Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/10/2006 - 21h28

Lula diz que país melhorou, apesar de erros do governo

Publicidade

FELIPE NEVES
da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concorre à reeleição pelo PT, disse na noite desta quarta-feira, em seu último comício na campanha eleitoral deste ano, que, apesar de todos os erros cometidos em seu governo, o país "melhorou de forma extraordinária".

Em discurso para milhares de militantes na região de Vila São José, zona sul de São Paulo, Lula admitiu "humildemente" que houve erros em sua gestão e que ele não conseguiu fazer tudo o que queria para o país. No entanto, segundo ele, em comparação ao governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o Brasil evoluiu muito.

"Eu reconheço que, com tudo de errado que nós fizemos, esse país melhorou de forma extraordinária se comparado a oito anos do governo deles [os tucanos]." Lula, contudo, não disse a quais erros se referia.

O presidente voltou a defender sua tese de que se, no primeiro mandato, quando ele ainda não sabia como as coisas funcionavam direito, fez tanto pelo Brasil, no segundo conseguirá fazer ainda mais.

Em sua fala, que durou cerca de 15 minutos, Lula voltou a enfatizar a diferença entre os projetos de governo dele e de seu adversário, o tucano Geraldo Alckmin. Para o presidente, trata-se de uma disputa entre a elite e um governo popular.

"O país precisa ser governado por alguém que tenha a compreensão da totalidade da população brasileira e da totalidade dos problemas deste país", disse Lula, insinuando que Alckmin teria um olho apenas para as regiões Sul e Sudeste do país.

No início de seu discurso, o presidente contou algo que, segundo ele, aconteceu hoje e que deu "a alegria de estar vivendo". Segundo Lula, nessa tarde, catadores de papel e lixeiros visitaram o Palácio do Planalto.

O presidente relatou o episódio no intuito de alfinetar FHC que, segundo ele, jamais receberia representantes do povo na sede do governo.

"É preciso ficar claro que aquele palácio não é de meia dúzia, é do povo brasileiro", disse Lula, causando comoção na platéia.

Lula reafirmou sua convicção de que foi Deus quem levou a disputa presidencial para o segundo turno, para que ficassem claras à população as diferenças entre os dois candidatos. "Ao invés de ser um castigo, foi uma benção de Deus", disse.

No entanto, o presidente deixou a modéstia de lado ao afirmar que não tem dúvidas de que vai ganhar. Para ele, essa vitória vai acontecer porque "a maioria do povo brasileiro entende que houve uma melhora na sua vida".

Mais que a pesquisa de intenção de voto, Lula destacou o desempenho na avaliação de seu governo. Segundo o instituto Datafolha, a gestão petista é considerada boa ou ótima por 53% da população pesquisada, um recorde desde que tal pesquisa foi implantada.

Ele disse que conseguiu essa aprovação apesar da campanha negativa da imprensa. "Eu quero ver alguém sair com a avaliação que a gente está saindo depois de apanhar quatro anos da imprensa brasileira", desafiou o presidente.

Estavam presentes ao evento os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais), Matilde Ribeiro (Secretaria Especial para Políticas de Promoção da Igualdade Racial), os senadores Eduardo Suplicy e Aloizio Mercadante, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, os cantores populares Netinho de Paula e Leci Brandão, a candidata derrotada à Presidência Ana Maria Rangel, entre outras lideranças políticas que apóiam a reeleição de Lula.

Especial
  • Leia cobertura completa das eleições 2006
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página