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18/10/2006
-
20h37
JAMES CIMINO
da Folha Online
Em entrevista ao "Jornal da Record" desta noite, o candidato petista à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sustentou a tese de que Geraldo Alckmin, caso seja eleito, privatizará empresas públicas estratégicas como a Petrobras.
A entrevista foi dividida em duas partes. No segundo bloco, Lula foi indagado sobre o suposto terrorismo eleitoral que sua candidatura estaria fazendo contra Geraldo Alckmin acerca do tema privatizações. A âncora do telejornal comparou a prática com o que ocorrera com ele em 1989. Lula disse que as duas coisas eram "muito diferentes".
"Falo com base na prática do PSDB. A história brasileira da privatização [de empresas públicas] passa pelo PSDB. Há programas de partidos aliados [a Alckmin] que defendem a privatização da Petrobras. Porque ele não assume um compromisso de não privatizar? Vamos ver se os aliados dele vão deixar ele cumprir..."
Pouco antes, o pestita havia dito que, depois do debate ocorrido na Band, seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB) "só caiu" nas pesquisas.
A afirmação foi feita em referência a seu desempenho na pesquisa Datafolha, divulgada ontem, que o coloca 19 pontos à frente de Geraldo Alckmin (PSDB). "Não sou de trabalhar pesquisa como definitiva", disse Lula, que novamente afirmou ter se surpreendido com a postura de Alckmin naquela ocasião.
"Eu fui pego de surpresa [...], mas depois do debate eu só cresci [nas pesquisas] e ele [Alckmin] caiu. Acho normal --eu já fui oposição-- que a oposição sempre tente achar defeito na situação e que a situação sempre tente mostrar que tem mais qualidades que a oposição. Faz parte do jogo político", analisou.
Lula admitiu ter errado em não comparecer aos debates no primeiro turno. "Eu até já reconheci isso publicamente. Mas, agora, ninguém vai deixar de votar porque não fui ao debate. Irei a todos os debates", disse o candidato.
Dossiê e ética
Questionado se o avanço das investigações sobre o dossiê antitucanos poderia prejudicar seu desempenho no segundo turno, Lula respondeu: "Pelo contrário. As pessoas têm de continuar a investigar. Se as pessoas estiverem investigando com seriedade. Ótimo. Se as pessoas estiverem fazendo pirotecnia, aí é preocupante. Minha preocupação é que a CPI não fique fazendo show."
Ao ser indagado sobre a declaração do ministro Tarso Genro de que o "brasileiro não queria mais saber de ética", Lula discordou. "Eu acho que brasileiro quer saber de ética, precisa saber e deve querer saber de ética."
Greves
Ao final da entrevista, Lula falou de temas pontuais. Colocou-se contra a imunidade parlamentar, defendeu o controle de pesquisadores estrangeiros na Amazônia e defendeu a regulamentação do direito de greve em setores estratégicos. "O trabalhador do metrô não precisa parar o transporte para fazer greve. Ele pode abrir as catracas para o povo entrar de graça, por exemplo", disse o ex-sindicalista.
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da Folha Online
Em entrevista ao "Jornal da Record" desta noite, o candidato petista à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sustentou a tese de que Geraldo Alckmin, caso seja eleito, privatizará empresas públicas estratégicas como a Petrobras.
A entrevista foi dividida em duas partes. No segundo bloco, Lula foi indagado sobre o suposto terrorismo eleitoral que sua candidatura estaria fazendo contra Geraldo Alckmin acerca do tema privatizações. A âncora do telejornal comparou a prática com o que ocorrera com ele em 1989. Lula disse que as duas coisas eram "muito diferentes".
"Falo com base na prática do PSDB. A história brasileira da privatização [de empresas públicas] passa pelo PSDB. Há programas de partidos aliados [a Alckmin] que defendem a privatização da Petrobras. Porque ele não assume um compromisso de não privatizar? Vamos ver se os aliados dele vão deixar ele cumprir..."
Pouco antes, o pestita havia dito que, depois do debate ocorrido na Band, seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB) "só caiu" nas pesquisas.
A afirmação foi feita em referência a seu desempenho na pesquisa Datafolha, divulgada ontem, que o coloca 19 pontos à frente de Geraldo Alckmin (PSDB). "Não sou de trabalhar pesquisa como definitiva", disse Lula, que novamente afirmou ter se surpreendido com a postura de Alckmin naquela ocasião.
"Eu fui pego de surpresa [...], mas depois do debate eu só cresci [nas pesquisas] e ele [Alckmin] caiu. Acho normal --eu já fui oposição-- que a oposição sempre tente achar defeito na situação e que a situação sempre tente mostrar que tem mais qualidades que a oposição. Faz parte do jogo político", analisou.
Lula admitiu ter errado em não comparecer aos debates no primeiro turno. "Eu até já reconheci isso publicamente. Mas, agora, ninguém vai deixar de votar porque não fui ao debate. Irei a todos os debates", disse o candidato.
Dossiê e ética
Questionado se o avanço das investigações sobre o dossiê antitucanos poderia prejudicar seu desempenho no segundo turno, Lula respondeu: "Pelo contrário. As pessoas têm de continuar a investigar. Se as pessoas estiverem investigando com seriedade. Ótimo. Se as pessoas estiverem fazendo pirotecnia, aí é preocupante. Minha preocupação é que a CPI não fique fazendo show."
Ao ser indagado sobre a declaração do ministro Tarso Genro de que o "brasileiro não queria mais saber de ética", Lula discordou. "Eu acho que brasileiro quer saber de ética, precisa saber e deve querer saber de ética."
Greves
Ao final da entrevista, Lula falou de temas pontuais. Colocou-se contra a imunidade parlamentar, defendeu o controle de pesquisadores estrangeiros na Amazônia e defendeu a regulamentação do direito de greve em setores estratégicos. "O trabalhador do metrô não precisa parar o transporte para fazer greve. Ele pode abrir as catracas para o povo entrar de graça, por exemplo", disse o ex-sindicalista.
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