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09/10/2006
-
22h00
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) se disse surpreendido com a atuação de Geraldo Alckmin (PSDB) no debate na TV, ontem, definiu a postura do tucano como "fascista" e o comparou a um cão pitbull treinado.
Em entrevista em Porto Alegre, o ministro afirmou que Alckmin normalmente é uma pessoa "mansa" e foi treinada para ser agressiva. Declarou também que Alckmin representa parte da aristocracia paulista, que, segundo ele, é indiferente ao Brasil.
"A mim, pessoalmente, surpreendeu. Sempre vi o Alckmin como uma pessoa equilibrada, como uma pessoa mansa, uma pessoa da Opus Dei, assim, que tem paciência para explicar suas posições, uma lógica meio teológica para explicar as coisas. Ele apareceu como um pitbull no debate. Mas acho que isso não é ruim. Em momentos agudos, as pessoas mostram sua verdadeira personalidade. Ele estava treinado para parecer furioso, embora o fizesse com muita dificuldade, que ele é muito de cera, é muito frio."
Tarso elogiou o tema da ética no debate, mas disse que no próximo devem ser tratados assuntos referentes aos programas de governo.
"Na sua postura arrogante de tratar o presidente, ele sintetizou muito bem o espírito elitista de um determinado setor da aristocracia paulista que é absolutamente indiferente ao Brasil. Não se deu ao trabalho de respeitar o presidente da República, que é originário de outra classe social", disse.
Sobre a crise do dossiê contra tucanos, que petistas tentaram comprar, Tarso a definiu como uma armação que levou a eleição para o segundo turno. Mas o ministro preferiu não se referir a quem teria sido seu autor, dizendo nesse momento que essa é uma atitude fascista e que, sobre esse tema, Alckmin teve "irresponsabilidade e leviandade".
"É uma armação que contou com a amoralidade e a ilegalidade da conduta de algumas pessoas do PT. A mim, não convence que não houve uma armação do outro lado. Se tem alguém que não foi beneficiado foi o presidente Lula", disse.
"A incriminação que se faz em abstrato de um grupo é uma postura fascista. É o fascismo e o stalinismo que fazem isso. Alguém do lado de lá, independentemente de ordem de seu partido, quis também prestar serviço à sua candidatura, assim como esses estabanados quiseram, entre aspas, prestar um serviço contra a candidatura Serra. Não faço incriminação em abstrato. O PSDB faz isso. Incriminação em abstrato é uma postura fascista, que é o que o Alckmin faz em relação ao PT."
Serra
Dizendo achar que "o dossiê é frio", Tarso argumentou que Lula não teria interesse em atingir o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), que, segundo ele, "não é um inimigo do governo".
Sobre o crime em São Paulo, Tarso disse que "o candidato tucano não soube explicar nem responder se sabia ou não da emergência da maior organização de corrupção e violência da história do Brasil, que é o PCC, que frutificou durante 12 anos dos governos tucanos".
Em geral, afirmou que "os vampiros e sanguessugas lá [no governo FHC] começaram e aqui [no governo Lula] terminaram", afirmou.
Especial
Leia a cobertura especial das eleições 2006
Tarso compara Alckmin a pitbull treinado
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da Agência Folha, em Porto Alegre
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) se disse surpreendido com a atuação de Geraldo Alckmin (PSDB) no debate na TV, ontem, definiu a postura do tucano como "fascista" e o comparou a um cão pitbull treinado.
Em entrevista em Porto Alegre, o ministro afirmou que Alckmin normalmente é uma pessoa "mansa" e foi treinada para ser agressiva. Declarou também que Alckmin representa parte da aristocracia paulista, que, segundo ele, é indiferente ao Brasil.
"A mim, pessoalmente, surpreendeu. Sempre vi o Alckmin como uma pessoa equilibrada, como uma pessoa mansa, uma pessoa da Opus Dei, assim, que tem paciência para explicar suas posições, uma lógica meio teológica para explicar as coisas. Ele apareceu como um pitbull no debate. Mas acho que isso não é ruim. Em momentos agudos, as pessoas mostram sua verdadeira personalidade. Ele estava treinado para parecer furioso, embora o fizesse com muita dificuldade, que ele é muito de cera, é muito frio."
Tarso elogiou o tema da ética no debate, mas disse que no próximo devem ser tratados assuntos referentes aos programas de governo.
"Na sua postura arrogante de tratar o presidente, ele sintetizou muito bem o espírito elitista de um determinado setor da aristocracia paulista que é absolutamente indiferente ao Brasil. Não se deu ao trabalho de respeitar o presidente da República, que é originário de outra classe social", disse.
Sobre a crise do dossiê contra tucanos, que petistas tentaram comprar, Tarso a definiu como uma armação que levou a eleição para o segundo turno. Mas o ministro preferiu não se referir a quem teria sido seu autor, dizendo nesse momento que essa é uma atitude fascista e que, sobre esse tema, Alckmin teve "irresponsabilidade e leviandade".
"É uma armação que contou com a amoralidade e a ilegalidade da conduta de algumas pessoas do PT. A mim, não convence que não houve uma armação do outro lado. Se tem alguém que não foi beneficiado foi o presidente Lula", disse.
"A incriminação que se faz em abstrato de um grupo é uma postura fascista. É o fascismo e o stalinismo que fazem isso. Alguém do lado de lá, independentemente de ordem de seu partido, quis também prestar serviço à sua candidatura, assim como esses estabanados quiseram, entre aspas, prestar um serviço contra a candidatura Serra. Não faço incriminação em abstrato. O PSDB faz isso. Incriminação em abstrato é uma postura fascista, que é o que o Alckmin faz em relação ao PT."
Serra
Dizendo achar que "o dossiê é frio", Tarso argumentou que Lula não teria interesse em atingir o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), que, segundo ele, "não é um inimigo do governo".
Sobre o crime em São Paulo, Tarso disse que "o candidato tucano não soube explicar nem responder se sabia ou não da emergência da maior organização de corrupção e violência da história do Brasil, que é o PCC, que frutificou durante 12 anos dos governos tucanos".
Em geral, afirmou que "os vampiros e sanguessugas lá [no governo FHC] começaram e aqui [no governo Lula] terminaram", afirmou.
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