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19/10/2006 - 09h41

Eleitor repele críticas a rival na televisão

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PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo

Atacar o adversário. A tática que muita gente próxima a Geraldo Alckmin (PSDB) quer como prioridade para o horário eleitoral na TV não é bem vista pelos eleitores brasileiros.

Isso é o que mostra pesquisa nacional do Datafolha, realizada nos dias 16 e 17 passados.

O levantamento tabulou dados sobre a propaganda na televisão e foi o primeiro desse tipo após o início do programa presidencial do segundo turno.

E ele é cruel para os partidários da tática da "pancada". O Datafolha perguntou aos entrevistados o grau de importância de sete aspectos na publicidade da TV dos candidatos.

E o item "crítica em relação ao adversário" perdeu até para o quesito "bem-humorada". Só 10% dos entrevistados dizem que o ataque ao rival é muito importante. Outros 19% classificaram isso como importante. O bom humor teve, respectivamente, 13% e 33%.

Já os que dizem que a crítica é nada importante são 44%. Os aspectos que mais se aproximam disso são novamente o bom humor e a emoção/comoção, ambos com 20%.

Para o eleitor, o mais importante no horário eleitoral é que ele seja verdadeiro e claro quanto às propostas de governo. Ambos são classificados como muito importante por 56% dos entrevistados.

Na campanha para o segundo turno, principalmente a partir do debate na TV Bandeirantes, quando partiu para o ataque contra Lula, Alckmin subiu o tom em relação aos escândalos do governo petista.

Desde o começo da campanha do tucano seus organizadores se dividem entre os que pregam uma campanha mais positiva, como o marqueteiro Luiz Gonzaga, e os que preferem atacar Lula e seu governo, como lideranças do PFL, aliado do PSDB na campanha presidencial 2006.

Pela pesquisa do Datafolha, os eleitores na propaganda do segundo turno mostram que o lado "brigador" de Alckmin tem mais peso. O instituto perguntou aos entrevistados qual candidato se destaca mais em cada um dos sete aspectos da propaganda na TV. No impopular item críticas ao adversário, Alckmin foi indicado por 64% das pessoas, e Lula por 26%. Já no ponto clareza nas propostas de governo, o petista venceu por 52% a 39%.

Com esse roteiro, o tucano viu a avaliação da sua propaganda na televisão piorar. Após os dias iniciais dos programas no primeiro turno, 59% dos que haviam assistido seu programa o classificam como ótimo ou bom. Agora, são 53%. A avaliação do programa de Lula ficou dentro da margem de erro (2 pontos percentuais). Passou de 62% para 60%.

No Nordeste, o desempenho de Lula é aprovado por 67%. No Sul, Alckmin tem 63%.

Na última pesquisa de intenção de voto do Datafolha, realizada nos mesmos dias, Lula tem uma vantagem de 19 pontos sobre Alckmin.

Audiência

Em relação a levantamento realizado também logo após o início da propaganda na televisão no primeiro turno, a audiência aumentou.

Agora, tanto no caso de Lula quanto no de Alckmin 51% dos entrevistados disseram já ter assistido em algum dia a propaganda dos candidatos. No primeiro turno, esses índices eram de 46% para o petista e 43% para os tucanos.

A pesquisa ouviu 7.133 eleitores em 348 cidades de 24 Estados e no Distrito Federal.

Especial
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