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23/10/2006
-
14h16
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou hoje que a tentativa da oposição de querer "colar no presidente" Luiz Inácio Lula da Silva a imagem de desonesto é "tão burra" quanto a operação de petistas para a compra do dossiê antitucano. Wagner convocou uma entrevista coletiva hoje para responder a reportagem da revista "Veja", deste final de semana, que acusa Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente, de atuar como lobista em Brasília.
O petista condenou qualquer tentativa da oposição de utilizar-se da denúncia na campanha. "Não vale jogar tudo no processo eleitoral. Eleição a gente ganha e perde. Querer jogar a disputa entre dois homens na vala comum acho uma pobreza. Seria melhor eles tentarem desmontar o nosso programa de governo", disse. Depois complementou: "É tão burro tentar comprar o dossiê quanto o pessoal do PSDB e do PFL tentarem colar a imagem de desonesto em Lula".
Wagner disse que a campanha do presidente não vai revidar no mesmo tom caso a oposição insista nas denúncias contra o filho do presidente. "A filha do Alckmin [Sofia] não tem responsabilidade sobre o que a dona da Daslu [acusada de sonegação fiscal, entre outras irregularidades] fez e acho digno que ela tenha procurado um trabalho. Também não vamos entrar na questão dos vestidos [a mulher de Alckmin teria recebido vestidos de graça enquanto ele era governador]. Não acho que seja bom revidar na mesma moeda", ponderou.
Mentira
Com relação ao dossiegate, o governador eleito disse que é um "direito" dos petistas envolvidos com o episódio mentirem à Justiça ao se negarem a dizer a origem do dinheiro que seria usado para a compra do documento antitucano. "Ao réu é dado o direito de mentir. O réu petista não é diferente. Eles estão usando do direito da lei que diz que você não é obrigado a dizer toda verdade quando é réu", afirmou.
Questionado sobre a legitimidade de mentir, Wagner disse que vivemos num "Estado de direito" e que, portanto, se a lei permite ao réu faltar com a verdade "sente muito". "Posso estar com indignação, mas são cidadãos que se abrigam na lei", ponderou, referindo-se aos petistas investigados pela Polícia Federal.
Contatos
Considerando certa a reeleição do presidente Lula, Jaques Wagner revelou que já fez contados com os governadores eleitos de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, ambos do PSDB, para garantir a governabilidade num eventual segundo mandato do presidente. "Todo mundo sabe que um clima saudável é bom para todo mundo", afirmou ao relatar a conversa.
Para Wagner, depois da eleição, neste domingo, "ninguém mais estará disposto a ficar nesta briguinha". "Os governadores vão começar a conversar. Quando acabar a partida, quando der o apito final, esse jogo vai cessar. Não acredito em terceiro turno. Não tem sustentação aumentar a disputa política", disse.
Cargos
Wagner condenou os petistas que já estão em busca de cargos num novo governo Lula. "Quem estiver fazendo, não aprendeu a conhecer o presidente. Ele deve ter aprimorado sua forma de compor o governo. Deve fazer a escolha muito mais recolhido, já deve ter tudo na cabeça", observou. Para Wagner, quem tenta antecipar essa discussão "está se arriscando".
Especial
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Wagner diz que é burrice querer colar imagem de desonesto em Lula
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da Folha Online, em Brasília
O governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou hoje que a tentativa da oposição de querer "colar no presidente" Luiz Inácio Lula da Silva a imagem de desonesto é "tão burra" quanto a operação de petistas para a compra do dossiê antitucano. Wagner convocou uma entrevista coletiva hoje para responder a reportagem da revista "Veja", deste final de semana, que acusa Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente, de atuar como lobista em Brasília.
O petista condenou qualquer tentativa da oposição de utilizar-se da denúncia na campanha. "Não vale jogar tudo no processo eleitoral. Eleição a gente ganha e perde. Querer jogar a disputa entre dois homens na vala comum acho uma pobreza. Seria melhor eles tentarem desmontar o nosso programa de governo", disse. Depois complementou: "É tão burro tentar comprar o dossiê quanto o pessoal do PSDB e do PFL tentarem colar a imagem de desonesto em Lula".
Wagner disse que a campanha do presidente não vai revidar no mesmo tom caso a oposição insista nas denúncias contra o filho do presidente. "A filha do Alckmin [Sofia] não tem responsabilidade sobre o que a dona da Daslu [acusada de sonegação fiscal, entre outras irregularidades] fez e acho digno que ela tenha procurado um trabalho. Também não vamos entrar na questão dos vestidos [a mulher de Alckmin teria recebido vestidos de graça enquanto ele era governador]. Não acho que seja bom revidar na mesma moeda", ponderou.
Mentira
Com relação ao dossiegate, o governador eleito disse que é um "direito" dos petistas envolvidos com o episódio mentirem à Justiça ao se negarem a dizer a origem do dinheiro que seria usado para a compra do documento antitucano. "Ao réu é dado o direito de mentir. O réu petista não é diferente. Eles estão usando do direito da lei que diz que você não é obrigado a dizer toda verdade quando é réu", afirmou.
Questionado sobre a legitimidade de mentir, Wagner disse que vivemos num "Estado de direito" e que, portanto, se a lei permite ao réu faltar com a verdade "sente muito". "Posso estar com indignação, mas são cidadãos que se abrigam na lei", ponderou, referindo-se aos petistas investigados pela Polícia Federal.
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Considerando certa a reeleição do presidente Lula, Jaques Wagner revelou que já fez contados com os governadores eleitos de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, ambos do PSDB, para garantir a governabilidade num eventual segundo mandato do presidente. "Todo mundo sabe que um clima saudável é bom para todo mundo", afirmou ao relatar a conversa.
Para Wagner, depois da eleição, neste domingo, "ninguém mais estará disposto a ficar nesta briguinha". "Os governadores vão começar a conversar. Quando acabar a partida, quando der o apito final, esse jogo vai cessar. Não acredito em terceiro turno. Não tem sustentação aumentar a disputa política", disse.
Cargos
Wagner condenou os petistas que já estão em busca de cargos num novo governo Lula. "Quem estiver fazendo, não aprendeu a conhecer o presidente. Ele deve ter aprimorado sua forma de compor o governo. Deve fazer a escolha muito mais recolhido, já deve ter tudo na cabeça", observou. Para Wagner, quem tenta antecipar essa discussão "está se arriscando".
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