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23/10/2006 - 16h09

Aliados de Alckmin querem temperatura elevada no debate da TV Record

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ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

No que depender dos aliados do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), a temperatura do terceiro debate entre os candidatos à Presidência da República --promovido hoje pela TV Record-- deverá ser elevada. Coordenadores da campanha do tucano apostam que as novas denúncias sobre o dossiegate e a revelação de que Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente, atuava como lobista em Brasília, publicada pela revista "Veja", deverão pautar o encontro.

Os aliados do presidente Lula dizem que ele vai insistir na comparação entre seu governo e o de seu antecessor Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que só irá reagir se for provocado. Lula também insistirá na estratégia de vincular Alckmin às privatizações.

"Acho que o Alckmin, pelo o que está anunciando, vai querer subir a temperatura, continuando batendo debaixo da linha da cintura. O presidente Lula vai falar do Brasil e dos seus projetos para o país", disse o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT).

Ao contrário da postura mais serena que adotou no debate promovido pelo SBT, Alckmin é aconselhado a retomar o estilo que usou no debate da TV Bandeirantes, quando foi mais agressivo, surpreendendo o presidente Lula.

"As denúncias têm que pautar o debate. Não adianta fugir disso, é a realidade. Tem que mostrar que se o Lula for reeleito será um desastre para a República brasileira. Dizer que se cansou desse discurso de que nunca sabe de nada", aconselhou o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), que acompanhará o tucano no debate.

Para Freire, nem mesmo as denúncias contra o filho do presidente devem ser evitadas. "Isso não é uma coisa familiar, é lamentável. O Lula comparou o filho dele ao Ronaldo Fenômeno, mas enquanto o Ronaldo joga bola, o filho dele recebe bola. O problema do filho do Lula é caso típico de tráfico de influência. Não sei se o Alckmin vai abordar isso ou não, mas acho que deveria", disse.

Sobre a ameaça dos petistas de relacionarem em contrapartida a filha de Alckmin nas denúncias envolvendo a loja Daslu, na qual ela trabalhou, Freire disse que não há o que temer. "A filha do Alckmin trabalhou como vendedora. A relação dela com a empresa foi de trabalho, o que é digno, bem diferente do filho do Lula", afirmou.

Na avaliação dos petistas será um "tiro no pé" Alckmin usar a história contra Fábio Luís. Pesquisas encomendadas pelo partido após a publicação da revista "Veja" indicaram que cresceu ainda mais a intenção de votos no presidente.

O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) também defendeu que Alckmin eleve o tom no debate de hoje à noite para reverter a vantagem de Lula. "Eu no lugar dele faria isso", disse. Para o pefelista, Alckmin precisa explorar mais o fato de que "tem tudo de cabeça", enquanto o presidente Lula "leva um script pronto, tem um cardápio de informações, inclusive com as perguntas escritas".

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