Publicidade
Publicidade
11/10/2006
-
11h19
CRISTINA CHARÃO
da Folha Online
A promessa de vender o avião presidencial para construir hospitais foi confirmada nesta quarta-feira pelo candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin. A afirmação, feita pela primeira vez durante o debate de domingo, foi classificada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "pequenez política".
"Eu vou vender mesmo e vou fazer os hospitais, as camas que o povo precisa", afirmou Alckmin durante entrevista hoje às rádios "Bandeirantes" e "BandNews".
Segundo o tucano, a medida é simbólica. "Nós temos um governo que é um absurdo de gastança e o exemplo vem de cima", comentou.
Com a afirmação, Alckmin reabriu outro debate polêmico entre as campanhas dele e de Lula a respeito dos cortes no gasto público.
Ontem, o economista Yoshiaki Nakano, um dos cotados para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo Alckmin, disse em entrevista a agências internacionais que seria possível cortar drasticamente os gastos governamentais já no primeiro ano para 3% do PIB.
Em nota, o coordenador da campanha de reeleição do presidente, Marco Aurélio Garcia, afirmou que a proposta do PSDB levaria o país "à recessão e o governo federal à inoperância".
Cargos
Alckmin reforçou que o problema a ser resolvido na economia é o ajuste fiscal, mas que isso não significa cortar o Bolsa Família ou demitir funcionários. No entanto, voltou a criticar os cargos em comissão, inclusive as gratificações pagas a funcionários de carreira em postos de chefia.
Além do que isso significa em gastos para os cofres públicos, o candidato tucano afirmou que a corrupção está onde há estas indicações.
"No Banco do Brasil, onde tem problema? É a companheirada. No Banco de Santa Catarina? Onde está o churrasqueiro do presidente", disse Alckmin, fazendo referência a dois dos envolvidos no caso da compra do dossiê contra tucanos --Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti.
Alckmin insistiu na tese já apresentada no debate de que o PT teve a sua chance de fazer as mudanças necessárias em quatro anos de governo. Acrescentou na entrevista um elemento mais agressivo ainda, dizendo que um segundo mandato é sempre pior.
Questionado sobre os oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso, seu colega de partido, o tucano disse que "todo governo tem acertos e erros" e que FHC teve "muito mais acertos".
Polêmicas
O candidato tucano teve de responder a questões consideradas polêmicas, em especial para Alckmin, cujo nome está fortemente associado a posturas mais conservadoras da Igreja Católica.
De forma lacônica, Alckmin respondeu sobre união civil entre homossexuais. "Não é casamento, é contrato e eu sou a favor", disse. Sobre o aborto, afirmou apenas "sou contra".
E sobre a mudança na lei que dá, hoje, preferência à mulher nas decisões sobre a guarda de crianças no caso da separação de casais, o candidato disse que prefere estudar melhor a proposta, mas que em princípio é a favor de estabelecer condições iguais para a mãe e o pai.
Especial
Leia a cobertura especial das eleições 2006
Aerolula vai mesmo ser vendido, promete Alckmin
Publicidade
da Folha Online
A promessa de vender o avião presidencial para construir hospitais foi confirmada nesta quarta-feira pelo candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin. A afirmação, feita pela primeira vez durante o debate de domingo, foi classificada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "pequenez política".
"Eu vou vender mesmo e vou fazer os hospitais, as camas que o povo precisa", afirmou Alckmin durante entrevista hoje às rádios "Bandeirantes" e "BandNews".
Segundo o tucano, a medida é simbólica. "Nós temos um governo que é um absurdo de gastança e o exemplo vem de cima", comentou.
Com a afirmação, Alckmin reabriu outro debate polêmico entre as campanhas dele e de Lula a respeito dos cortes no gasto público.
Ontem, o economista Yoshiaki Nakano, um dos cotados para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo Alckmin, disse em entrevista a agências internacionais que seria possível cortar drasticamente os gastos governamentais já no primeiro ano para 3% do PIB.
Em nota, o coordenador da campanha de reeleição do presidente, Marco Aurélio Garcia, afirmou que a proposta do PSDB levaria o país "à recessão e o governo federal à inoperância".
Cargos
Alckmin reforçou que o problema a ser resolvido na economia é o ajuste fiscal, mas que isso não significa cortar o Bolsa Família ou demitir funcionários. No entanto, voltou a criticar os cargos em comissão, inclusive as gratificações pagas a funcionários de carreira em postos de chefia.
Além do que isso significa em gastos para os cofres públicos, o candidato tucano afirmou que a corrupção está onde há estas indicações.
"No Banco do Brasil, onde tem problema? É a companheirada. No Banco de Santa Catarina? Onde está o churrasqueiro do presidente", disse Alckmin, fazendo referência a dois dos envolvidos no caso da compra do dossiê contra tucanos --Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti.
Alckmin insistiu na tese já apresentada no debate de que o PT teve a sua chance de fazer as mudanças necessárias em quatro anos de governo. Acrescentou na entrevista um elemento mais agressivo ainda, dizendo que um segundo mandato é sempre pior.
Questionado sobre os oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso, seu colega de partido, o tucano disse que "todo governo tem acertos e erros" e que FHC teve "muito mais acertos".
Polêmicas
O candidato tucano teve de responder a questões consideradas polêmicas, em especial para Alckmin, cujo nome está fortemente associado a posturas mais conservadoras da Igreja Católica.
De forma lacônica, Alckmin respondeu sobre união civil entre homossexuais. "Não é casamento, é contrato e eu sou a favor", disse. Sobre o aborto, afirmou apenas "sou contra".
E sobre a mudança na lei que dá, hoje, preferência à mulher nas decisões sobre a guarda de crianças no caso da separação de casais, o candidato disse que prefere estudar melhor a proposta, mas que em princípio é a favor de estabelecer condições iguais para a mãe e o pai.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice