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20/10/2006
-
16h30
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A Polícia Federal confirmou que está investigando um suposto elo entre o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e Jorge Lorenzetti, ex-assessor de risco e mídia da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conhecido como o churrasqueiro de Lula. O ex-ministro nega relação com o caso e informa que a notícia faz parte de uma "onda de boataria".
"De minha parte, repilo a onda de boatos que tem tomado conta do país, aguardo com serenidade as investigações e reafirmo que não temo nada porque não devo nada", diz Dirceu em nota postada em seu blog.
Ontem, a Polícia Federal informou que as investigações sobre o dossiê antitucano que seria comprado por integrantes do PT apontavam para um novo personagem. O nome dessa pessoa, que seria "muito conhecida", seria mantido em sigilo. Hoje, entretanto, fontes da PF informaram que o nome desse "novo personagem" seria o de Dirceu.
As investigações sobre a quebra do sigilo dos envolvidos com o escândalo identificaram que Lorenzetti, um dos acusados de ter intermediado a compra do dossiê, teria recebido telefonema de pessoa "conhecida e importante". O fato chamou a atenção da PF porque foi uma ligação atípica, que foge aos telefonemas que o ex-assessor mantinha com freqüência.
Os dois teriam trocado duas ligações em data próxima à prisão de Gedimar Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha, filiado ao PT do Mato Grosso, detidos num hotel em São Paulo com R$ 1,7 milhão que seria usado na compra do dossiê.
Outro lado
Dirceu negou hoje que tenha qualquer relação com o caso do dossiê antitucano que seria comprado por integrantes do PT. Ontem, a Polícia Federal informou que alguém "muito conhecido" havia aparecido durante as investigações sobre a origem do dinheiro --R$ 1,7 milhão-- que seria usado para comprar o dossiê.
A Polícia Federal não informou o nome do suspeito, pois o inquérito corre em segredo de Justiça. Hoje, entretanto, surgiram rumores que o "novo nome" seria o de Dirceu ou do ex-presidente do PT Ricardo Berzoini. Em nota postada em seu blog, Dirceu nega ter envolvimento com o episódio.
"Evidentemente não tenho nada a declarar, até porque não fui demandado por nenhuma autoridade. Mas quero reiterar que não tive nenhuma participação no caso do dossiê, assim como não tive participação na campanha majoritária em São Paulo ou na campanha nacional", diz Dirceu na nota postada em seu blog.
Ele avisa ainda que a notícia faz parte da "onda de boatos" que surgirá até a eleição do segundo turno. "Preparem-se para a onda de boatos, que só crescerá até o dia 29."
Coaf
O sub-relator da CPI dos Sanguessugas Carlos Sampaio (PSDB-SP) está no Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) em busca de informações sobre Freud Godoy, ex-assessor da Presidência da República, também envolvido no escândalo do dossiê.
O jornal "O Globo" de hoje informa que, ao contrário do que foi divulgado, Gedimar não recuou na sua acusação de que a ordem para a compra do dossiê partiu de Freud.
Sampaio tenta buscar informações sobre as contas do ex-assessor de Lula que possam indicar de onde veio o dinheiro do dossiê.
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PF investiga elo entre Dirceu e dossiê; ex-ministro nega
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da Folha Online, em Brasília
A Polícia Federal confirmou que está investigando um suposto elo entre o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e Jorge Lorenzetti, ex-assessor de risco e mídia da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conhecido como o churrasqueiro de Lula. O ex-ministro nega relação com o caso e informa que a notícia faz parte de uma "onda de boataria".
"De minha parte, repilo a onda de boatos que tem tomado conta do país, aguardo com serenidade as investigações e reafirmo que não temo nada porque não devo nada", diz Dirceu em nota postada em seu blog.
Ontem, a Polícia Federal informou que as investigações sobre o dossiê antitucano que seria comprado por integrantes do PT apontavam para um novo personagem. O nome dessa pessoa, que seria "muito conhecida", seria mantido em sigilo. Hoje, entretanto, fontes da PF informaram que o nome desse "novo personagem" seria o de Dirceu.
As investigações sobre a quebra do sigilo dos envolvidos com o escândalo identificaram que Lorenzetti, um dos acusados de ter intermediado a compra do dossiê, teria recebido telefonema de pessoa "conhecida e importante". O fato chamou a atenção da PF porque foi uma ligação atípica, que foge aos telefonemas que o ex-assessor mantinha com freqüência.
Os dois teriam trocado duas ligações em data próxima à prisão de Gedimar Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha, filiado ao PT do Mato Grosso, detidos num hotel em São Paulo com R$ 1,7 milhão que seria usado na compra do dossiê.
Outro lado
Dirceu negou hoje que tenha qualquer relação com o caso do dossiê antitucano que seria comprado por integrantes do PT. Ontem, a Polícia Federal informou que alguém "muito conhecido" havia aparecido durante as investigações sobre a origem do dinheiro --R$ 1,7 milhão-- que seria usado para comprar o dossiê.
A Polícia Federal não informou o nome do suspeito, pois o inquérito corre em segredo de Justiça. Hoje, entretanto, surgiram rumores que o "novo nome" seria o de Dirceu ou do ex-presidente do PT Ricardo Berzoini. Em nota postada em seu blog, Dirceu nega ter envolvimento com o episódio.
"Evidentemente não tenho nada a declarar, até porque não fui demandado por nenhuma autoridade. Mas quero reiterar que não tive nenhuma participação no caso do dossiê, assim como não tive participação na campanha majoritária em São Paulo ou na campanha nacional", diz Dirceu na nota postada em seu blog.
Ele avisa ainda que a notícia faz parte da "onda de boatos" que surgirá até a eleição do segundo turno. "Preparem-se para a onda de boatos, que só crescerá até o dia 29."
Coaf
O sub-relator da CPI dos Sanguessugas Carlos Sampaio (PSDB-SP) está no Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) em busca de informações sobre Freud Godoy, ex-assessor da Presidência da República, também envolvido no escândalo do dossiê.
O jornal "O Globo" de hoje informa que, ao contrário do que foi divulgado, Gedimar não recuou na sua acusação de que a ordem para a compra do dossiê partiu de Freud.
Sampaio tenta buscar informações sobre as contas do ex-assessor de Lula que possam indicar de onde veio o dinheiro do dossiê.
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