Publicidade
Publicidade
17/10/2006
-
16h51
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Sanguessugas aprovou nesta terça-feira os requerimentos que pediam a convocação do presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini. A CPI também aprovou a convocação dos acusados de envolvimento com a compra de um dossiê contra políticos tucanos por integrantes do PT: Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Expedito Veloso, Oswaldo Bargas, Jorge Lorenzetti e Freud Godoy.
Foi convocado ainda Hamilton Lacerda, assessor do ex-candidato Aloizio Mercadante. Todos eles foram chamados de "aloprados" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Gedimar e Valdebran foram presos num hotel de São Paulo com R$ 1,7 milhão. A Polícia Federal suspeita que o dinheiro seria usado para pagar o dossiê, que seria vendido por Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, suspeito de liderar a máfia sanguessuga. Gedimar trabalhava no núcleo de inteligência do PT, que foi desativado depois da crise deflagrada pela tentativa de compra do dossiê. Valdebran atuou como tesoureiro do PT em Cuiabá.
Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil, foi citado por Valdebran --que disse à PF ter recebido parte do dinheiro de alguém chamado "Expedito". Ele teria participado da operação de montagem e divulgação do dossiê.
Freud teve seu nome envolvido no episódio por Gedimar, que disse à PF que o ex-assessor da Presidência participou da entrega do dinheiro. Freud deixou o cargo na Presidência tão logo seu nome foi envolvido no caso. Ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os advogados de Gedimar informaram que ele apontou o nome de Freud em seu primeiro depoimento à PF porque foi coagido.
Jorge Lorenzetti coordenava o "núcleo de informações" da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. Ele teria sido negociado com Vedoin a entrega do dossiê. Em depoimento à PF, Lorenzetti afirmou que prometeu auxílio jurídico a Vedoin.
Bargas foi secretário no Ministério do Trabalho durante a gestão Berzoini e ocupava o cargo de coordenador de programa de governo da campanha do PT à Presidência. Procurou a imprensa para oferecer o dossiê.
O nome de Berzoini foi envolvido com o dossiê por Bargas, que disse para jornalistas da "Época" que o petista sabia da reunião em se discutiu a possibilidade da revista publicar denúncias contra tucanos. Bargas afirmou que Berzoini não sabia do conteúdo da conversa da reunião.
A CPI também aprovou a transferência dos sigilos telefônico do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. Os dados estão em poder da Justiça Federal de Mato Grosso.
Rochinha
A CPI aprovou também a convocação de Francisco Rocha, o Rochinha, homem de confiança do ex-ministro da Saúde Humberto Costa. O objetivo é esclarecer as dúvidas dos parlamentares sobre o dossiê contra candidatos tucanos.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Leia cobertura sobre a máfia sanguessuga
CPI aprova convocação de Berzoini e envolvidos com dossiê
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Sanguessugas aprovou nesta terça-feira os requerimentos que pediam a convocação do presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini. A CPI também aprovou a convocação dos acusados de envolvimento com a compra de um dossiê contra políticos tucanos por integrantes do PT: Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Expedito Veloso, Oswaldo Bargas, Jorge Lorenzetti e Freud Godoy.
Foi convocado ainda Hamilton Lacerda, assessor do ex-candidato Aloizio Mercadante. Todos eles foram chamados de "aloprados" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Gedimar e Valdebran foram presos num hotel de São Paulo com R$ 1,7 milhão. A Polícia Federal suspeita que o dinheiro seria usado para pagar o dossiê, que seria vendido por Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, suspeito de liderar a máfia sanguessuga. Gedimar trabalhava no núcleo de inteligência do PT, que foi desativado depois da crise deflagrada pela tentativa de compra do dossiê. Valdebran atuou como tesoureiro do PT em Cuiabá.
Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil, foi citado por Valdebran --que disse à PF ter recebido parte do dinheiro de alguém chamado "Expedito". Ele teria participado da operação de montagem e divulgação do dossiê.
Freud teve seu nome envolvido no episódio por Gedimar, que disse à PF que o ex-assessor da Presidência participou da entrega do dinheiro. Freud deixou o cargo na Presidência tão logo seu nome foi envolvido no caso. Ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os advogados de Gedimar informaram que ele apontou o nome de Freud em seu primeiro depoimento à PF porque foi coagido.
Jorge Lorenzetti coordenava o "núcleo de informações" da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. Ele teria sido negociado com Vedoin a entrega do dossiê. Em depoimento à PF, Lorenzetti afirmou que prometeu auxílio jurídico a Vedoin.
Bargas foi secretário no Ministério do Trabalho durante a gestão Berzoini e ocupava o cargo de coordenador de programa de governo da campanha do PT à Presidência. Procurou a imprensa para oferecer o dossiê.
O nome de Berzoini foi envolvido com o dossiê por Bargas, que disse para jornalistas da "Época" que o petista sabia da reunião em se discutiu a possibilidade da revista publicar denúncias contra tucanos. Bargas afirmou que Berzoini não sabia do conteúdo da conversa da reunião.
A CPI também aprovou a transferência dos sigilos telefônico do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. Os dados estão em poder da Justiça Federal de Mato Grosso.
Rochinha
A CPI aprovou também a convocação de Francisco Rocha, o Rochinha, homem de confiança do ex-ministro da Saúde Humberto Costa. O objetivo é esclarecer as dúvidas dos parlamentares sobre o dossiê contra candidatos tucanos.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice