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16/10/2006
-
10h37
da Folha de S.Paulo
Os partidos nanicos responderam nas urnas às dificuldades criadas pela cláusula de barreira. As legendas pequenas --que receberam menos de R$ 100 mil do fundo partidário em 2006-- terão na próxima legislatura seu maior tamanho na história da Câmara.
Serão 39 deputados. Unidos, eles formariam a sexta maior bancada do país, só atrás de PMDB, PT, PSDB, PFL e PP e na frente de partidos tradicionais, como PDT, PTB e PSB. Em 2002, as siglas pequenas elegeram 22 parlamentares.
Com esse crescimento, PT, PMDB, PSDB e PFL vêm perdendo espaço. Em 1998, eles elegeram 346 deputados. Em 2002, foram 320. 2006 trouxe 302 novos deputados.
Os nanicos levaram 21 partidos a eleger deputados federais, um recorde (foram 19 há quatro anos). Os maiores partidos perderam quase 2% de suas votações, enquanto os nanicos tiveram 60% a mais de votos. Eles seduziram mais de 11 milhões de eleitores, cerca de 3 milhões a menos que o PT, o partido mais votado para a Câmara.
Os nanicos já incomodam. Fernando Gabeira, no Rio de Janeiro, fez o PV eleger 13 parlamentares. O PSC fez nove deputados em sete Estados.
Se fosse bancado só pelo dinheiro do fundo partidário, o PSC seria o mais eficiente. O partido teve R$ 26 mil do fundo. Cada deputado eleito pela sigla "custou" R$ 2,9 mil. No PT, equivaleria a R$ 224 mil.
Para aumentarem suas bancadas, alguns partidos estão de olho nos nanicos. O PTB já abocanhou o PAN, que elegeu um deputado. Cléber Verde, eleito pelo Maranhão aos 34 anos, segundo dados do TSE, não combina muito com o Partido dos Aposentados da Nação.
Os nanicos fizeram campeões de votos em alguns Estados. No Acre, Petecão, do PMN (Partido da Mobilização Nacional), foi o segundo federal mais votado. No Rio Grande do Norte, o mesmo PMN teve o candidato mais lembrado pelos eleitores: Fábio Faria.
A maioria dos eleitos por nanicos são novatos. Como Filipe Rio de Cara Nova, 22, do PSC. Evangélico, ele foi o deputado federal mais jovem eleito pelo Rio de Janeiro.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Apesar de cláusula de barreira, nanicos elevam representação na Câmara
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Os partidos nanicos responderam nas urnas às dificuldades criadas pela cláusula de barreira. As legendas pequenas --que receberam menos de R$ 100 mil do fundo partidário em 2006-- terão na próxima legislatura seu maior tamanho na história da Câmara.
Serão 39 deputados. Unidos, eles formariam a sexta maior bancada do país, só atrás de PMDB, PT, PSDB, PFL e PP e na frente de partidos tradicionais, como PDT, PTB e PSB. Em 2002, as siglas pequenas elegeram 22 parlamentares.
Com esse crescimento, PT, PMDB, PSDB e PFL vêm perdendo espaço. Em 1998, eles elegeram 346 deputados. Em 2002, foram 320. 2006 trouxe 302 novos deputados.
Os nanicos levaram 21 partidos a eleger deputados federais, um recorde (foram 19 há quatro anos). Os maiores partidos perderam quase 2% de suas votações, enquanto os nanicos tiveram 60% a mais de votos. Eles seduziram mais de 11 milhões de eleitores, cerca de 3 milhões a menos que o PT, o partido mais votado para a Câmara.
Os nanicos já incomodam. Fernando Gabeira, no Rio de Janeiro, fez o PV eleger 13 parlamentares. O PSC fez nove deputados em sete Estados.
Se fosse bancado só pelo dinheiro do fundo partidário, o PSC seria o mais eficiente. O partido teve R$ 26 mil do fundo. Cada deputado eleito pela sigla "custou" R$ 2,9 mil. No PT, equivaleria a R$ 224 mil.
Para aumentarem suas bancadas, alguns partidos estão de olho nos nanicos. O PTB já abocanhou o PAN, que elegeu um deputado. Cléber Verde, eleito pelo Maranhão aos 34 anos, segundo dados do TSE, não combina muito com o Partido dos Aposentados da Nação.
Os nanicos fizeram campeões de votos em alguns Estados. No Acre, Petecão, do PMN (Partido da Mobilização Nacional), foi o segundo federal mais votado. No Rio Grande do Norte, o mesmo PMN teve o candidato mais lembrado pelos eleitores: Fábio Faria.
A maioria dos eleitos por nanicos são novatos. Como Filipe Rio de Cara Nova, 22, do PSC. Evangélico, ele foi o deputado federal mais jovem eleito pelo Rio de Janeiro.
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