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19/10/2006 - 00h43

Alckmin promete reduzir o Imposto de Renda e cortar gastos

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RAIMUNDO DE OLIVEIRA
da Folha Online

O candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou na noite desta quarta-feira durante entrevista à Rede TV que, se eleito, vai reduzir o Imposto de Renda para a população e cortar gastos do governo federal para reduzir outros tributos. "Imposto de Renda, vou reduzir, tá aqui um compromisso assumido", disse.

"O que nós vamos fazer? Cortar gastos por que se não cortar gastos não tem como cortar imposto. O governo aumentou nos últimos 90 dias, para ganhar a eleição, 1% do PIB (Produto Interno Bruto) de gastos correntes. Claro que vai aumentar imposto no ano que vem. O Brasil, que já é campeão de imposto, nós vamos chegar a 40% da carga tributária aumentando gastos. Eu vou primeiro cortar gastos para poder cortar o tributo", disse.

O tucano citou como exemplo de como podem ser os cortes de tributos, em um eventual governo, a diminuição das alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em produtos ocorrida durante seu governo no Estado de São Paulo. "Vou reduzir os impostos do diesel e da energia elétrica para reduzir o preço da passagem", afirmou.

Questionado se acabaria com a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) caso seja eleito, Alckmin recuou. "Não é possível acabar com a CPMF em 24 horas", disse. Segundo ele, é necessário fazer um ajuste fiscal.

Ao responder sobre as mazelas da saúde pública, Alckmin criticou o governo federal e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, e afirmou que a CPMF é um "imposto novo". O tributo que incide sobre movimentação financeira, inicialmente chamado de IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira), foi criado em 1993 e entrou em vigor no ano seguinte, passando a ser direcionado para a área da saúde em 1997, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"A saúde vem piorando no Brasil, o país todo neste caos, e o candidato Lula disse que a saúde no Brasil está quase perfeita. A primeira coisa para melhorar alguma coisa é reconhecer que o problema existe. A saúde vai mal, foi criado um tributo novo, a CPMF, arrecadou no ano passado R$ 30 bilhões. Todo mundo que dá um cheque está mandando dinheiro para a saúde, vai tudo para Brasília, nada para as prefeituras e os Estados, tudo para o governo federal e a gente vê o sofrimento do povo brasileiro", disse.

Onde está o dinheiro?

Alckmin não poupou críticas a Lula e voltou a cobrar informações sobre a origem do R$ 1,7 milhão apreendido pela Polícia Federal com Valdebran Padilha e Gedimar Passos e seria usado na suposta compra do dossiê contra candidatos tucanos.

"33 dias, mas ninguém diz olhando nos olhos do povo brasileiro de onde veio aquele R$ 1,75 milhão, uma fortuna, em reais e dólares para comprar dossiê. A Justiça não é só para pobre, ela também é para os poderosos", disse ele.

Questionado sobre os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) iniciados em maio deste ano, Alckmin afirmou que as ações do crime organizado tinham interesse político. "Eu acho que está claro que são duas coisas: primeira, ingerência política. Esta coisa não é por acaso. É obvio que tem uma relação com a questão eleitoral. Uma guerra de opinião pública.", disse. Segundo ele, o outro fator teria sido a firmeza com que o governo estadual tratou os líderes do crime organizado ao mandá-los para prisões de segurança máxima e regime diferenciado.

O candidato tucano também disse que pretende aumentar o Bolsa Família e ampliar o número de horas aula na rede pública de ensino no país. Alckmin também afirmou que, por conta da política do governo federal na área agrícola, os consumidores enfrentarão aumentos nos preços dos alimentos. "No começo do ano, vai subir tudo", disse.

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