Publicidade
Publicidade
08/10/2006
-
09h51
MICHELE OLIVEIRA
da Folha de S.Paulo
O segundo turno na TV começa hoje, oficialmente, com o primeiro debate entre Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin. Os presidenciáveis se enfrentarão na televisão, pela primeira vez nesta eleição, a partir das 20h30, na Band.
Após um primeiro turno em que Lula não compareceu aos três debates, o evento de hoje será a primeira oportunidade de o eleitor ver o tucano e o petista perguntando --e respondendo-- um para o outro.
Assim será durante os cinco blocos desta noite, nos quais um candidato poderá questionar o outro sem temas definidos pela emissora. Os assuntos tratados serão da livre escolha dos dois presidenciáveis.
A primeira pergunta será feita pelo tucano, seguindo o sorteio realizado na última sexta. Depois, ainda no primeiro bloco, será a vez de Lula. Antes, os dois respondem a uma mesma questão feita pelo mediador, o jornalista Ricardo Boechat.
Os dois blocos seguintes serão dedicados inteiramente ao enfrentamento direto entre os candidatos, que poderão fazer cinco perguntas ao outro cada um. Lula será o primeiro a perguntar nos dois blocos. No quarto bloco, quatro jornalistas da emissora dirigem questões ao tucano e ao petista.
O candidato que não foi questionado terá direito a fazer um comentário, que poderá ser treplicado pelo primeiro. Por fim, o último bloco terá nova questão entre os adversários, além das tradicionais considerações finais.
A previsão é que o debate tenha duração de duas horas e 15 minutos. O evento começa a ser transmitido a partir das 20h, com imagens dos candidatos e notícias de bastidores.
Estratégias
A estratégia de Alckmin no debate de hoje vai transitar entre duas linhas: uma mais técnica, com números do seu governo, e outra mais emotiva, com frases de efeito, que incluirão o tema da ética.
A corrupção e os escândalos que atingiram a gestão do PT estarão presentes na fala do ex-governador, que planeja mencionar o caso do dossiê, do caseiro e do mensalão.
Mas, como agiu no horário eleitoral do primeiro turno, Alckmin deve atacar moderadamente, sem passar a impressão de que está desesperado, o que poderia ser aproveitado pelo adversário, que, nesse cenário, poderá retomar a tática do "Lulinha, paz e amor" de 2002.
O tucano também está se preparando para ataques e comparações de Lula com o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Alckmin deverá se defender dizendo que FHC não voltará a governar.
Sua intenção é não repetir o que fez José Serra (PSDB) em 2002, que optou por rebater ponto a ponto as críticas do petista ao governo tucano. Já Lula está se preparando para responder sobre ética com dados do governo federal, como números de operações da Polícia Federal. E levantou munição sobre casos e suspeitas de corrupção da gestão de Alckmin em São Paulo e de FHC.
O petista deve ir para o ataque, mas com "atitude de presidente", diz um auxiliar. Optou por dar tratamento respeitoso a Alckmin, chamando-o de governador, cumprimentando-o e considerando que o segundo turno propicia debates produtivos, uma forma de justificar as ausências na primeira fase. Lula tem dito que, nas áreas social e econômica, dá "um banho" nos tucanos. Tem mesmo é preocupação com o campo da ética e com escândalos.
Primeira vez
No primeiro turno, o presidente Lula não compareceu a nenhum dos três debates. O caso do dossiê e a ausência do evento da Rede Globo, a três dias do dia da votação, foram apontados como motivos de Lula não ter vencido no domingo passado, como as pesquisas sinalizavam nas semanas anteriores. Sem o presidente, Alckmin, Heloísa Helena e Cristovam Buarque miraram no petista, que teve a cadeira reservada a ele, vazia, exibida.
Além do evento de hoje, Gazeta, Record e Globo planejam promover debates. O primeiro está programado para o dia 17, mas o petista dá sinais de que não participará. A Record ainda negocia com as duas campanhas a realização do seu. E a Globo finaliza o segundo turno, com seu debate no dia 27, dois dias antes da votação decisiva.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre debates presidenciais
Leia a cobertura especial das eleições 2006
Lula e Alckmin fazem 1º confronto na TV
Publicidade
da Folha de S.Paulo
O segundo turno na TV começa hoje, oficialmente, com o primeiro debate entre Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin. Os presidenciáveis se enfrentarão na televisão, pela primeira vez nesta eleição, a partir das 20h30, na Band.
Após um primeiro turno em que Lula não compareceu aos três debates, o evento de hoje será a primeira oportunidade de o eleitor ver o tucano e o petista perguntando --e respondendo-- um para o outro.
Assim será durante os cinco blocos desta noite, nos quais um candidato poderá questionar o outro sem temas definidos pela emissora. Os assuntos tratados serão da livre escolha dos dois presidenciáveis.
A primeira pergunta será feita pelo tucano, seguindo o sorteio realizado na última sexta. Depois, ainda no primeiro bloco, será a vez de Lula. Antes, os dois respondem a uma mesma questão feita pelo mediador, o jornalista Ricardo Boechat.
Os dois blocos seguintes serão dedicados inteiramente ao enfrentamento direto entre os candidatos, que poderão fazer cinco perguntas ao outro cada um. Lula será o primeiro a perguntar nos dois blocos. No quarto bloco, quatro jornalistas da emissora dirigem questões ao tucano e ao petista.
O candidato que não foi questionado terá direito a fazer um comentário, que poderá ser treplicado pelo primeiro. Por fim, o último bloco terá nova questão entre os adversários, além das tradicionais considerações finais.
A previsão é que o debate tenha duração de duas horas e 15 minutos. O evento começa a ser transmitido a partir das 20h, com imagens dos candidatos e notícias de bastidores.
Estratégias
A estratégia de Alckmin no debate de hoje vai transitar entre duas linhas: uma mais técnica, com números do seu governo, e outra mais emotiva, com frases de efeito, que incluirão o tema da ética.
A corrupção e os escândalos que atingiram a gestão do PT estarão presentes na fala do ex-governador, que planeja mencionar o caso do dossiê, do caseiro e do mensalão.
Mas, como agiu no horário eleitoral do primeiro turno, Alckmin deve atacar moderadamente, sem passar a impressão de que está desesperado, o que poderia ser aproveitado pelo adversário, que, nesse cenário, poderá retomar a tática do "Lulinha, paz e amor" de 2002.
O tucano também está se preparando para ataques e comparações de Lula com o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Alckmin deverá se defender dizendo que FHC não voltará a governar.
Sua intenção é não repetir o que fez José Serra (PSDB) em 2002, que optou por rebater ponto a ponto as críticas do petista ao governo tucano. Já Lula está se preparando para responder sobre ética com dados do governo federal, como números de operações da Polícia Federal. E levantou munição sobre casos e suspeitas de corrupção da gestão de Alckmin em São Paulo e de FHC.
O petista deve ir para o ataque, mas com "atitude de presidente", diz um auxiliar. Optou por dar tratamento respeitoso a Alckmin, chamando-o de governador, cumprimentando-o e considerando que o segundo turno propicia debates produtivos, uma forma de justificar as ausências na primeira fase. Lula tem dito que, nas áreas social e econômica, dá "um banho" nos tucanos. Tem mesmo é preocupação com o campo da ética e com escândalos.
Primeira vez
No primeiro turno, o presidente Lula não compareceu a nenhum dos três debates. O caso do dossiê e a ausência do evento da Rede Globo, a três dias do dia da votação, foram apontados como motivos de Lula não ter vencido no domingo passado, como as pesquisas sinalizavam nas semanas anteriores. Sem o presidente, Alckmin, Heloísa Helena e Cristovam Buarque miraram no petista, que teve a cadeira reservada a ele, vazia, exibida.
Além do evento de hoje, Gazeta, Record e Globo planejam promover debates. O primeiro está programado para o dia 17, mas o petista dá sinais de que não participará. A Record ainda negocia com as duas campanhas a realização do seu. E a Globo finaliza o segundo turno, com seu debate no dia 27, dois dias antes da votação decisiva.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice