Campos, Lula elogiou o comportamento da sua militância e dos petistas, que passaram a apoiar o socialista após a derrota de Humberto Costa (PT) no primeiro turno. Em seguida, atacou o adversário de Campos, o governador de Pernambuco, José Mendonça Filho (PFL).

Segundo o presidente, Mendonça fez "um mal irreparável a este país", ao apresentar a proposta de reeleição, em 1996. "Esse cidadão deve ao Brasil um pedido de desculpas", afirmou. Depois, voltou a defender Costa, indiciado pela Polícia Federal por suposto envolvimento na máfia dos vampiros. O ex-ministro da Saúde também estava no palanque.
"Os que te acusaram fizeram uma farsa", declarou. "Estaremos vivos para ver eles pedirem desculpas pela cretinice que fizeram com você", afirmou, voltando-se para o petista.

Antes de discursar, o presidente participou de uma carreata em Juazeiro, ao lado de Wagner e da primeira-dama, Marisa Letícia. Sobre um jipe, circularam pelas principais ruas da cidade, acompanhados por militantes dos partidos aliados e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Eduardo Campos e Jaques Wagner acompanharam Lula nas duas cidades, que, apesar de pertencerem a Estados diferentes, são divididas apenas pelo rio São Francisco.

Em Juazeiro, sobre um palanque improvisado em um trio elétrico, Lula apresentou aos baianos o candidato ao governo de Pernambuco. Pediu ajuda aos eleitores da cidade para que divulgassem a candidatura de Campos com amigos e parentes que vivem em Petrolina.

Lula agradeceu o apoio dos eleitores da região e lembrou suas raízes: "Corre nas minhas veias o sangue nordestino do meus pais e do meu povo".

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