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24/10/2006
-
22h23
LEONARDO SOUZA
Enviado especial da Folha a Cuiabá
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Cuiabá
A Polícia Federal investiga se petistas ligados ao escândalo do dossiê teriam usado um pequeno avião fretado para para transportar, do Rio para São Paulo, parte do dinheiro que seria usado na compra do material contra políticos do PSDB.
Em outra frente, a PF apura se o empresário Abel Pereira teria alugado um avião, decolando do aeroporto de Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Cuiabá (MT). A PF suspeita que Abel, acusado pelo chefe da máfia das ambulâncias, Luiz Antonio Vedoin, de ter recebido propina para ajudar na liberação de emendas no Ministério da Saúde durante o governo do Fernando Henrique Cardoso, também tenha tentado comprar o dossiê.
A Baixada Fluminense é a principal área das investigações da PF no momento, tanto no rastreamento dos dólares quanto da parcela em reais que o PT usou ao negociar o dossiê.
Ontem o delegado que cuida do caso, Diógenes Curado, viajou para o Rio para acompanhar as diligências que visam a descobrir a origem do dinheiro.
No casos dos dólares, os indícios mais concretos de que a PF dispõe recaem sobre três casas de câmbio. Uma delas é a Vicatur, localizada em Nova Iguaçu (RJ). Os policiais encarregados das investigações reuniram informações de que pessoas humildes de uma mesma família adquiriram dólares, em operações consideradas suspeitas, nessa casa de câmbio. A hipótese mais provável é que sejam "laranjas", utilizados para encobrir os verdadeiros interessados na compra dos dólares.
Curado deve ouvir essas pessoas nos próximos dias. O delegado pretende acompanhar diligências também em outros Estados. Além da Vicatur, a PF tem informações que levam também às casas de câmbio Diskline, em São Paulo, e Centaurus, em Florianópolis.
Em relação à parte em reais, a PF tem indícios de que pelo menos R$ 5.000 vieram de bancas de jogo do bicho na Baixada Fluminense. "Sabemos que uma parte [...] se originou no jogo do bicho, no Rio de Janeiro. A outra parte ainda buscamos a origem", disse o superintendente da PF em Mato Grosso, Daniel Lorenz.
O advogado de Abel Pereira, Sérgio Pannunzio, negou que seu cliente tenha alugado um avião nos dias que antecederam o fechamento da negociação do dossiê contra tucanos por petistas, 14 de setembro. Segundo ele, a última vez que Abel alugou um avião foi há 18 anos.
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PF investiga se avião fretado foi usado para transportar dinheiro
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Enviado especial da Folha a Cuiabá
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Cuiabá
A Polícia Federal investiga se petistas ligados ao escândalo do dossiê teriam usado um pequeno avião fretado para para transportar, do Rio para São Paulo, parte do dinheiro que seria usado na compra do material contra políticos do PSDB.
Em outra frente, a PF apura se o empresário Abel Pereira teria alugado um avião, decolando do aeroporto de Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Cuiabá (MT). A PF suspeita que Abel, acusado pelo chefe da máfia das ambulâncias, Luiz Antonio Vedoin, de ter recebido propina para ajudar na liberação de emendas no Ministério da Saúde durante o governo do Fernando Henrique Cardoso, também tenha tentado comprar o dossiê.
A Baixada Fluminense é a principal área das investigações da PF no momento, tanto no rastreamento dos dólares quanto da parcela em reais que o PT usou ao negociar o dossiê.
Ontem o delegado que cuida do caso, Diógenes Curado, viajou para o Rio para acompanhar as diligências que visam a descobrir a origem do dinheiro.
No casos dos dólares, os indícios mais concretos de que a PF dispõe recaem sobre três casas de câmbio. Uma delas é a Vicatur, localizada em Nova Iguaçu (RJ). Os policiais encarregados das investigações reuniram informações de que pessoas humildes de uma mesma família adquiriram dólares, em operações consideradas suspeitas, nessa casa de câmbio. A hipótese mais provável é que sejam "laranjas", utilizados para encobrir os verdadeiros interessados na compra dos dólares.
Curado deve ouvir essas pessoas nos próximos dias. O delegado pretende acompanhar diligências também em outros Estados. Além da Vicatur, a PF tem informações que levam também às casas de câmbio Diskline, em São Paulo, e Centaurus, em Florianópolis.
Em relação à parte em reais, a PF tem indícios de que pelo menos R$ 5.000 vieram de bancas de jogo do bicho na Baixada Fluminense. "Sabemos que uma parte [...] se originou no jogo do bicho, no Rio de Janeiro. A outra parte ainda buscamos a origem", disse o superintendente da PF em Mato Grosso, Daniel Lorenz.
O advogado de Abel Pereira, Sérgio Pannunzio, negou que seu cliente tenha alugado um avião nos dias que antecederam o fechamento da negociação do dossiê contra tucanos por petistas, 14 de setembro. Segundo ele, a última vez que Abel alugou um avião foi há 18 anos.
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