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17/10/2006 - 13h23

Procurador pede quebra dos sigilos bancários de Freud, Lacerda e Gedimar

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da Folha Online
da Folha de S.Paulo

O procurador da República no Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, pediu à Justiça Federal a quebra do sigilo bancário de Freud Godoy --ex-assessor da Secretaria Particular da Presidência da República e de Hamilton Lacerda --ex-assessor da campanha ao governo de São Paulo do PT, Aloizio Mercadante.

Ele já havia pedido a quebra do sigilo bancário de Gedimar Passos, ex-agente da Polícia Federal preso com Valdebran Padilha num hotel de São Paulo com R$ 1,7 milhão. A PF suspeita que o dinheiro seria usado por integrantes do PT para pagar o dossiê contra políticos tucanos.

Gedimar trabalhava no núcleo de inteligência do PT, que foi desativado depois da crise deflagrada pela tentativa de compra do dossiê.

Para a PF, as imagens do circuito interno do hotel mostram que Lacerda levou uma pasta --supostamente com o dinheiro do dossiê-- para Gedimar e Valdebran.

Avelar também pediu os registros de todas as operações de compra e venda de ações feitas por Freud. Avelar quer apurar uma informação veiculada pela imprensa de que Freud teria sacado R$ 150 mil em dinheiro em setembro deste ano por meio da empresa Caso. Também surgiram rumores que o investidor Naji Nahas teria feito um crédito em favor do ex-assessor da Presidência no valor de R$ 396 mil.

A Justiça Federal não informou se aceitou ou não o pedido de quebra dos sigilos bancários de Freud, Gedimar e Lacerda. Segundo a Justiça, o inquérito corre em segredo e essas informações são sigilosas.

Nomes

Freud teve seu nome envolvido no episódio da tentativa de compra de um dossiê contra o então candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), por Gedimar Passos.

Em depoimento à PF, Gedimar disse inicialmente que o ex-assessor da Presidência participou da entrega do dinheiro. Freud deixou o cargo na Presidência tão logo seu nome foi envolvido no caso.

Em seu primeiro depoimento, Gedimar colaborou com as informações, apesar de parcialmente truncadas. Posteriormente, passou a dizer que voltaria a se pronunciar sobre caso somente em juízo. Nega-se até a discutir o assunto com colegas da PF, que têm insistido para que ele colabore.

Ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que conduz um procedimento relativo às implicações eleitorais da negociação do dossiê, os advogados de Gedimar informaram que ele apontou o nome de Freud em seu primeiro depoimento à PF porque foi coagido. Ao recuar, tentava retirar a única referência a Freud que foi feita até agora na investigação do caso.

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