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18/10/2006 - 09h06

Presidente da CPI diz que dossiê não incrimina Serra e cobra PT

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LETÍCIA SANDER
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Presidente da CPI dos Sanguessugas, o deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) criticou ontem o PT e disse que o dossiê que ligaria tucanos à máfia dos sanguessugas não incrimina o ex-ministro José Serra (PSDB), eleito governador de São Paulo.

"Não há nada que possa chegar ao ex-ministro José Serra, na minha opinião", afirmou.

Biscaia minimizou, em geral, o conteúdo do dossiê que o PT tentou comprar por R$ 1,7 milhão. Para ele, "alguns documentos" apresentados exigem investigação mais profunda em relação ao ex-ministro da Saúde Barjas Negri, do PSDB, e ao empresário Abel Pereira.

Ele acrescentou: "Foi apelidado de dossiê, mas o dossiê não é nada a meu ver. É aquilo que já estava aí. Não sei como aquilo lá motivou que alguém fosse mobilizar R$ 1,7 milhão".

O petista também disse esperar que o PT não só procure apurar internamente os desvios de conduta de seus integrantes, como afaste aqueles que efetivamente cometeram irregularidades.

"Mas parece que não é essa a postura. Eu não percebo desde o início nenhum tipo de correção interna do partido, que fosse no sentido de uma refundação", lamentou.

Questionado se era uma referência ao presidente afastado do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), o parlamentar do Rio de Janeiro negou. "Me referi aos antigos, que não foram cassados. Antigamente, no PT, o cara dava uma entrevista e, por aquela entrevista, sofria comissão de ética do partido. Hoje o cara é acusado de desvio de recurso e fica por isso mesmo", afirmou, recordando o caso do mensalão.

Para Biscaia, os petistas envolvidos na compra do dossiê "não eram peixes pequenos".

O presidente da CPI, que não foi reeleito, reafirmou não ter dúvidas de que o dinheiro usado na tentativa de compra do dossiê tem origem criminosa. "Não falei novidade alguma. Falei a realidade. A origem do dinheiro é criminosa".

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