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11/10/2006
-
20h26
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), reeleito no primeiro turno das eleições, formalizou nesta quarta-feira o apoio à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mesmo com a ameaça do seu partido de expulsá-lo da legenda --que apóia o tucano Geraldo Alckmin (PSDB)--, Maggi decidiu formalizar a aliança com Lula no segundo turno.
"Eu venho acompanhando o presidente desde as eleições de 2002 e o longo de quatro anos criamos um canal de negociação entre o governo e o Estado que tem dado bons frutos. O que me leva a dar apoio ao presidente é dar continuidade ao trabalho realizado no Mato Grosso", disse.
O governador disse que vai apresentar uma carta ao PPS sugerindo uma licença temporária do partido diante do apoio ao presidente Lula. Se o partido não conceder a licença, ele mesmo vai sugerir seu afastamento.
"A Executiva do partido ao lado do presidente [Roberto] Freire vão decidir", disse. Maggi negou, no entanto, que já esteja procurando outro partido caso saia realmente do PPS.
O coordenador da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, negou que o PT tenha sondado Maggi para migrar para a legenda. "Não houve convite para ele entrar no PT. NO momento queremos reunir forças para vencer o segundo turno", disse.
Negociação
O governador admitiu que pesou em sua decisão o fato de Lula ter reiterado durante encontro nesta quarta-feira o seu compromisso em implantar uma série de medidas no setor agrícola que beneficiam diretamente o Estado do Mato Grosso. Apesar de tentar desvincular as medidas para o setor ao seu apoio à reeleição de Lula, Maggi reconheceu que o compromisso do presidente foi decisivo.
"É claro que vim conversar com o presidente e ver se tudo o que combinamos está na pauta [do governo Lula se for reeleito]", reconheceu.
A principal medida é a liberação de R$ 3 bilhões para a renegociação de dívidas agrícolas, das quais o Mato Grosso deve receber cerca de R$ 1 bilhão. O governador disse esperar que as medidas sejam implantadas antes do segundo turno. "Eu espero que sim. Mas estamos negociando tudo isso há mais de dois anos", afirmou.
Sem esconder que defende a reeleição de Lula principalmente pelo empenho do presidente em implantar medidas voltadas para o setor agrícola, Maggi disse que Lula é o melhor para o Mato Grosso que Alckmin --uma vez que a principal economia do Estado é o agronegócio.
O coordenador da campanha de Lula também admitiu que a liderança de Maggi no meio agrícola pode trazer votos ao presidente. 'Todos sabem que a agricultura tem um peso importante na economia brasileira', afirmou Garcia.
O apoio de Maggi tem como principal objetivo reverter a vantagem de Alckmin no Estado, uma vez que no primeiro turno o tucano recebeu 54,8% dos votos válidos contra 38,6% de Lula em Mato Grosso.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Lula libera recursos para MT e Blairo Maggi formaliza apoio a petista
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da Folha Online, em Brasília
O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), reeleito no primeiro turno das eleições, formalizou nesta quarta-feira o apoio à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mesmo com a ameaça do seu partido de expulsá-lo da legenda --que apóia o tucano Geraldo Alckmin (PSDB)--, Maggi decidiu formalizar a aliança com Lula no segundo turno.
"Eu venho acompanhando o presidente desde as eleições de 2002 e o longo de quatro anos criamos um canal de negociação entre o governo e o Estado que tem dado bons frutos. O que me leva a dar apoio ao presidente é dar continuidade ao trabalho realizado no Mato Grosso", disse.
O governador disse que vai apresentar uma carta ao PPS sugerindo uma licença temporária do partido diante do apoio ao presidente Lula. Se o partido não conceder a licença, ele mesmo vai sugerir seu afastamento.
"A Executiva do partido ao lado do presidente [Roberto] Freire vão decidir", disse. Maggi negou, no entanto, que já esteja procurando outro partido caso saia realmente do PPS.
O coordenador da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, negou que o PT tenha sondado Maggi para migrar para a legenda. "Não houve convite para ele entrar no PT. NO momento queremos reunir forças para vencer o segundo turno", disse.
Negociação
O governador admitiu que pesou em sua decisão o fato de Lula ter reiterado durante encontro nesta quarta-feira o seu compromisso em implantar uma série de medidas no setor agrícola que beneficiam diretamente o Estado do Mato Grosso. Apesar de tentar desvincular as medidas para o setor ao seu apoio à reeleição de Lula, Maggi reconheceu que o compromisso do presidente foi decisivo.
"É claro que vim conversar com o presidente e ver se tudo o que combinamos está na pauta [do governo Lula se for reeleito]", reconheceu.
A principal medida é a liberação de R$ 3 bilhões para a renegociação de dívidas agrícolas, das quais o Mato Grosso deve receber cerca de R$ 1 bilhão. O governador disse esperar que as medidas sejam implantadas antes do segundo turno. "Eu espero que sim. Mas estamos negociando tudo isso há mais de dois anos", afirmou.
Sem esconder que defende a reeleição de Lula principalmente pelo empenho do presidente em implantar medidas voltadas para o setor agrícola, Maggi disse que Lula é o melhor para o Mato Grosso que Alckmin --uma vez que a principal economia do Estado é o agronegócio.
O coordenador da campanha de Lula também admitiu que a liderança de Maggi no meio agrícola pode trazer votos ao presidente. 'Todos sabem que a agricultura tem um peso importante na economia brasileira', afirmou Garcia.
O apoio de Maggi tem como principal objetivo reverter a vantagem de Alckmin no Estado, uma vez que no primeiro turno o tucano recebeu 54,8% dos votos válidos contra 38,6% de Lula em Mato Grosso.
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