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10/10/2006 - 20h45

Campanha de Yeda tenta controlar seu vice

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LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

O candidato a vice na chapa da tucana Yeda Crusius para o governo gaúcho, Paulo Afonso Feijó (PFL), tornou-se o foco de preocupação para o PSDB e seus aliados. A ordem na coligação é controlá-lo, para manter Yeda como favorita nas pesquisas contra o petista Olívio Dutra.

Ex-presidente da Federasul (Federação das Associações Empresariais do Rio Grande do Sul), Feijó é conhecida pela defesa de privatizações e vem sendo o alvo predileto do PT para tentar equilibrar a disputa.

Como presidente da Federasul, ele chegou a constranger convidados em almoços na entidade por dar um tom forte às suas críticas. Passaram por isso o próprio Olívio, o governador Germano Rigotto (PMDB) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A última declaração atingiu o senador reeleito Pedro Simon (PMDB), que apóia Yeda no segundo turno. Na semana passada, Feijó disse que o Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) "tem sido utilizado como cabide de emprego e partidarização do banco".

"O presidente do banco [Fernando Lemos] hoje é indicado pelo senador Simon. Quem são os vice-presidentes do banco? Cargos políticos como a presidência", afirmou o vice de Yeda. "O banco tem de ser eficiente, tem de dar oportunidade aos funcionários de carreira."

Os aliados da tucana querem que Feijó seja contido. "Feijó é um guri que não está preparado, vai levar algumas pauladas. Só espero que o PSDB o controle", reagiu Simon.

"Quanto mais quieto ele ficar, melhor", disse o presidente do PP, Pedro Bertolucci, que apóia Yeda no segundo turno. "Vice não precisa somar, mas tem de ser impedido de subtrair", afirmou Mário Bernd (PPS), candidato derrotado ao Senado da chapa de Yeda e Feijó.

Feijó foi chamado a uma reunião no PFL para discutir seu comportamento. O PFL chegou a pedir desculpas para a coligação da qual faz parte.

"Se pedirem para eu ficar quieto, vão ouvir um não", adiantou Feijó, mesmo depois da reunião e das reprimendas recebidas.

No programa eleitoral de Olívio e no debate de ontem à noite na Bandeirantes, o tema foi explorado pelo PT.

No segundo bloco do debate de ontem, Olívio disse: "Seu companheiro de chapa tem tido opiniões que contrariam coisas que a senhora diz, mas não sei quem é sincero, se ele ou a senhora." Yeda respondeu: "A sua vice [Jussara Cony, do PC do B] também é polêmica. Ele [Feijó] é polêmico como todo vice que tem opiniões."

Na ocasião, Yeda não esclareceu qual a polêmica de Jussara. Segundo sua assessoria, ela se refere à própria atuação do PC do B e do seu apoio a regimes autoritários em outros países.

Olívio atacou Yeda a classificando de "privatista". Ela disse: "Não vamos deixar confundir as coisas. Nós do Estado não vamos privatizar nada".

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