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20/10/2006 - 10h56

Alckmin diz que há "beneficiários" políticos dos ataques do PCC

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da Folha Online

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, fez menção a uma ligação indireta entre os ataques do crime organizado em São Paulo e o PT. Falando em intenção "político-eleitoral", o ex-governador de São Paulo disse ser óbvio que há "beneficiários" destas ações.

"Claro, que tinha o lado político-eleitoral [nos ataques do PCC]. Isso aí não foi por acaso. Claro que era uma guerra de opinião pública, jogar a opinião pública contra o governo em período eleitoral. E claro que tem beneficiários disso", afirmou Alckmin em entrevista à "Rádio CBN".

Seguindo o raciocínio, fez uma menção velada, mas mais direta, entre criminalidade e o governo do PT. "No Brasil, o crime está migrando para a política. Este é um fato. É só a população olhar e vai ver a quantidade de ações criminosas, aliás não esclarecidas, na política brasileira", disse Alckmin.

O candidato do PSDB teve de responder a temas considerados polêmicos. Foi seco ao responder sobre sua ligação com a Opus Dei --prelazia da Igreja Católica. Disse apenas "não sou". E mostrou desconforto ao falar sobre episódio envolvendo sua esposa, Lu Alckmin. "Todos os argumentos do PT estão aparecendo aqui", reclamou.

A nome da ex primeira-dama de São Paulo surgiu no debate eleitoral quando surgiu a informação de que ela teria recebido 400 peças de alta costura. À época, Lu respondeu que doou todas para instituições de caridade.

Alckmin fez questão de dizer que sua mulher jamais foi funcionária pública ou recebeu "um centavo" dos cofres públicos e que sempre trabalhou como voluntária, apoiando seus mandatos públicos.

Sobre o tema que parece dominar o debate do segundo turno, o ex-governador teve de responder sobre a privatização de rodovias e o valor alto dos pedágios cobrados nas estradas paulistas.

"Não é privatização, é concessão. Privatização é venda de ativo", destacou Alckmin, dizendo que o patrimônio das rodovias volta para o Estado depois do fim do contrato com a concessionária.

Segundo ele, é uma questão de "justiça social" cobrar pedágio. "Alguém paga pela rodovia. Pode ser a dona Maria, que mora na favela e não usa a estrada, mas paga imposto no açúcar que compra. Ou quem usa a estrada", comentou.

Previdência

Alckmin insistiu que sua grande pauta para garantir o crescimento do país é o ajuste fiscal, ou corte de gastos públicos. Questionado se o combate à corrupção e ao desperdício --mantra adotado em sua campanha-- não seria insuficiente e se o problema não estaria na questão da previdência, o tucano foi dúbio.

Reconheceu o problema do déficit, mas que ele seria de responsabilidade da previdência dos servidores públicos. Para Alckmin, é necessário regulamentar a PEC da Previdência do Setor Público, para implementar o pagamento de teto e a opção do fundo de pensão para quem ganha mais do isso. Porém, disse que não pode cassar direitos adquiridos.

Aos aposentados e pensionistas do INSS, garantiu que vai dar o "máximo de aumento", enquanto se restringe o pagamento aos aposentados do setor estatal. Foi uma maneira de criticar o veto do seu adversário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao reajuste de 16% nos valores das aposentadorias este ano. O governo concedeu 5%.

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