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19/10/2006
-
18h37
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A Justiça Federal autorizou a quebra dos sigilos bancários de Freud Godoy --ex-assessor da Presidência da República-- e de Hamilton Lacerda --ex-assessor do senador Aloizio Mercadante (PT), segundo fontes da Polícia Federal.
O pedido havia sido feito pelo procurador da República Mário Lúcio Avelar, que também queria quebrar os sigilos da mulher de Freud, Simone Messeguer Godoy, e da empresa dela, Caso Sistemas de Segurança. Mas a Justiça negou os pedidos.
Com isso, a Procuradoria pretende tentar descobrir a origem do dinheiro --R$ 1,7 milhão-- que compraria um dossiê contra políticos tucanos por integrantes do PT.
Freud teve seu nome envolvido no episódio da tentativa de compra de um dossiê contra o então candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), por Gedimar Passos --preso com o dinheiro junto com o petista Valdebran Padilha.
Em depoimento à PF, Gedimar disse inicialmente que o ex-assessor da Presidência participou da entrega do dinheiro. Freud deixou o cargo na Presidência tão logo seu nome foi envolvido no caso. Ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os advogados de Gedimar informaram que ele apontou o nome de Freud em seu primeiro depoimento à PF porque foi coagido. Ao recuar, tentava retirar a única referência a Freud que foi feita até agora na investigação do caso.
Para pedir a quebra dos sigilos bancários de Freud e Lacerda, Avelar usou como justificativa informações publicadas pela mídia que o ex-assessor da Presidência teria sacado R$ 150 mil em dinheiro em setembro deste ano --por meio da empresa Caso--, e que o investidor Naji Nahas teria feito um crédito em seu favor de R$ 396 mil.
No caso de Lacerda, ele foi apontado pela Polícia Federal como possível "homem da mala". É que Lacerda foi filmado pelas câmeras do circuito interno do hotel em que estavam Gedimar e Valdebran.
Ele é acusado de ter levado o dinheiro que compraria o dossiê. Lacerda já negou e disse que carregava boletos de campanha. Essa informação, entretanto, foi vista com "estranheza" por Ricardo Berzoini em depoimento para a Polícia Federal, o que complicou a situação de Lacerda.
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Justiça autoriza quebra dos sigilos bancários de Freud e Lacerda
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da Folha Online, em Brasília
A Justiça Federal autorizou a quebra dos sigilos bancários de Freud Godoy --ex-assessor da Presidência da República-- e de Hamilton Lacerda --ex-assessor do senador Aloizio Mercadante (PT), segundo fontes da Polícia Federal.
O pedido havia sido feito pelo procurador da República Mário Lúcio Avelar, que também queria quebrar os sigilos da mulher de Freud, Simone Messeguer Godoy, e da empresa dela, Caso Sistemas de Segurança. Mas a Justiça negou os pedidos.
Com isso, a Procuradoria pretende tentar descobrir a origem do dinheiro --R$ 1,7 milhão-- que compraria um dossiê contra políticos tucanos por integrantes do PT.
Freud teve seu nome envolvido no episódio da tentativa de compra de um dossiê contra o então candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), por Gedimar Passos --preso com o dinheiro junto com o petista Valdebran Padilha.
Em depoimento à PF, Gedimar disse inicialmente que o ex-assessor da Presidência participou da entrega do dinheiro. Freud deixou o cargo na Presidência tão logo seu nome foi envolvido no caso. Ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os advogados de Gedimar informaram que ele apontou o nome de Freud em seu primeiro depoimento à PF porque foi coagido. Ao recuar, tentava retirar a única referência a Freud que foi feita até agora na investigação do caso.
Para pedir a quebra dos sigilos bancários de Freud e Lacerda, Avelar usou como justificativa informações publicadas pela mídia que o ex-assessor da Presidência teria sacado R$ 150 mil em dinheiro em setembro deste ano --por meio da empresa Caso--, e que o investidor Naji Nahas teria feito um crédito em seu favor de R$ 396 mil.
No caso de Lacerda, ele foi apontado pela Polícia Federal como possível "homem da mala". É que Lacerda foi filmado pelas câmeras do circuito interno do hotel em que estavam Gedimar e Valdebran.
Ele é acusado de ter levado o dinheiro que compraria o dossiê. Lacerda já negou e disse que carregava boletos de campanha. Essa informação, entretanto, foi vista com "estranheza" por Ricardo Berzoini em depoimento para a Polícia Federal, o que complicou a situação de Lacerda.
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