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10/10/2006
-
22h03
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, sugeriu hoje em discurso em Belo Horizonte que o governador reeleito Aécio Neves (PSDB-MG) seja candidato a presidente em 2010. Embalado pelo ambiente político mineiro, Alckmin usou a metáfora da corrida de revezamento com bastão para dar a idéia de que, caso seja eleito, dará vez ao governador de Minas.
O tucano falava que o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tiveram sua oportunidade nesses quase quatro anos e que agora é a sua vez. "Não vamos continuar perdendo oportunidades, esperando mais quatro anos, esperando 2010. É claro que nós queremos 2010, né?", disse Alckmin, interrompido pelos aplausos e gritos das cerca de 1.300 pessoas na casa de shows onde ocorreu o ato.
"Cada um dá um passo. Isso é uma corrida de revezamento, um vai passando o bastão para o outro", afirmou. "O PT já teve a sua chance. Agora é time novo para trabalhar pelo bem do Brasil. Minas vai estar conosco nessa caminhada cívica."
O clima do segundo turno em Minas está centrado na popularidade de Aécio, reeleito com 77% dos votos válidos, percentual que o PSDB-MG interpreta como resultado do desejo dos mineiros de vê-lo presidente em 2010. Por isso o PT e seus aliados já começaram a explorar a boa relação de Lula com Aécio e a dizer que a vitória de Alckmin poderá prejudicar o projeto político dele.
Em discurso, antes de Alckmin falar, Aécio tocou no assunto, sugerindo estar muito sintonizado com o tucano paulista, que em outras ocasiões já chamou o mineiro de "grande irmão" e "querido irmão". "Votar em Aécio e confiar no seu projeto político é dar a vitória a Geraldo Alckmin", disse o governador reeleito.
Em entrevista, quando Alckmin foi questionado sobre a tática petista, Aécio interveio e disse: "Amigo do governador Aécio Neves vota em Geraldo Alckmin porque gostam do Brasil". E o paulista completou: "Aqui em Minas, o Newton Cardoso [ex-governador do PMDB, derrotado para o Senado com o PT] é Lula. E o Aécio, Itamar Franco e o povo mineiro são Geraldo".
Desespero
Alckmin voltou a criticar Lula. Primeiro, ao rebater a declaração do presidente, segundo a qual o tucano é "destruidor" do que o PT construiu. "Isso é desespero, isso é mentira." Voltou a negar que vai privatizar os bancos e a Petrobras e disse "a campanha do Lula mente sem parar".
"É triste, porque estamos chegando no 27º dia e até agora ninguém diz de onde veio o dinheiro. Esse é o fato", afirmou Alckmin, sobre a tentativa de compra do dossiê contra tucanos. Ele também rebateu Lula por ter considerado "grosseria" a quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa.
"É impressionante a tolerância do presidente da República com atos ilícitos. O que foi feito contra o caseiro Francenildo não foi uma grosseria, foi um crime, violação de sigilo bancário. Isso é crime cometido pela Caixa Econômica Federal e pelo Ministério da Fazenda."
Referindo-se a uma fala do economista Yoshiaki Nakano sobre cortes profundos, política monetária e controle de câmbio, Alckmin disse que desautoriza qualquer pessoa a falar em seu nome. "Não vai cortar. Isso não consta do meu programa. Não tem nada disso, não. Pelo governo só falo eu", afirmou.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Em Minas, Alckmin sugere que Aécio seja presidente em 2010
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, sugeriu hoje em discurso em Belo Horizonte que o governador reeleito Aécio Neves (PSDB-MG) seja candidato a presidente em 2010. Embalado pelo ambiente político mineiro, Alckmin usou a metáfora da corrida de revezamento com bastão para dar a idéia de que, caso seja eleito, dará vez ao governador de Minas.
O tucano falava que o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tiveram sua oportunidade nesses quase quatro anos e que agora é a sua vez. "Não vamos continuar perdendo oportunidades, esperando mais quatro anos, esperando 2010. É claro que nós queremos 2010, né?", disse Alckmin, interrompido pelos aplausos e gritos das cerca de 1.300 pessoas na casa de shows onde ocorreu o ato.
"Cada um dá um passo. Isso é uma corrida de revezamento, um vai passando o bastão para o outro", afirmou. "O PT já teve a sua chance. Agora é time novo para trabalhar pelo bem do Brasil. Minas vai estar conosco nessa caminhada cívica."
O clima do segundo turno em Minas está centrado na popularidade de Aécio, reeleito com 77% dos votos válidos, percentual que o PSDB-MG interpreta como resultado do desejo dos mineiros de vê-lo presidente em 2010. Por isso o PT e seus aliados já começaram a explorar a boa relação de Lula com Aécio e a dizer que a vitória de Alckmin poderá prejudicar o projeto político dele.
Em discurso, antes de Alckmin falar, Aécio tocou no assunto, sugerindo estar muito sintonizado com o tucano paulista, que em outras ocasiões já chamou o mineiro de "grande irmão" e "querido irmão". "Votar em Aécio e confiar no seu projeto político é dar a vitória a Geraldo Alckmin", disse o governador reeleito.
Em entrevista, quando Alckmin foi questionado sobre a tática petista, Aécio interveio e disse: "Amigo do governador Aécio Neves vota em Geraldo Alckmin porque gostam do Brasil". E o paulista completou: "Aqui em Minas, o Newton Cardoso [ex-governador do PMDB, derrotado para o Senado com o PT] é Lula. E o Aécio, Itamar Franco e o povo mineiro são Geraldo".
Desespero
Alckmin voltou a criticar Lula. Primeiro, ao rebater a declaração do presidente, segundo a qual o tucano é "destruidor" do que o PT construiu. "Isso é desespero, isso é mentira." Voltou a negar que vai privatizar os bancos e a Petrobras e disse "a campanha do Lula mente sem parar".
"É triste, porque estamos chegando no 27º dia e até agora ninguém diz de onde veio o dinheiro. Esse é o fato", afirmou Alckmin, sobre a tentativa de compra do dossiê contra tucanos. Ele também rebateu Lula por ter considerado "grosseria" a quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa.
"É impressionante a tolerância do presidente da República com atos ilícitos. O que foi feito contra o caseiro Francenildo não foi uma grosseria, foi um crime, violação de sigilo bancário. Isso é crime cometido pela Caixa Econômica Federal e pelo Ministério da Fazenda."
Referindo-se a uma fala do economista Yoshiaki Nakano sobre cortes profundos, política monetária e controle de câmbio, Alckmin disse que desautoriza qualquer pessoa a falar em seu nome. "Não vai cortar. Isso não consta do meu programa. Não tem nada disso, não. Pelo governo só falo eu", afirmou.
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