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17/10/2006
-
13h39
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O PSDB, o PFL e o PPS protocolaram nesta terça-feira no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedido de investigação judicial eleitoral contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela promessa de liberação de R$ 1 bilhão ao Mato Grosso em troca do apoio do governador reeleito do Estado, Blairo Maggi (PPS), à campanha do petista.
A coligação do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) também solicitou ao corregedor-geral do TSE, ministro César Asfor Rocha, que inclua nas investigações sobre a compra do dossiê antitucano a chamada "operação abafa" --supostamente comandada pela Polícia Federal e pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, sobre a origem do R$ 1,7 milhão que seria usado por petistas para comprar o dossiê.
A denúncia da oposição será anexada ao processo que já tramita no TSE a pedido dos três partidos --que investiga se a candidatura à reeleição do presidente Lula foi beneficiada com o episódio do dossiê.
Segundo a revista "Veja" desta semana, Thomaz Bastos teria orientado os envolvidos com o dossiegate a blindarem o presidente Lula das acusações.
O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, disse que César Asfor vai solicitar diligências ao ministro e a todos os envolvidos no episódio do dossiê para ouvi-los a respeito da compra do material antitucano.
Tasso também disse que o corregedor do TSE vai pedir pressa ao Banco Central nas investigações sobre a origem da parte dos recursos em dólares --US$ 248 mil-- que seriam usados para a compra do dossiê.
O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse esperar que Thomaz Bastos se explique formalmente ao TSE. "O comportamento do ministro não é adequado, ele age como advogado do presidente Lula e alguém que induz as investigações", criticou.
Já o presidente do PPS, Roberto Freire, afirmou que a PF agiu de forma parcial no episódio do dossiê. "A Polícia Federal não pode se transformar em polícia política e perseguir aqueles que querem apurar as denúncias. O ministro vem agindo para evitar que o dossiê tenha influência no processo eleitoral", afirmou.
Os aliados de Alckmin adiaram a reunião com o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, que seria realizada nesta terça-feira para manifestar repúdio à suposta "operação abafa". Mas vão se encontrar ainda hoje com o presidente da Associação Nacional dos Delegados da PF, Sandro Torres Avelar, e nesta quarta-feira com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, na tentativa de mobilizar as entidades nas investigações do dossiegate.
Maggi
Tasso criticou a decisão do governo federal de adiar para 30 de outubro --um dia depois do segundo turno-- a liberação de R$ 1 bilhão para Mato Grosso.
Segundo Tasso, a decisão é uma "confissão de culpa" do governo ao tentar "subornar" Maggi em troca do apoio à reeleição de Lula. "O governo só mudou a data, mas confirmou o que vai fazer. O fato grave foi um governador sair do Palácio confessando que, depois de ter dado apoio a Alckmin [no primeiro turno] decidiu apoiar o Lula depois de receber esse dinheiro", enfatizou.
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Aliados de Alckmin pedem para TSE investigar "operação abafa"
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da Folha Online, em Brasília
O PSDB, o PFL e o PPS protocolaram nesta terça-feira no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedido de investigação judicial eleitoral contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela promessa de liberação de R$ 1 bilhão ao Mato Grosso em troca do apoio do governador reeleito do Estado, Blairo Maggi (PPS), à campanha do petista.
A coligação do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) também solicitou ao corregedor-geral do TSE, ministro César Asfor Rocha, que inclua nas investigações sobre a compra do dossiê antitucano a chamada "operação abafa" --supostamente comandada pela Polícia Federal e pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, sobre a origem do R$ 1,7 milhão que seria usado por petistas para comprar o dossiê.
A denúncia da oposição será anexada ao processo que já tramita no TSE a pedido dos três partidos --que investiga se a candidatura à reeleição do presidente Lula foi beneficiada com o episódio do dossiê.
Segundo a revista "Veja" desta semana, Thomaz Bastos teria orientado os envolvidos com o dossiegate a blindarem o presidente Lula das acusações.
O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, disse que César Asfor vai solicitar diligências ao ministro e a todos os envolvidos no episódio do dossiê para ouvi-los a respeito da compra do material antitucano.
Tasso também disse que o corregedor do TSE vai pedir pressa ao Banco Central nas investigações sobre a origem da parte dos recursos em dólares --US$ 248 mil-- que seriam usados para a compra do dossiê.
O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse esperar que Thomaz Bastos se explique formalmente ao TSE. "O comportamento do ministro não é adequado, ele age como advogado do presidente Lula e alguém que induz as investigações", criticou.
Já o presidente do PPS, Roberto Freire, afirmou que a PF agiu de forma parcial no episódio do dossiê. "A Polícia Federal não pode se transformar em polícia política e perseguir aqueles que querem apurar as denúncias. O ministro vem agindo para evitar que o dossiê tenha influência no processo eleitoral", afirmou.
Os aliados de Alckmin adiaram a reunião com o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, que seria realizada nesta terça-feira para manifestar repúdio à suposta "operação abafa". Mas vão se encontrar ainda hoje com o presidente da Associação Nacional dos Delegados da PF, Sandro Torres Avelar, e nesta quarta-feira com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, na tentativa de mobilizar as entidades nas investigações do dossiegate.
Maggi
Tasso criticou a decisão do governo federal de adiar para 30 de outubro --um dia depois do segundo turno-- a liberação de R$ 1 bilhão para Mato Grosso.
Segundo Tasso, a decisão é uma "confissão de culpa" do governo ao tentar "subornar" Maggi em troca do apoio à reeleição de Lula. "O governo só mudou a data, mas confirmou o que vai fazer. O fato grave foi um governador sair do Palácio confessando que, depois de ter dado apoio a Alckmin [no primeiro turno] decidiu apoiar o Lula depois de receber esse dinheiro", enfatizou.
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